quinta-feira, 4 de março de 2010

Goela abaixo

O jornal o Estado do Maranhão, na edição de sexta-feira passada, publicou a coluna Panorama Político do Ilimar Franco, que inicia com uma nota reveladora do medo que Sarney e Roseana Sarney sentem com respeito à candidatura de Flávio ao governo do estado.

A íntegra da nota (Goela Abaixo) é a seguinte: “Em almoço da ministra Dilma Rousseff com o PCdoB, anteontem, o presidente do PT, José Eduardo Dutra pediu que o partido retire a pré-candidatura do deputado Flávio Dino ao governo do Maranhão e apóie a reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB). O presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP), já havia feito o pedido ao presidente Lula em café da manhã no mês passado”.

Com a publicação no jornal dos Sarney, agora é oficial: o esperto senador deseja obstinadamente afastar Flávio Dino da disputa com sua filha pelo governo do estado. Eles têm pavor do que Dino representa: um político inatacável, que se destaca pelo brilhantismo de sua atuação na Câmara Federal e que hoje é ponto de referência em qualquer assunto que envolva os interesses maiores do Maranhão. Todos o procuram porque confiam nele.

Além disso, os Sarney sabem, por meio das pesquisas que mandam fazer, que 65% dos maranhenses querem renovar a política do Maranhão e querem um nome novo para governador. Daí o pavor. Daí terem tentado primeiro cooptá-lo, e agora, como não deu certo, querem impedir a sua candidatura.

José Eduardo Dutra foi ao PCdoB atender ao pedido de Sarney, pois é firme a convicção de que a direção nacional não intervirá no Maranhão a favor de Roseana contra Dino. Dutra cumpriu protocolarmente a sua missão se dirigindo ao PCdoB, que na verdade nada fará contra um dos seus mais importantes filiados e apoiará, sim, sua candidatura ao governo do estado. Os Sarney esperaram ardentemente que uma diretriz da Convenção Nacional do PT escolhesse Roseana como candidata a ser apoiada pelo partido no Maranhão. Como não veio, bateu o desespero.

Vão sofrer muito tentando ganhar do Flávio...

Gostaria muito de compreender por que o senador José Sarney acredita ter como direito seu tentar proibir que um candidato do grupo de oposição à oligarquia possa ser candidato ao governo do estado. Ele colocou, utilizando um golpe de estado jurídico, a sua filha, que havia perdido as eleições para o governo do estado, no posto de governadora, em substituição a Jackson Lago, legítimo vencedor daquelas eleições. Ela assume tomando dinheiro de prefeituras e tomando empréstimos para tentar influir na vontade de prefeitos, por intermédio de promessas e benesses. Nada fez no governo e o estado amarga um ano de paralisia administrativa exatamente quando Jackson Lago se preparava para reforçar o seu programa de obras. Ela chegou e parou tudo, embora tente encobrir a verdade com um bando de factóides televisivos, propaganda enganosa, que deliberada e inadvertidamente paga para sua própria empresa de comunicação.

Mas o povo percebe e não se deixa enganar. Basta observar que ela é, a bem da verdade, a única candidata já em campanha para o governo do estado e não consegue chegar aos 50% de intenção de votos... Para piorar ainda mais as coisas, os candidatos da oposição não tem acesso a nenhuma televisão, tampouco rádios ou outros meios de comunicação de massa para levar suas mensagens ao interior. Isso sem falar que a própria coluna política do jornal que possui afirma que realmente 65% da população quer um nome novo.

Mesmo assim, tenta atacar Flávio Dino, dizendo que ele estaria decepcionado, porque esse contingente não nomeia ninguém como o “novo”. Ora, parece que não compreendem que pesquisas qualitativas são realizadas fundamentalmente para mostrar o que pensa o eleitor e tentar interpretar o momento. É a pesquisa quantitativa que mede intenção de votos.

Assim, utilizando a descoberta deles, quem é pode ser esse novo? A mais do que manjada Roseana? O óbvio é quem?

Pois bem, eis os motivos para Sarney tentar impedir o Flávio de ser candidato. Mas quem lhe deu esse direito? Como pode pretender dirigir uma eleição para o governo do estado, privando o povo de exercer o seu direito sagrado de escolher quem deve dirigir esse estado sofrido e submetido aos torpores de anos de oligarquia e mandonismo irresponsável? Como ele pode querer se arvorar desse poder para proteger a sua filha e seu inexistente governo? Este senador é, sem dúvidas, um grande democrata!

