Votar em Dilma é votar em Sarney. Nada nesta eleição é mais verdadeiro
do que isso. A tranquilidade que Flávio precisa para poder fazer a difícil
tarefa de fazer um governo que mude verdadeiramente o Maranhão depende, em
grande parte, de uma derrota de Dilma nestas eleições. EM verdade, não é nem por
ela em si, mas pela impossibilidade dela se livrar da influência política de
José Sarney e de toda a pesada turma do PMDB em seu governo. Essa possibilidade
aqui para o Maranhão causa preocupação...
Será um exagero, já que – afinal – Sarney estará sem mandato a partir
de janeiro? Não. Mas ele não estará então mais fraco? Sim e não. Como?
Raciocinemos um pouco, amigos:
Todos sabemos que a investigação de um gigantesco escândalo na maior
empresa estatal brasileira, a maior empresa da América Latina – Petrobras – está
em andamento, levada adiante por cinco procuradores e um juiz federal. São vários
eventos que compõem um quadro de corrupção generalizada na empresa, que envolve
refinarias, obras diversas, como Comperg, Pasadena e chegando até mesmo ao
Maranhão, com as suspeitas sobre o dinheiro gasto na terraplanagem bilionária
do local que estaria destinado à construção de uma refinaria aqui. Tudo isto
está sendo apurado e baseado em provas que estariam sendo fornecidas pelo ex-diretor
da empresa e pelo doleiro, seu comparsa, por meio da chamada delação premiada.
Dois políticos muito importantes do grupo Sarney estão citados pelo diretor
como recebedores de dinheiro desviado da estatal: o ministro Edson Lobão e a
governadora Roseana Sarney.
Ninguém sabe ainda da total extensão das revelações, mas uma delas tem
potencial explosivo e é capaz de trazer grande instabilidade ao país, caso
Dilma Rousseff vença essas eleições. Trata-se da revelação de que a campanha dela
em 2010 foi financiada com recursos desviados da Petrobras, solicitados por Antônio
Palocci e recebidos pelo atual tesoureiro de sua campanha, o Vaccari. Esse, embora
citado, não foi demitido.
É evidente que a explosiva revelação – sabe-se lá o que mais vai ser
revelado – tem potencial para trazer uma grande instabilidade ao futuro governo
de Dilma, se eleita for, com pedidos de impeachment e grande instabilidade política,
incluindo a contestação do resultado da eleição.
E daí? Pois bem, nessa hora é que aparece Sarney com a sua tropa, seu
PMDB, para segurar Dilma no governo, que acabará refém dessa turma tão “prestativa”.
Sarney, com sua experiência, ocupará papel central na defesa da presidente e
isso custará muito caro ao Maranhão, pois todos sabemos que quando Sarney fica
poderoso, quem sofre somos nós maranhenses.
O poder de Sarney com Lula não é atribuído às dificuldades do
presidente com o Mensalão? O fato poderia, sim, se repetir com Dilma. Sim,
porque mesmo que Sarney não tenha mais mandato, ainda assim teria sua turma
pesada do PMDB.
Com efeito, parece lógico que o
aparelhamento de um governo paralelo para atrapalhar o governador Flávio Dino (para
que este não consiga fazer a mudança que o povo maranhense quer) teria chances
de ocorrer com o poder recuperado por meio dos problemas de Dilma. Dessa forma,
Sarney, tal como fez no passado, tentaria fazer de tudo para bloquear
financeiramente o governo de Dino e causar todo o tipo de dificuldade política
ao governador.
É por isso, amigos, que poderá ser desastroso para o Maranhão uma
reeleição de Dilma. Repito: isso poderá possibilitar a Sarney ter novamente o
poder de atrapalhar governadores do nosso estado a realizarem plenamente a difícil
tarefa de mudar o Maranhão.
O povo precisa ter isso em mente na hora de votar. Ou vota em Dilma e
acaba votando contra o Maranhão ou vota em Aécio Neves e dá uma chance ao
Maranhão. Dilma, mesmo que não queira, será Sarney. Só a vitória de Aécio
permitirá a Flávio Dino realizar a mudança.
Vamos com Aécio dar a aposentadoria que Sarney merece. Basta, são cinquenta
anos de mando que só trouxeram pobreza e dificuldades. Vamos completar a mudança!
Só Aécio garante a mudança completa!
Para terminar, foi empolgante a reunião comandada pelo vice governador
eleito Carlos Brandão, com a participação de Tasso Jereissati e muita gente
entusiasmada no evento de mobilização da campanha de Aécio em São Luís.
A diferença para Dilma diminuirá muito no Maranhão. É o que esperamos
em um estado em que cinquenta por cento da população vive do Bolsa Família.
Mudança já!