
sexta-feira, 7 de março de 2008
Quem quer e pode, faz

Espírito Público

terça-feira, 4 de março de 2008
Energia Eólica e Nordeste

É uma característica de nosso estado a grande velocidade dos ventos, sempre alinhados, quase nenhuma turbulência e poucos períodos de calmaria. O potencial do Maranhão é enorme e beneficiado pela grande extensão do nosso litoral, seguido de baixadas, logo vasta parte do território acaba também tendo ventos fortes e mais de uma centena de quilômetros em direção ao interior são beneficiados. Nos falta, ainda, o aprofundamento de pesquisas com anemômetros computadorizados para mapear em todos os espaços os ventos existentes, informação fundamental para os empreendedores. A Secretária Telma Tomé me disse que o estado e a Eletronorte devem fazer as pesquisas que faltam.
E nós? E o Brasil? Ainda estamos bem atrás dos outros países, mas já existe um processo de conscientização em andamento... Estados como o Ceará já têm projetos que envolvem vários bilhões de reais.
Voltei a esse assunto neste artigo, porque a Governadora Vilma de Faria (PSB), do Estado do Rio Grande do Norte, publicou um ótimo artigo na Folha de São Paulo, em que procurava chamar a atenção do Governo Federal para a importância desse tipo de geração de energia. Nele, expôs, com êxito, que o Nordeste poderia ajudar o Brasil a resolver seus problemas num setor tão estratégico para o desenvolvimento nacional. O fato da governadora ter colocado o assunto na sua pauta de prioridades é animador, já que, nesse sentido, os estados com mais potencial, na região e no Brasil, são exatamente o Maranhão, o Ceará, o Piauí e o Rio Grande do Norte.
A governadora não falou, mas existe um fato muito importante para o programa deslanchar de vez, atraindo os empresários com mobilidade e rapidez de execução: é a necessidade da ANEEL colocar preços compensadores no leilão para compra de energia oriunda de fontes alternativas como a energia eólica. O leilão será em junho. Se isso ocorrer, o êxito do programa é certo e as coisas começarão a acontecer rapidamente.
Se os governadores dos 4 estados fizerem uma mobilização sobre esse assunto junto ao Presidente da República, no Congresso, na Sudene e nos Ministérios de Minas e Energia e do Planejamento e, principalmente, na Casa Civil, da Ministra Dilma Rousseff, vão conseguir. E vão iniciar uma nova e promissora era na região.
Isso ajudará até a mudar a agenda atual do Brasil, que é uma das mais medíocres de todos os tempos. Tudo que se vê na chamada grande imprensa brasileira é a luta da velha política patrimonialista, que atrasou o Brasil e o Maranhão por tanto tempo, tentando nomear mais e mais gente que, na maioria das vezes, não está suficientemente preparada para assumir tais cargos. Isto, naturalmente, contribui para o atraso do Brasil em relação aos outros países chamados emergentes que, libertos dessas praticas antigas, vão ganhando terreno. E quem chefia tudo isso? Quem está permanentemente no noticiário, insaciável, prometendo greves no Senado, junto com a filha, também Senadora, na tentativa de emplacar mais alguns cargos em posições estratégicas do setor elétrico, que pretende dominar totalmente, sem discussão? O Senador José Sarney , é claro. Sobretudo agora, tal uma máquina desgovernada, disputando com Renan Calheiros, até ontem grande aliado, cargos na Petrobras, como divulgado na imprensa.
O Presidente Lula está no limite da sua paciência e vem desabafando com freqüência, chegando a dizer ao Ministro de Minas e Energia que dará os cargos, mas, irá responsabilizá-los por qualquer problema no Senado. Agora resolveu viajar pelo Brasil, sair de Brasília, para se livrar das pressões de Sarney que o estão incomodando muito.
Jornal Pequeno