O povo não vai se deixar mais manipular por ninguém. Basta!

A reunião do PT que escolheu os dirigentes partidários não foi do agrado de Roseana Sarney e de seu pai. Augusto Lobato foi escolhido vice-presidente do PT e a tentativa de marcar a reunião da convenção para o final de abril, como queriam, acabou sendo marcada para 27 de Março. E restaram claras as tentativas de cooptação, utilizando promessas de entregas de secretarias de estado, empregos a rodo e outras vantagens, incluindo legendas para disputar a Câmara e o Senado a mais de um notório membro do PT.

O risco para essas pessoas é tão grande que se isso vier a público, esses incautos, que tentam dissimular essas jogadas, serão engolidos pela enorme rejeição que já atingiu ilustres pedetistas do passado que sucumbiram ao conto da oligarquia e acabaram por perder o discurso e em seguida foram abandonados. Alguns já comunicaram que não serão candidatos e continuarão secretários de estado em secretarias esvaziadas por Roseana, que quer apenas que essas pessoas se desmoralizem, abatendo-as politicamente. É preciso muito cuidado, pois a opinião pública não os perdoará.

Enquanto isso, continua o terrível e incessante trabalho de acabar com a já precária oferta de saúde pública do estado. Agora foram fechados para reformas, por meio de dispensas de licitação - como sempre suspeitíssimas - o PAM Diamante e o Hospital dos Servidores do Estado. Para eles, obra significa contrato com empreiteiros e a população que se dane. E Roseana apenas fica fazendo propaganda, enquanto acabam com o estado e fazem a população sofrer.

E como se não bastasse, temos ainda o PAC. O única obra contemplada pelo programa no estado, o da Liberdade, veio ainda no governo Jackson e está paralisado. Agora surge então mais um factóide: o da duplicação da estrada até Bacabeira incluída no PAC, naturalmente, para dar credibilidade ao combalido governo. O que não dizem é que a obra já é premente desde as chuvas do ano passado, que destruíram o trecho da São Luis-Teresina entre São Luís e Peritoró, e nada fizeram. Dá-lhe enganação!

E para finalizar, enquanto o governo do Maranhão silencia, querem nos tirar um deputado federal, dois estaduais e R$ 220 milhões do fundo de participação. E nem sequer uma palavra da governadora Sarney, ocupada demais em explicar o carnaval...

Verdades Inconvenientes

Se for preciso comprar brigas que ninguém mais compra e se eu julgar que é o caso, vou nessa: vou enchendo a sacola sem pestanejar. Muitas vezes, os meus leitores — os que gostam do blog; não os vagabundos — discordam de mim. É parte do jogo. NÃO ESPERO QUE CONCORDEM SEMPRE COMIGO. O que espero, caso discordem, é que contestem os meus argumentos.

O Tribunal Superior Eleitoral decidiu que a tal “lista suja” vai para a Internet. Ou por outra: a ficha criminal dos candidatos estará na rede. A política está cheia de sujeira? Está, sim. Há um monte de malandros nessa atividade? Nem diga! Há desrespeito com o dinheiro público? Há! Existe alguma maneira de resolver isso de modo definitivo e zerar as falcatruas? Existe! UMA DITADURA VIRTUOSA, EXERCIDA POR UM TIRANO DE SIRACUSA (pesquisem) DOS TEMPOS MODERNOS. Mas esperem… Uma tirania pode ser virtuosa? Não pode! Então o que fazer? Seguir as regras do estado democrático e de direito. Pode ser chato, sei disso, mas é a melhor garantia de civilização.

Uma nota sobre o TSE antes que continue. O tribunal se transformou numa pequena câmara legislativa no que concerne a eleições; às vezes, com poderes verdadeiramente ditatoriais e contra a Constituição! Ou não foi esse tribunal que andou cassando governadores — até aí, se era justo, vá lá… — E ENTREGANDO O PODER AO SEGUNDO COLOCADO, GENTE QUE NÃO FOI ELEITA PELO POVO? Sim! Com longas perorações do ministro Ayres Britto no jornal, o TSE entendeu que, em certas circunstâncias, a democracia comporta “DOAR” o poder a quem perdeu a eleição… Justiça que age assim é bastarda. Mas esse particular é só uma digressão sobre a fúria legiferante de quem é pago para julgar, não para legislar. Volto ao caso da ficha suja.

