
Agora, muito tempo depois, temos o surgimento de um novo tipo figura política biônica. Não mais senadores. É o governador, que, mesmo tendo perdido as eleições para o governo do estado, por força do Tribunal Superior Eleitoral, substitui, no mandato, aquele que foi legitimamente eleito. Isso já aconteceu na Paraíba e no Maranhão, e, coincidência das coincidências, os governadores eleitos foram substituídos por candidatos derrotados do PMDB, partido do ‘bam-bam-bam’ da nação. Aquele mesmo partido do condestável senador José Sarney, presidente do Senado da República.
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal e do TSE, Francisco Resek, classificou o que aconteceu nesse tribunal, como “golpe de estado jurídico”. Nada mais apropriado. Assim, esses governadores diplomados dessa maneira, são quase aberrações jurídicas, diminutos perante aqueles legitimamente eleitos, e com enorme e natural rejeição perante a população. No caso de Roseana, a que não é mais Sarney, essa rejeição já era muito grande antes desse episódio, agora aumenta cada vez mais. Esconder o sobrenome não vai adiantar muito. Em tempo, será que foi ela quem não deixou o pai participar de sua posse, logo ele, que foi o grande responsável pelo novo cargo? Achou que isso iria aumentar a já enorme rejeição?
Desconfio que ela se sinta como muitos dos senadores biônicos do passado, desconfortáveis na multidão. Ela sente o pensamento negativo das pessoas, que muitas vezes viram a cara, falam coisas desagradáveis, não batem palmas e nem demonstram felicidade com a sua presença. Mesmo que a ocasião seja, teoricamente, para potencializar atendimento e assistência para desabrigados pelas cheias dos rios. Assim foi na semana passada, em sua ida a Bacabal e em outros municípios alagados. Basta olhar as imagens que sua própria televisão gerou, cujo conteúdo transparece o enorme desconforto de quem não se sentia apreciada e apoiada por aquela gente, que parecia lhe negar o consentimento para exercer aquele cargo e de se apresentar a eles.
É dura a vida dos biônicos, mesmo que esse mandato tenha uma origem jurídica, que é duramente contestada por grande parte dos formadores de opinião do Brasil, todos os jornalistas importantes do país, assim como historiadores, cientistas políticos, juristas, políticos e por pessoas que estão sempre escrevendo para jornais e revistas, expondo sua revolta com o que aconteceu.
O Professor e historiador Marco Antonio Villa publicou domingo último na Folha de São Paulo artigo intitulado ‘O país do faz de conta’. Nele, mostra toda a sua indignação com o episódio em fragmentos que exponho a seguir;
“Semanas antes, o senador Jarbas Vasconcelos acusara a cúpula do PMDB de ser corrupta. A grave denúncia foi recebida com naturalidade, como se se tratasse de uma divergência musical. Os atingidos preferiram o silêncio, certos (e têm enorme experiência nessa especialidade) de que o melhor era evitar o debate, pois logo o assunto cairia no esquecimento, substituído, como de hábito, por outra denúncia. E foi o que ocorreu.
Mas a balbúrdia legal continuou. O TSE agiu como a antiga Comissão de Verificação de Poderes, da República Velha, famosa por anular eleição quando o opositor era o vencedor: tempos do voto de cabresto, das atas falsas.
No Maranhão, o governador Jackson Lago foi apeado do poder. Foi um golpe às claras, organizado por uma família que tiraniza há mais de 40 anos aquele Estado, o mais pobre do país. O que aconteceu? O país silenciou. Ninguém protestou. Nem o partido do ex-governador (ilusão imaginar que o PDT perderia a "boquinha" do Ministério do Trabalho). E estamos com as instituições democráticas consolidadas...”
Mais claro e contundente do que isso é impossível. E ele não é maranhense, nem político.