"Todas as vezes em que é anunciada a intenção da Vale de fazer uma siderúrgica em qualquer lugar do Brasil, o jornal porta voz da oligarquia diz logo que o culpado por esta não vir para cá é o governo do estado. Isso é para livrar a cara do Senador José Sarney, que todos sabem, faz o que quer no governo federal, em que é dono de um imenso poder. Só que usa toda essa força para não deixar vir, como já aconteceu duas vezes, uma no governo Cafeteira e outra no governo de José Reinaldo.
Além disso, todos sabem que a Vale faz o que o Sarney quer, por causa dos seus interesses junto ao governo federal, muito bem cuidados por Sarney e por causa dos imensos interesses no Porto do Itaqui, que almeja ter sob seu domínio, coisa que só não aconteceu, porque Roseana Sarney perdeu as eleições para o Governo do Estado.
A siderúrgica não vem porque Sarney não quer e Lula sabe disso. Aliás, Lula se aproveita disso para dar força para governadores do PT como Wellingthon Dias, do Piauí, e Ana Julia Carepa, do Pará. Tudo começou quando a Vale queria comprar uma grande mineradora, a Xstrata, e recebeu aviso que o Governo Federal era contra, pois a Vale podia se tornar internacional demais e levar seu Centro de Negócios do Brasil para outro país, como fez a Ambev. A Vale jogou tudo e o Presidente Lula fez uma viagem ao Rio de Janeiro para jantar na casa do seu presidente com a esposa. Lula reclamou que a Vale precisava investir mais no Brasil e principalmente no Pará. As coisas, então, começaram a mudar, e no encontro seguinte dos dois, a Vale já levou pronto o projeto da Siderurgia para o Pará, ganhando assim a autorização para comprar a Xstrata.
Esta notícia saiu no Jornal Pequeno há duas semanas e está tudo confirmado. Hoje o Presidente Lula e a Governadora Ana Julia Carepa, do Pará, anunciaram a siderúrgica. Faltou uma pessoa na comemoração, o Senador Jose Sarney, que usa o seu grande poder com o governo federal apenas para perseguir inimigos políticos do Maranhão, como afirmou o líder do PSDB no Senado, Artur Virgílio. É inconcebível lutar contra os mais legítimos interesses do Estado, como faz Sarney. Assim ele fez no contrato com o Banco Mundial para combate a pobreza e assim é com a siderúrgica.
segunda-feira, 3 de março de 2008
O Problema das Reservas Internacionais

O Banco Central divulgou sábado que teve um prejuízo de R$ 47,5 bilhões, 254% maior do que o do ano anterior, a ser coberto pelo Tesouro Nacional, o que elevará a dívida interna. Esse prejuízo se deve ao crescimento das reservas internacionais, que permitiram ao Brasil se transformar em credor externo. No final de fevereiro as reservas atingiram o montante de US$ 191,5 bilhões, quantia superior a dívida externa privada e pública. Acontece que reservas expressivas possuem um custo elevado, pois a redução da dívida externa se traduz em aumento da dívida interna, cujo custo é maior.
Segundo o jornal Estado de São Paulo, no ano passado o BC comprou US$ 75,59 bilhões, que representaram R$ 155,3 bilhões na economia. Isso obrigou o BC a vender títulos da dívida interna para evitar que o aumento da base monetária favorecesse uma grande inflação. Paralelamente, o BC aplica as reservas em títulos da dívida norte-americana que, com a crise das hipotecas, rendem cada vez menos. A diferença entre a taxa de aplicação e o custo da dívida interna é hoje de 8%, devendo os efeitos da valorização cambial, serem acrescentados à diferença daquela taxa. Assim alguns economistas acham que já é hora de parar de comprar divisas.
Entretanto essas reservas expressivas representam o melhor seguro que a economia brasileira já teve, pois reservas fortes reduzem a vulnerabilidade do país. Elas também funcionam como um colchão de segurança diante da possibilidade de uma queda, no futuro, dos preços dos produtos exportados pelo Brasil.
Portanto, muitos benefícios podem ser trazidos, mas a um custo elevado, trocando dívida externa mais barata por dívida interna mais cara. A maneira de reduzir essa despesa é cortar os gastos públicos e diminuir a dívida interna, medidas que, infelizmente, o governo resiste em tomar com unhas e dentes. É um equilíbrio instável.
domingo, 2 de março de 2008
Revista Veja

Coluna Radar do Lauro Jardim
Faltou dizer que esse empréstimo está vinculado a nova dinâmica administrativa do estado de Minas, que faz contrato com seus Secretários para cumprimento de metas de grande interesse para o desenvolvimento do estado em benefício de sua população. Como isso já está implantado no governo, esse empréstimo não tem destinação específica e será aplicado no cumprimento das metas já fixadas e a critério do governo. A contrapartida, na verdade, são os recursos que estão no orçamento e que serão aplicados para realizar essas mesmas metas.
Muito bom! De parabéns por essa inovação estão o Banco Mundial e o Governo de Minas. E recursos do Banco estarão à disposição de outros estados, desde que passem a adotar novos meios de gestão, focados em metas estabelecidas em contrato com os gestores setoriais, como Minas Gerais.
Veja II
Coluna Radar do Lauro Jardim:
“Criador e Criatura - Não vão de vento em popa as relações entre José Sarney e Edson Lobão. O motivo do estremecimento é a decisão de Lobão de disputar o Governo do Maranhão em 2010. Sarney, padrinho de Lobão para o Ministério de Minas e Energia, quer que sua filha, Roseana, seja a candidata.”
Isso é o que Sarney quer que acreditemos. Lobão não briga com Sarney e vai fazer o que for combinado. Roseana não será candidata ao Governo do Estado, pois, uma segunda derrota é fatal para ela. O que está acertado é que Lobão vai se candidatar ao Governo e Roseana tentará a reeleição. Sarney quer um candidato com mais nome para o governo para tentar “puxar” Roseana para o Senado. Em eleições, é o máximo que pretendem alcançar. A prioridade de Sarney é Roseana, sempre.