ARGUMENTO UM

Quando todas as fichas estiverem na Internet, lá estarão listados, certamente, todos os processos a que os candidatos respondem. Alguém poderia dizer, e acho um argumento razoável, que cumpre ao eleitor decidir se aquilo é ou não relevante. Compreendo, mas discordo. Até que não haja uma condenação — e, se os processos são longos, não será assim que se vai resolver esse particular —, vale, na sociedade, a presunção da inocência. De fato, a presunção da inocência é um apanágio do estado democrático e de direito. ELA EXISTE, ORIGINALMENTE, PARA PROTEGER OS INDIVÍDUOS DO RISCO DA OPRESSÃO DO ESTADO — se não do estado propriamente, de seus agentes.

E agora a pergunta-argumento: SE A PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA TEM PLENA VIGÊNCIA NA SOCIEDADE, TERÁ ELA VIGÊNCIA REDUZIDA NA JUSTIÇA ELEITORAL? Terá a Justiça Eleitoral se convertido, agora, numa “justiça de exceção”, num “tribunal discricionário”? Pior: não podendo optar pela sanção legal, opta por uma forma de clamor popular. Argumento associado: o eleitor “livre” para decidir é menos livre se nos lembrarmos que não domina as minúcias de um processo, seus motivos, como ele nasce etc.

ATENÇÃO: se forem contestar este “Argumento Um”, procurem evitar o “MEGA” (Método Elio Gaspari de Argumentação), que consiste em reconhecer, implicitamente, que a coisa pode não seguir a boa norma, mas ajuda a fazer justiça. Charles Lynch descobriu isso antes de Gaspari…

ARGUMENTO DOIS

Nem vocês nem eu ignoramos que, Brasil afora, infelizmente, a Justiça e o Ministério Público acabam se deixando vincar por disputas que, muitas vezes, são paroquiais. Mais grave do que a “paróquia” regional, é a paróquia ideológica, que — e vemos isso todos os dias — acabam, não raro, se transformando em ações na Justiça, “sujando a ficha” do candidato. Para o eleitor, que não é especialista em direito, não haverá diferenças e nuances.
DESDOBRAMENTO ÓBVIO - Uma boa maneira de tentar impedir ou interromper a carreira política de um adversário será inviabilizá-lo judicialmente — já que, pelo voto, seria impossível. Se querem saber, a pressão da tal Associação dos Magistrados Brasileiros em defesa do veto aos “fichas-sujas” é evidência de uma certa corrosão de princípio. Que a CNBB defenda a tese, vá lá. Seu negócio é, ou deveria ser, religião. Há lá muitos bispos de primeira linha. Mas há quem não consiga chegar ao quinto verso do “Pai Nosso”…

ARGUMENTO TRÊS

Não sei, não… Mas, a depender do critério, duvido que Lula, Serra ou Dilma pudessem ser considerados “fichas-limpas”, uma vez que a indústria de ações judiciais é robusta. Será que os grandes artífices e beneficiários do mensalão do PT, por exemplo, eram “fichas-sujas”? Genoino, por exemplo, tinha “ficha suja” nos tais “órgãos de repressão”, mas isso fez dele um herói. A criminal, creio, era exemplar. Acho que até a de José Dirceu era limpa. Muitos dos vagabundos do mensalão candango (*) talvez fossem verdadeiras ovelhas criminais. Não obstante…

(*)NOTA - chamo o mensalão do PT de “mensalão do PT” porque os petistas mensaleiros continuam no partido. Não chamo o mensalão candango de “mensalão do DEM de Brasília” porque os mensaleiros saíram do partido para não ser expulsos. O critério não lhes parece bom?
Concluo
Sei bem que o mais simpático é defender o tal projeto da “ficha suja” porque ele parece inclemente e moralizador. Mas sou aquela pessoa estranha, lembram-se: quando concordo, digo “sim”; quando discordo, digo “não”. Para mim, maioria não é critério para estabelecer a verdade. É por isso que é a Terra que gira em torno do Sol, não o contrário.

