terça-feira, 27 de novembro de 2012

NÃO HÁ PERIGO DE MELHORAR


E na semana passada mais duas notícias terríveis para o Maranhão, embora não se constituam em nenhuma surpresa para aqueles que acompanham mais de perto o que está acontecendo com o estado desde que Roseana Sarney assumiu o governo. O resultado do Enem de 2012 mostra que o estado afunda cada vez mais, com índices terríveis obtidos pelos alunos maranhenses. E o PIB por pessoa traz o que já havíamos antecipado aqui, alertados e baseando-nos no professor José Lemos. O Maranhão, que havia se distanciado dos últimos lugares entre os estados brasileiros nesse importantíssimo indicador econômico-social, regride rapidamente e agora apresenta a menor renda per capita do Brasil, ultrapassado por Alagoas e Piauí. O último!
Frederico Cunha, Coordenador das Contas Nacionais Anuais do IBGE, declarou “O último lugar era do Piauí, agora é do Maranhão”. Que distinção!
Nas provas do Enem, o Maranhão conseguiu a proeza de estar entre os dez últimos lugares do país. E pior ainda: com cinco escolas presentes no ranking, inclusive a que ficou em último lugar. Pode haver pior do que isso? O que dirão agora? Certamente virá uma explicação estapafúrdia, como a própria gestão que fazem...
Roseana contribui fortemente para esse lamentável resultado, pois trata a educação quase como um aborrecimento com que tem de lidar. Não dá prioridade, tampouco apoio. Só nesse período, nomeou cinco secretários nessa área, impedindo qualquer trabalho sério por parte deles, mesmo que bem qualificados, o que normalmente não é verdade. Lembram que ela saiu do governo em 2002 e não havia ensino médio em 157 municípios? O que se pode esperar então?
Mesmo assim, estejamos preparados, porque a governadora não se tocará com nada e nem dará nenhuma explicação para os resultados desastrosos do seu governo. Ela quer tenta passar a impressão para todos que o Maranhão está em um momento mágico de riqueza e desenvolvimento. José Sarney, esse então parece que só recebe informação dela, pois escreveu artigo dizendo que o Maranhão cresce à ritmos chineses, caminhando para ser um dos estados mais ricos do país. Como assim? E não há o que o convença do contrário... E logo ele que tem prestígio enorme e a atenção dos mandatários da nação. Se ao menos admitisse e, em consequência disso, lutasse para resolver, mas não. É intriga da oposição, diz...
Eis os dados da tragédia: Maranhão, último PIB por pessoa, com R$ 6.888, 60; Piauí com R$ 7. 072, 80; Alagoas com R$ 7.874,21, são agora os três últimos. O de maior renda é o DF, com R$ 58.489,46 e a média nacional é R$ 19.766,33. O Maranhão tem renda per capita três vezes menor que a média nacional. Como justificar isso em um estado com o potencial do nosso, muito melhor aquinhoado pela natureza do que os nossos vizinhos?
Mas na política...
O Maranhão puxado pelo agronegócio teve incremento no PIB, embora mantivesse a sua posição relativa na parte de baixo do bloco intermediário. O grande crescimento industrial do estado, apregoado por Roseana Sarney, continua invisível para as contas nacionais embora “muito vivo” nas propagandas governamentais.
O fato é que com a educação que temos no estado não vamos para lugar nenhum, mas poderemos piorar, como agora no PIB per capita. O bordão jocoso do deputado Tiririca “Pior do que está, não fica”, pode ser desmoralizado por aqui...
Mas as notícias ruins não param de ser divulgadas. A ONG Contas Abertas divulgou que o governo do Maranhão foi o sétimo estado que mais piorou a transparência das contas do governo e é menos transparente do que em 2010. Foi um dos nove em que, ao invés de maior transparência, piorou. Todos os outros melhoraram.
Não bastasse isso, temos ainda a escalada da violência: São Luís com 56,1 mortes violentas por 100 mil pessoas, assumindo o posto de quinta cidade mais violenta do país. E vejam que São Paulo com todo esse alarde é a menos violenta do país, com o índice de 13,0 por 100 mil habitantes. O problema é muito grave, a Secretaria está mobilizada, mas o governo não dá o apoio que o problema, gravíssimo, mereceria de qualquer governo atento.
 O fato é que a calamidade pública parece ser marca deste governo. Este é o quadro atual na educação, na pobreza e na renda, na segurança, na ausência de água nas torneiras, no esgoto sem tratamento que polui as praias, no atendimento da saúde e na transparência, nas contas públicas. A cada dia que passa cada um desses setores piora.
Por falar nisso até quando o PAM Diamante vai ficar fechado?