Em SP, 71% concluem ensino médio sem saber o básico de matemática: Exame com 1,8 milhão de estudantes da rede pública estadual avaliou também conhecimentos de português
Ainda neste ano, a rede estadual de ensino vai criar um curso de especialização específico para os professores de matemática, além de reforço para os alunos na disciplina e a realização da competição Jornada de Matemática nas 5,5 mil escolas estaduais. "Estamos com tudo pronto para a recuperação paralela para alunos de 2ª, 3ª e 4ª série que tiveram dificuldades não só em matemática e língua portuguesa. E para 5ª a 8ª e ensino médio, na primeira semana de abril já chegarão materiais com base nas novas propostas curriculares da rede", explica. Ao assumir a pasta em junho de 2007, uma das primeiras medidas da secretária foi mudar a escala de avaliação do Saresp para que fosse possível comparar os resultados com as avaliações aplicadas pelo Ministério da Educação (MEC).
Em língua portuguesa, o desempenho dos alunos melhorou em relação a 2005 - ano em que foi aplicado o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Em 2005, a média dos alunos de 8ª série em português foi 228. Já no Saresp 2007, saltou para 243. RELATIVO A relativa melhora, porém, não significa que os alunos estejam no nível ideal de aprendizado. Apenas 24% dos alunos de 8ª série da rede, por exemplo, conseguem identificar a intenção de um autor ao publicar uma carta na editoria de opinião de um jornal. A mesma dificuldade é enfrentada por 40% dos alunos do 3º ano do ensino médio. Segundo Neide Noffs, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP, o problema atual da rede estadual é que o ensino dá ênfase à área de conteúdo e não para a habilidade do aluno. "O ensino na rede ainda é por área de conhecimento, mas o Saresp avalia a capacidade de interpretação. Por isso, muitos alunos interpretam textos, mas não problemas matemáticos, porque o ensino não deu ênfase à habilidade de interpretar, mas sim de adquirir conteúdos específicos", explica. Para Maria Márcia Sigrist Malavazi, especialista em avaliação da Unicamp, além de implantar novas metodologias, é preciso criar um novo projeto para o ensino de matemática. "É muito triste ver o nível em que se encontram os alunos da rede estadual. Mas mudar apenas a metodologia não vai resolver", diz.
A luta por melhorar a qualidade na educação, principalmente em matemática e português, depende de muita dedicação, de gente altamente qualificada, e de um bom projeto curricular e pedagógico. O esforço desenvolvido pela Secretaria de Educação de São Paulo, ousando muito e trazendo práticas vitoriosas no setor privado para melhorar a gestão e a qualidade em São Paulo, é exemplar, mas tem organiza-se em torno de um passado, segurando os resultados e tornando a luta mais dificil ainda. Contudo, em médio prazo haverá uma mudança animadora nos resultados. Parabéns a Dra. Maria Helena, Secretária de Educação de São Paulo, pelo trabalho e pela visão correta das dificuldades a enfrentar.
Um comentário:
Governador, fale-nos sobre as mudanças que podes fazer no Detran no seu Governo. Naquela época não houveram críticas a esse órgão e agora quase todos os dias os jornais denunciam algumas irregularidades ou mudanças desnecessárias. meu marido espera já há um mês para conseguir fazer só a prova de legislação!!Abraços Meire
Postar um comentário