É claro que precisamos de políticos decentes etc e tal. Mas é bom tomar cuidado com esse espírito de Savonarola. Essa fome saneadora liquidou a elite política italiana. Sobrou Berlusconi. Que descobriu uma maneira de transformar a ficha suja num ativo eleitoral.

Não se vai moralizar a política com uma ação que agride princípios do estado de direito. Nenhum político vai recorrer da decisão, é óbvio, porque isso seria considerado antipático. Seria um verdadeiro suicídio. Uma processo eleitoral que se torna refém de um erro para não contrariar a opinião pública não faz justiça, mas chicana.

Pronto! Podem bater à vontade. O couro é duro.

Por Reinaldo Azevedo

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"Ai que raiva"

Mas o fato mais estarrecedor, foi patrocinado pela TV Mirante do poderoso chefão José Sarney. Em 2005, o Maranhão, foi acometido subitamente de um surto de raiva, causado por morcegos. No interior do Maranhão e na própria capital os casos de morte pela doença aumentavam a cada dia. A Secretaria de Comunicação do governo, enviou peça publicitária, para ser veiculada na TV Mirante, afiliada da Globo e com maior cobertura no Estado, orientando e alertando a população do ataque dos morcegos. Mas o senador....!!! Simplesmente proibiu a veiculação do alerta do governo, pelo simples fato de achar que isso favoreceria o governo de Zé Reinaldo seu desafeto e inimigo político!! Ignorando totalmente o fato de que a população estava sendo dizimada e que a televisão é uma concessão pública e a finalidade é informar e prestar serviços de utilidade pública. Tempos depois o próprio coronel declararia na revista Carta Capital que a finalidade dos seus veículos de comunicação é política!!!! Então tá!!

A título de sugestão, o senador deveria trocar aquela frase impressa no seu jornal "Maranhão minha terra, minha paixão” por uma mais adequada pra ele, usada por Justo Veríssimo, personagem de Chico Anísio, de volta agora no humorístico Zorra Total: “ Odeio pobre, o povo que se exploda!”

Blog da Alice Pires

quarta-feira, 3 de março de 2010

O sorriso amarelado de Sarney

Na visita que faz ao Brasil, o primeiro compromisso da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, em Brasília é um encontro amanhã cedo com José Sarney e Michel Temer na presidência do Senado. A reunião das autoridades será aberta apenas para registro de imagens. O sorriso da fotografia pode ficar amarelado.

Na segunda-feira, o Departamento de Estado divulgou um relatório sobre o painel do país em 2009. Cita Sarney, ex-presidente do Brasil, como acusado de uma série de impropriedades, até mesmo como tendo uma conta bancária ilegal no exterior – lembrando reportagem de Veja em julho passado.

Por Lauro Jardim

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Alunos não têm aula no Maranhão porque escolas caem aos pedaços

Muitos prédios não respeitam os padrões mínimos exigidos pelo MEC. Há até escola construída dentro de cemitério.

No interior do Maranhão existe uma gente simples. São pais e mães cheios de vontade de dar aos filhos um destino diferente na vida. Mas, nesse início de ano letivo, não há motivo para se ter esperança por lá. Os sonhos de futuro esbarram em um presente repleto de escolas fechadas, caindo aos pedaços.

As férias escolares já acabaram, mas para muitas crianças do Maranhão ainda não é tempo de voltar às aulas. As escolas onde elas estudam estão fechadas. “A gente desaprende”, diz uma criança.

“Quando eles voltam para a aula, veem sabendo quase nada”, diz a professora Ildenê Oliveira da Silva.

Em um vilarejo, em Anajatuba, norte do estado, a igrejinha de taipa, cedida pela comunidade, vai servir de sala de aula. “Eu não quero que meus filhos fiquem como eu fiquei, analfabeto, a pior vergonha que passo em minha vida”, diz o lavrador Francisco Livramento dos Santos.

Um sapo fez morada em uma escola vazia. O sapo e outros bichos também: “Tem cobra e sapo”, conta a lavradora Marinalda Carvalho.

Uma única sala de aula e cozinha onde a merenda é servida, paredes e teto desmoronando. “Quando tem chuva com vento, é arriscado cair o teto nas crianças”, alerta o lavrador Luiz Carlos Lopes.