Na revista Veja desta semana, um leitor de Volta Redonda, Estado do Rio de Janeiro, escreveu para a revista: “Roseana Sarney assumir o governo do Maranhão após ser derrotada nas urnas é uma vergonha. Então, para que chamam o eleitor para votar? Estão achando que o eleitor é palhaço? É a mesma coisa que um time de futebol ganhar o campeonato no campo e perder no tapetão? Será que o TSE está querendo eleger os governadores? Isso é democracia? Acho que não! O TSE não pode prosseguir com essa imoralidade! Gilton F. Silvério, Volta Redonda, RJ”
Essa decisão do TSE paralisou o Maranhão. Nada funciona. Quem é que paga pelo prejuízo que a população está sofrendo? Quem é que paga pelo revanchismo que trava as ações administrativas em andamento em todo o estado, colocando em dúvidas todos os convênios assinados e ações do governo que estavam em curso?
Semana passada, a governadora em exercício, dentro do programa principal do governo, que é o revanchismo, mandou um ofício a Assembléia Legislativa, pedindo de volta as Medidas Provisórias, assinadas por Jackson Lago, que concediam aumentos para funcionários civis e militares e promoção a professores. Pretendia, com apoio de seu sistema de mídia tentar evitar esses aumentos, aliás, coerente com seus dois governos, quando não deu aumento para nenhum funcionário do estado, a não ser o obrigatório aumento anual do salário mínimo.
Seus aliados da Assembleia correram a lhe informar que pedir de volta medidas provisórias só poderia se dar com autorização do plenário da Casa em votação aberta. E ela, informada, recuou, com medo das galerias que iriam ser tomadas por professores, funcionários e policiais civis e militares. Viu o perigo de sua rejeição ir a píncaros e mandou outro ofício pedindo a devolução do ofício original que pediu as MPs de volta. E espalhou que iria colocar mais professores entre os promovidos... Se ela tiver coragem ainda veta os aumentos.
Está montando, agora, uma espécie de Tribunal Biônico para dar vazão a sua sanha revanchista. Com vários “especialistas” em seu governo, lança mão de denúncias não apuradas, divulgadas como verdades absolutas, procurando enxovalhar todos os membros do governo Jackson com o poder do seu sistema de comunicação. Quer destruir reputações para dizer que são todos iguais a eles.
Arvoram-se sob a postura de vestais, embora todos saibam das sujeiras de tantos anos... Sujeira essa que, no dizer da revista Veja que circulou semana passada, lhes rendeu fortunas pessoais, enquanto o estado ficava cada vez mais pobre...
Que turma que não se manca!
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal e do TSE, Francisco Resek, classificou o que aconteceu nesse tribunal, como “golpe de estado jurídico”. Nada mais apropriado. Assim, esses governadores diplomados dessa maneira, são quase aberrações jurídicas, diminutos perante aqueles legitimamente eleitos, e com enorme e natural rejeição perante a população. No caso de Roseana, a que não é mais Sarney, essa rejeição já era muito grande antes desse episódio, agora aumenta cada vez mais. Esconder o sobrenome não vai adiantar muito. Em tempo, será que foi ela quem não deixou o pai participar de sua posse, logo ele, que foi o grande responsável pelo novo cargo? Achou que isso iria aumentar a já enorme rejeição?
Desconfio que ela se sinta como muitos dos senadores biônicos do passado, desconfortáveis na multidão. Ela sente o pensamento negativo das pessoas, que muitas vezes viram a cara, falam coisas desagradáveis, não batem palmas e nem demonstram felicidade com a sua presença. Mesmo que a ocasião seja, teoricamente, para potencializar atendimento e assistência para desabrigados pelas cheias dos rios. Assim foi na semana passada, em sua ida a Bacabal e em outros municípios alagados. Basta olhar as imagens que sua própria televisão gerou, cujo conteúdo transparece o enorme desconforto de quem não se sentia apreciada e apoiada por aquela gente, que parecia lhe negar o consentimento para exercer aquele cargo e de se apresentar a eles.
É dura a vida dos biônicos, mesmo que esse mandato tenha uma origem jurídica, que é duramente contestada por grande parte dos formadores de opinião do Brasil, todos os jornalistas importantes do país, assim como historiadores, cientistas políticos, juristas, políticos e por pessoas que estão sempre escrevendo para jornais e revistas, expondo sua revolta com o que aconteceu.
