
A plataforma de gelo Wilkins, com 16 mil quilômetros quadrados (mais de dez vezes a área de São Paulo), está separada da desintegração total por uma fina faixa de gelo.
Pesquisadores do BAS (Serviço Antártico Britânico) e do Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve dos EUA começaram a ver a plataforma rachar no final de fevereiro, usando imagens de satélite.
No final daquele mês, um iceberg de 41 quilômetros de comprimento por 2,5 quilômetros de largura se soltou, dando início à desintegração rápida. Esta acontece num padrão que já é típico de retrações glaciais causadas pelo aquecimento global: uma mancha azul-clara na superfície do oceano pontilhada de fragmentos de gelo.
A Wilkins é a maior plataforma (nome dado a imensas línguas de gelo flutuantes) da península Antártica, região do continente que mais esquentou no último século -provavelmente devido ao aquecimento global. Ela esteve estável pelos últimos 1.500 anos. Os cientistas achavam que ela estivesse mais protegida do clima por estar mais ao sul da península, onde faz mais frio.
Drama recente
"Eu não esperava que isso fosse acontecer tão depressa. A plataforma está por um fio e saberemos nos próximos dias qual será o destino dela", disse David Vaugham, do BAS.
Segundo o BAS, o colapso da Wilkins é "o drama mais recente" na península, uma região que nos últimos 50 anos tem sofrido um aquecimento sem precedentes (de 2C a 3C).
Várias plataformas de gelo naquela região sofreram retração nos últimos 30 anos. Seis delas se desintegraram: o canal do Príncipe Gustaf, a enseada Larsen, a Wordie, a Müller, a Jones, a Larsen A e a Larsen B.
Esta última teve seu colapso observado em tempo quase real, em 2002. Levou 35 dias para se esfacelar completamente, soando um alarme até então sem precedentes para os impactos da atividade humana no clima. Os cientistas achavam que a Larsen B fosse ser estável por mais um século.
Previsão subestimada
"Nós realmente não entendíamos o quão sensíveis essas plataformas são à mudança climática", disse Vaugham. Nos anos 1990, o pesquisador britânico previra que o aquecimento global levaria a Wilkins ao colapso em 30 anos.
Como a plataforma já está flutuando, sua desintegração não elevará o nível do mar. O problema é que ela serve de "barragem" para conter o escoamento de geleiras continentais que nela desembocam -essas sim, com potencial de elevar o nível do oceano.
Pesquisadores do BAS (Serviço Antártico Britânico) e do Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve dos EUA começaram a ver a plataforma rachar no final de fevereiro, usando imagens de satélite.
No final daquele mês, um iceberg de 41 quilômetros de comprimento por 2,5 quilômetros de largura se soltou, dando início à desintegração rápida. Esta acontece num padrão que já é típico de retrações glaciais causadas pelo aquecimento global: uma mancha azul-clara na superfície do oceano pontilhada de fragmentos de gelo.
A Wilkins é a maior plataforma (nome dado a imensas línguas de gelo flutuantes) da península Antártica, região do continente que mais esquentou no último século -provavelmente devido ao aquecimento global. Ela esteve estável pelos últimos 1.500 anos. Os cientistas achavam que ela estivesse mais protegida do clima por estar mais ao sul da península, onde faz mais frio.
Drama recente
"Eu não esperava que isso fosse acontecer tão depressa. A plataforma está por um fio e saberemos nos próximos dias qual será o destino dela", disse David Vaugham, do BAS.
Segundo o BAS, o colapso da Wilkins é "o drama mais recente" na península, uma região que nos últimos 50 anos tem sofrido um aquecimento sem precedentes (de 2C a 3C).
Várias plataformas de gelo naquela região sofreram retração nos últimos 30 anos. Seis delas se desintegraram: o canal do Príncipe Gustaf, a enseada Larsen, a Wordie, a Müller, a Jones, a Larsen A e a Larsen B.
Esta última teve seu colapso observado em tempo quase real, em 2002. Levou 35 dias para se esfacelar completamente, soando um alarme até então sem precedentes para os impactos da atividade humana no clima. Os cientistas achavam que a Larsen B fosse ser estável por mais um século.
Previsão subestimada
"Nós realmente não entendíamos o quão sensíveis essas plataformas são à mudança climática", disse Vaugham. Nos anos 1990, o pesquisador britânico previra que o aquecimento global levaria a Wilkins ao colapso em 30 anos.
Como a plataforma já está flutuando, sua desintegração não elevará o nível do mar. O problema é que ela serve de "barragem" para conter o escoamento de geleiras continentais que nela desembocam -essas sim, com potencial de elevar o nível do oceano.
Comentário do Blog: Creio que ninguém pode ter mais dúvidas sobre a gravidade do problema. Os indícios se multiplicam e vem de todas as regiões do Globo. Estados Unidos e China precisam seguir o exemplo europeu e liderar uma grande campanha mundial, começando por eles mesmos, impondo metas a atingir e padrões mundiais que todos terão que seguir.
A rarefação da camada de ozônio, que a todos assustava, graças ao envolvimento dos países mais desenvolvidos, hoje, já não representa a mesma ameaça ao planeta. O mesmo tem quer ser feito em relação a essa grande ameaça que é o aquecimento global, cada vez mais uma realidade, afetando a vida de todos. Esse assunto deveria ser difundido nas escolas do mundo inteiro para que as crianças e jovens, que deverão herdá-lo, possam influenciar na tomada de posição a ser seguida.
É preciso aumentar a conscientização de todos sobre ameaça tão grande a existência da vida, tal como a conhecemos hoje, na Terra.
A rarefação da camada de ozônio, que a todos assustava, graças ao envolvimento dos países mais desenvolvidos, hoje, já não representa a mesma ameaça ao planeta. O mesmo tem quer ser feito em relação a essa grande ameaça que é o aquecimento global, cada vez mais uma realidade, afetando a vida de todos. Esse assunto deveria ser difundido nas escolas do mundo inteiro para que as crianças e jovens, que deverão herdá-lo, possam influenciar na tomada de posição a ser seguida.
É preciso aumentar a conscientização de todos sobre ameaça tão grande a existência da vida, tal como a conhecemos hoje, na Terra.