Uma escola que jamais foi concluída fica dentro de um cemitério. Os túmulos ficam exatamente onde seria a área de recreação dos alunos. Os parentes dos mortos nunca se conformaram: “Eu penso que é uma falta de respeito”, opina uma senhora.

Com o caos nas escolas, o reinício das aulas foi adiado por tempo indeterminado no município. “Nenhuma escola de Barreirinhas hoje, infelizmente, tem a questão do padrão mínimo exigido pelo MEC”, reconhece o prefeito da cidade, Albérico Filho.

Escolas fechadas, pais inconformados. “Eu quero que meus filhos se formem, estude meus netos e bisnetos e tudo”, pede a aposentada Conceição Ferreira da Silva.

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Nota de Esclarecimento ao Lauro Jardim da Revista Veja

Caro Lauro Jardim,

Fui avisado por amigos de que havia em seu blog uma notícia que me envolvia com o Senador José Sarney e com Roseana Sarney. Jamais me encontrei com Sarney depois de 2004. Nem ele nem eu tentamos nenhum acordo ou aproximação. Aqui no Maranhão, essa tática eu conheço bem, pois no nosso estado, um grande problema político é ser chamado de sarneysista. Já tentaram essa manobra envolvendo o nome do Deputado Federal Flávio Dino e agora se voltam para mim. Seus informantes, certamente ligados a eles, me obrigam a desmentir a trama e pedir que publique o meu desmentido. Reitero que nem eu pedi encontro com Sarney e tampouco Roseana Sarney também pediu para falar comigo. Isso seria impossível, pois não temos o que conversar.

Cordialmente,
José Reinaldo Tavares

EUA citam Arruda e Sarney como exemplos de corrupção

Relatório divulgado ontem classifica situação brasileira como "preocupante"

Documento, elaborado pelo Departamento de Estado americano, faz balanço de crimes no mundo; PF diz ainda não ter lido os textos

O Departamento de Estado dos EUA divulgou ontem um relatório em que diz ver a corrupção no Brasil como "preocupante" e que "escândalos políticos domésticos" não param de ser revelados pela imprensa.

O diagnóstico, que se refere a 2009, é elaborado anualmente por ordem do Congresso americano e traça um painel da situação das drogas e da lavagem de dinheiro no mundo, entre outros crimes. O documento usa dados da inteligência dos EUA e informação oficial dos países citados.
"Num caso sofisticado, o presidente do Senado, que também é ex-presidente do Brasil, foi acusado de uma série de impropriedades, até mesmo de ter uma conta bancária ilegal no exterior", diz o relatório sobre José Sarney (PMDB-AP).

"Políticos do bloco de oposição, como o governador de Brasília (sic), também estão sob investigação por práticas de corrupção", afirma o governo americano acerca do governador afastado do DF, José Roberto Arruda (sem partido).

Segundo o Departamento de Estado, "processos por crimes de corrupção no governo continuam lentos e poucas condenações na esfera administrativa foram registradas em 2009".

O governo dos EUA diz que o Brasil é um dos maiores destinos de lavagem de dinheiro, junto com França, Alemanha e Canadá. A chancelaria continua acreditando que a região da Tríplice Fronteira é fonte de financiamento para terroristas e recomenda leis para criminalizar atividades com esse fim.

O relatório aponta ainda o aumento do consumo de drogas no Brasil e o uso do país como rota para o tráfico internacional. Afirma também que é o segundo maior consumidor de cocaína, atrás apenas dos EUA.

Segundo o governo americano, o crescimento decorre do grande número de voos internacionais, "das incontáveis pistas clandestinas de pouso e de uma enorme e violenta rede de criminalidade que faz a distribuição da droga".

A Polícia Federal disse que não poderia comentar o relatório sem antes ler o conteúdo e o que diz a respeito do Brasil.

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TSE decide manter distribuição de ‘vagas’ na Câmara

Em decisão unânime, o TSE manteve inauterada a distribuição entre os Estados das 513 cadeiras da Câmara federal.

Até a semana passada, o tribunal cogitava redistrir os assentos, com base em estimativa populacional de julho de 2009. Coisa que não ocorria há 16 anos.

A maré começou a virar depois que o TSE submeteu o tema a um debate, em audiência pública realizada na semana passada.