O Professor e historiador Marco Antonio Villa publicou domingo último na Folha de São Paulo artigo intitulado ‘O país do faz de conta’. Nele, mostra toda a sua indignação com o episódio em fragmentos que exponho a seguir;
“Semanas antes, o senador Jarbas Vasconcelos acusara a cúpula do PMDB de ser corrupta. A grave denúncia foi recebida com naturalidade, como se se tratasse de uma divergência musical. Os atingidos preferiram o silêncio, certos (e têm enorme experiência nessa especialidade) de que o melhor era evitar o debate, pois logo o assunto cairia no esquecimento, substituído, como de hábito, por outra denúncia. E foi o que ocorreu.
Mas a balbúrdia legal continuou. O TSE agiu como a antiga Comissão de Verificação de Poderes, da República Velha, famosa por anular eleição quando o opositor era o vencedor: tempos do voto de cabresto, das atas falsas.
No Maranhão, o governador Jackson Lago foi apeado do poder. Foi um golpe às claras, organizado por uma família que tiraniza há mais de 40 anos aquele Estado, o mais pobre do país. O que aconteceu? O país silenciou. Ninguém protestou. Nem o partido do ex-governador (ilusão imaginar que o PDT perderia a "boquinha" do Ministério do Trabalho). E estamos com as instituições democráticas consolidadas...”
Mais claro e contundente do que isso é impossível. E ele não é maranhense, nem político.
Na revista Veja desta semana, um leitor de Volta Redonda, Estado do Rio de Janeiro, escreveu para a revista: “Roseana Sarney assumir o governo do Maranhão após ser derrotada nas urnas é uma vergonha. Então, para que chamam o eleitor para votar? Estão achando que o eleitor é palhaço? É a mesma coisa que um time de futebol ganhar o campeonato no campo e perder no tapetão? Será que o TSE está querendo eleger os governadores? Isso é democracia? Acho que não! O TSE não pode prosseguir com essa imoralidade! Gilton F. Silvério, Volta Redonda, RJ”
Essa decisão do TSE paralisou o Maranhão. Nada funciona. Quem é que paga pelo prejuízo que a população está sofrendo? Quem é que paga pelo revanchismo que trava as ações administrativas em andamento em todo o estado, colocando em dúvidas todos os convênios assinados e ações do governo que estavam em curso?
Semana passada, a governadora em exercício, dentro do programa principal do governo, que é o revanchismo, mandou um ofício a Assembléia Legislativa, pedindo de volta as Medidas Provisórias, assinadas por Jackson Lago, que concediam aumentos para funcionários civis e militares e promoção a professores. Pretendia, com apoio de seu sistema de mídia tentar evitar esses aumentos, aliás, coerente com seus dois governos, quando não deu aumento para nenhum funcionário do estado, a não ser o obrigatório aumento anual do salário mínimo.
Seus aliados da Assembleia correram a lhe informar que pedir de volta medidas provisórias só poderia se dar com autorização do plenário da Casa em votação aberta. E ela, informada, recuou, com medo das galerias que iriam ser tomadas por professores, funcionários e policiais civis e militares. Viu o perigo de sua rejeição ir a píncaros e mandou outro ofício pedindo a devolução do ofício original que pediu as MPs de volta. E espalhou que iria colocar mais professores entre os promovidos... Se ela tiver coragem ainda veta os aumentos.
Está montando, agora, uma espécie de Tribunal Biônico para dar vazão a sua sanha revanchista. Com vários “especialistas” em seu governo, lança mão de denúncias não apuradas, divulgadas como verdades absolutas, procurando enxovalhar todos os membros do governo Jackson com o poder do seu sistema de comunicação. Quer destruir reputações para dizer que são todos iguais a eles.
Arvoram-se sob a postura de vestais, embora todos saibam das sujeiras de tantos anos... Sujeira essa que, no dizer da revista Veja que circulou semana passada, lhes rendeu fortunas pessoais, enquanto o estado ficava cada vez mais pobre...
Que turma que não se manca!
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