O próprio relator, ministro Arnaldo Versiani, mudou o teor da minuta que redigira.

Acabou levando ao plenário, na noite desta terça (2), posição favorável à manutenção do quadro atual. Foi seguido pelos demais ministros.

Dois deputados, Raul Jungmann (PPS-PE) e Flávio Dino (PCdoB-MA) haviam protocolado no TSE petições que contribuíram para a virada.

Nos textos, os deputados esgrimem argumentos semelhantes. Teses que já haviam sido expostas na auxiência pública da semana passada.

Alegaram, em essência:

1. Não se pode alterar a distribuição dos assentos da Câmara a poucos meses da eleição.

2. Mudanças assim só podem ser feitas um ano antes da eleição.

3. Não se pode modificar a composição da Câmara com base em estimativa populacional. É preciso que haja um censo demográfico. Algo que, a propósito, o IBGE está fazendo neste ano de 2010.

Sopesadas todas as considrações, prevaleceu a tese de que seria melhor deixar tudo como está.

A composição atual vigora desde 1994, ano em que foi feita a última redistribuição. Naquele ano, São Paulo ganhara dez cadeiras. Foi de 60 para 70.

O arquivamento da proposta de mudança foi bom para Pernambuco e Maranhão, os Estados de Jungmann e Dino. Perderiam uma vaga na Câmara cada um.

Ruim para o Amazonas, que provocara a discussão no TSE e ganharia na Câmara três novos assentos.

Ruim também para Minas, que ganharia duas cadeiras. Ótimo para o Rio, que perderia duas.

No geral, se a tese da redistribuição tivesse prevalecido, oito Estados perderaim assentos na Câmara. Sete ganhariam. Os demais ficariam como estavam.

A mudança afetaria também a composição das Assembléias Legislativas, cujo número de cadeiras é proporcional à quantidade de assentos de cada Estado na Câmara.

O debate fica transferido para depois da eleição. A Justiça Eleitoral e os deputados fariam melhor se mudassem o rumo da prosa.

Em vez de redistribuição, a Câmara reclama uma redução de cadeiras.


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terça-feira, 2 de março de 2010

Petistas protocolam proposta de apoio ao nome de Flávio Dino

A pré-candidatura do deputado Flávio Dino ao governo do Maranhão foi protocolada anteontem no Partido dos Trabalhadores. A iniciativa foi subscrita por 26 dirigentes do partido e atende a uma determinação das resoluções adotadas pelo partido para definir a política de alianças. Os petistas que defendem outras candidaturas têm até o dia 20 d março para apresentar suas propostas.

Entre as lideranças petistas que subscrevem a proposta de apoio a Flávio Dino estão o deputado federal Domingos Dutra; a ex-deputada federal Terezinha Fernandes; o vice presidente estadual do partido, Augusto Lobato; o secretário de organização, Bira do Pindaré, e os dirigentes estaduais Silvio Bembem, Márcio Jardim e o Jomar Fernandes, ex-prefeito de Imperatriz.

A apresentação formal da pré-candidatura junto à direção estadual do PT significa, na opinião de várias lideranças ouvidas pelo JP, um "grande avanço do partido no rumo do apoio a Flávio Dino". Segundo estas lideranças é o caminho natural, já que o PT vem sendo apoiado há muitos anos pelos comunistas e socialistas. "O PCdoB é um aliado estratégico e tem hoje no Maranhão um nome em condições de vencer a eleição para governador, nada mais natural portanto que o nosso apoio", revelou um dirigente.

A expectativa agora é pela oficialização de pedido de apoio do PT à candidatura de Roseana Sarney (PMDB). Lideranças como o deputado Washington Luis e Raimundo Monteiro já anunciaram apoio à aliança com a coligação PMDB/DEM, mas muitos dos seus liderados não concordam com a proposta ou não querem se expor ao desgaste de apoiar o grupo político que domina a política no Maranhão há quarenta anos. "O apoio ao PMDB e DEM no Maranhão é tão absurdo que o pessoal que está sendo pressionado para apoiar tem vergonha de subscrever este apoio", lembra um dirigente petista.

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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Ditadura na Passagem de cargo de diretor nas escolas do estado em Imperatriz... Brincar de fazer educação

Recebi esta mensagem por correio eletrônico com pedido de publicação no blog:

Prezado amigo, se possível poste este comunicado no seu blog para que o Maranhão todo saiba como está sendo tradatada a educação na nossa cidade...

Realmente quando você pensa que já viu e ouviu de tudo, é aí que vem as surpresas,pois agora pela manhã, o gestor de educação Agostinho Noleto, acompanhado dos seus, esteve no Centro de Ensino Graça Aranha e também em outras escolas para dar posse da "Função Gratificada" de Diretor das Instituições de Ensino Estaduais depois de exonerados os antigos diretores, num momento solene segundo o gestor, foram feitas várias colocações, entre estas a de que o trabalho que estava sendo feito era realmente muito bom, que foi um resgate da educação pública, que no caso do Centro de Ensino Graça Aranha que alcançara a nota nacional do Enem e aprovou em vestibulares das universidades públicas do país, mais de 120 alunos nos últimos dois anos era algo admirável, mas que não era por seu querer ou gosto que estava sendo feita a "alternância de direção", mas por ato de governo, ato assinado pela Governadora Roseana Sarney, que ela é quem queria que fosse feito daquela forma, que por ele "o gestor" e “as escolas já teriam eleições para Direção na rede estadual", como já existe no município que, segundo o mesmo, foi algo idealizado e criado por ele quando secretário de educação em uma gestão municipal anterior.


O gestor ainda disse na frente de partidários e da comunidade que a Governadora estabeleceu que houvesse estas trocas, apesar da contrariedade do "COLEGIADO ESCOLAR", que deveria ter voz dentro da escola, afinal de contas, foi, sim, a Gov. Roseana Sarney que visitou as escolas e vislumbrou todos seus aspectos positivos e negativos para tomar suas decisões, já que segundo o gestor não houve interferência da gerência e de seus servidores, que o ato de governo é decisão única e de responsabilidade da Governadora, acho que ele nem percebeu que o diário oficial está assinado pelo vice, em Exercício, João Alberto, que talvez o gestor não devesse falar pela governadora quando não é solicitado e poder falar pela mesma quando é solicitado pela comunidade, evitar a fala " não posso responder pela governadora, ela é que determinou que fosse desta forma", quando nem no governo a mesma estava quando foi realizada a "alternância".


Em um caso em que a escola está funcionando, seria mais viável utilizar reportagens, fotos, entrevistas com a comunidade escolar e fazer propaganda do seu governo com educação de qualidade, do que retirar as pessoas da frente por simples perseguição política e bobagens do cotidiano, mas fazer gestão e ter raciocínio não é para todo mundo, ser líder então é mais complicado ainda, quando se é rejeitado e antipatizado por toda uma cidade, como é o caso do gestor de educação do município de Imperatriz, que desde o início só atrapalhou a todos e acredito que principalmente ao grupo ao qual pertence.


Mas uma coisa é certa, quem tem um cabo eleitoral que promove a discórdia e insatisfação da comunidade escolar (professores, funcionários de secretaria, alunos, pais, demais participantes do processo) não precisa de mais ninguém para falar contra, em uma região que a rejeição da governadora já chega a 80%, só basta a governadora manter este grupo a frente da gestão da educação por mais alguns meses, para que sua imagem chegue ao chão e os índices estabelecidos cheguem a pelo menos 90%.

Para finalizar nossos pontos positivos dos "atos de governo", querem retirar das escolas os professores que eram gestores, mesmo tendo as necessidades do professor em suas áreas e os mesmos trabalharem há mais de 8 anos realizando bons serviços dentro da escolas nas suas disciplinas. O interesse é distanciar aqueles que como eles mesmos disseram "fizeram um trabalho admirável".

Parabéns ao Governo que "volta ao trabalho", que tudo isto possa dar muitos incentivos a educação do nosso estado e que estes passos possam ser seguidos por todos os secretários e aliados da Governadora que espera se eleger em 2010 (eleger mesmo, pois desta vez não foi eleição). Com parceiros como estes, será complicado conseguir a simpatia do povo maranhense e principalmente Imperatrizense.

Att. Carlos Airton Moraes Sanches
Ex- Vice Diretor da Escola Graça Aranha de Imperatriz.

'The Economist' aponta Sarney como exemplo de impunidade

Revista inglesa diz que diante de escândalos, como o da Lunus, a prisão de Arruda é “exemplar”
Reportagem na edição desta semana da revista inglesa “The Economist” – uma das mais conceituadas do mundo – denuncia casos de corrupção e impunidade na política brasileira, citando como exemplo o caso Lunus, ocorrido em março de 2002 no Maranhão.

A revista aponta o senador José Sarney como exemplo de impunidade no Brasil e considera a prisão do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, “incomum em um país onde políticos acusados de corrupção frequentemente nada perdem além de seus mandatos ou sua dignidade – e ainda assim parecem voltar rapidamente”.

“The Economist” mostra as fotos do R$ 1,5 milhão encontrado em 2002 no comitê de campanha da então pré-candidata à Presidência da República, Roseana Sarney para dizer que, com frequência, imagens revelam escândalos envolvendo políticos, dinheiro e corrupção. Mas que as filmagens em Brasília tiveram um fim surpreendente – a prisão.

Em julho de 2009, a longa lista de escândalos do Senado brasileiro chegou às páginas da revista britânica. Com o título de “Casa de Horrores” (“House of horrors”), a The Economist enfocou o escândalo dos atos secretos, a residência milionária (R$ 4 milhões) omitida pelo presidente José Sarney da Justiça Eleitoral, os negócios no crédito consignado de seu neto José Adriano Sarney, dentro da Casa, além da farra das passagens aéreas e a casa de R$ 5 milhões não declarada à Receita Federal pelo ex-diretor Agaciel Maia.

Com o irônico subtítulo “O que os parlamentares britânicos podem aprender com os senadores brasileiros” - por conta de recentes escândalos na Inglaterra em que deputados foram pegos usando dinheiro público para pagar contas particulares -, a reportagem citou que havia 10 mil servidores para tomar conta de apenas 81 senadores, que o plano de saúde dos parlamentares é gratuito e vitalício e que os auxílios-moradia são generosos. Sarney, na reportagem, é apontado como um “sobrevivente”.

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Folha repercute condenação do secretário Ricardo Murad

Ele e um sócio foram condenados pela Justiça a indenizar o ex-governador José Reinaldo

Em matéria assinada pela correspondente Sílvia Freire, a Folha Online repercutiu ontem a condenação, pela Justiça, do secretário de Saúde do governo Roseana Sarney, Ricardo Murad, e de seu sócio Hostílio Caio Pereira da Costa. Os dois terão de pagar R$ 16,8 mil, acrescidos de juros de 1% ao mês, ao ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) por publicação de texto ofensivo à sua honra no extinto jornal "Veja Agora". Leia a matéria da Folha Online:

"Sócios do extinto jornal 'Veja Agora', o secretário da Saúde do Maranhão, Ricardo Murad (PMDB), e o jornalista Hostílio Pereira da Costa, foram condenados pelo Tribunal de Justiça do Estado a pagar R$ 16,8 mil, acrescidos de juros de 1% ao mês, ao ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) por publicação de texto ofensivo a sua honra.

Murad é cunhado da governadora Roseana Sarney (PMDB), adversária política de Tavares. O jornal foi criado em 2005 e deixou de circular depois da eleição de 2006.

A condenação, segundo o advogado Rodrigo Lago, que representa o ex-governador, é referente a uma das 20 ações cíveis e criminais protocoladas contra o jornal por Tavares durante sua gestão (2003-2006).

A relatora do processo, desembargadora Maria das Graças Mendes, da 1ª Câmara Cível do TJ-MA, entendeu que a publicação dos textos ocorreu sem a utilização de "fonte de veracidade e com uso de termos ofensivos sobre assuntos relativos à vida privada do ex-governador". De acordo com a decisão, os órgãos de imprensa têm "obrigação de publicar matérias com veracidade, possibilitando a defesa e resposta das pessoas envolvidas".

Segundo o advogado do ex-governador, o jornal publicou diversos textos e charges que atingiam a mulher e os filhos de Tavares. "Até uma briga da filha dele de seis anos no colégio foi publicada no jornal. Qual a necessidade de informar isso?", disse o advogado.

O advogado disse que as ações buscam proteger a família do ex-governador e não limitar a liberdade de imprensa.

A assessoria de Murad disse que ele vai recorrer da decisão e não quis se pronunciar sobre a condenação."

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