Já estou acostumado com as agressões da oligarquia. Eles pensam que assim calam a oposição, para que possam ter o campo livre para destruir o estado, como tentam fazer sempre em ações que preconizam o benefício próprio. Chamam os seus sicários da pena e então produzem toda baixaria que conseguem imaginar, a fim de caluniar e detratar quem não baixa a cabeça para eles.
Agora me recriminam por trabalhar, como se isso para a oligarquia configurasse um crime, imagino que na visão deles, hediondo. Sei que a ação de trabalhar para eles não é opção é mais fácil, já que sobrevivem de ganhar dinheiro de outras formas...
Acusam-me então de fazer lobby para uma empresa de construção no Ministério dos Transportes, onde exerci o cargo de Ministro. É só no que pensam.
Então vejamos: eu fui ministro dos Transportes até final de 1989, início de 1990. Já se passaram cerca de 22 anos e vários presidentes se sucederam, cada um com uma equipe nova no órgão. Lá praticamente não resta ninguém da minha equipe. Não tenho pai que exerça presidência de Poder, tampouco ministro. Que lobby é esse?
Sou engenheiro formado e apenas exerço minha profissão. A empresa para quem trabalho, pelo que me consta, não tem contratos com o ministério ou a órgãos vinculados a ele, ou qualquer fatura pendente. E mesmo se tivesse, qual seria o meu crime? Só pode ser o de trabalhar...
Então me acusam ainda de ter denúncias de corrupção no ministério. Quais? O único caso que houve foi o da licitação da Ferrovia Norte Sul. Será esse? O ministério não fez a licitação, que foi feita pela Valec. A Valec foi uma sugestão de Eliezer Batista, pai do empresário Eike Batista, e era toda formada por pessoal da Vale à disposição. Todos muitos sérios. Tanto que houve uma CPI do Senado Federal, um inquérito da Policia Federal e do Ministério Público e uma investigação interna do ministério.
Nunca fui acusado de nada, nem podia ser, porque o que aconteceu é que eram 20 lotes e 21 concorrentes sendo que ficaria logicamente de fora aquela que na época não tinha o porte das outras. A empresa que ficaria de fora acusou o resultado com as outras vinte o que não poderia ser de outra forma. O preço de todos era o menor admitido, não havia sobrepreço. De que sou acusado? E porque não fui demitido?
Portanto, não fui acusado de corrupção, pois não havia corrupção. Nem eu, nem ninguém do ministério.
Em seguida, prosseguindo na baixaria, citam como condenação final uma frase dita por Dilson Funaro à Revista Veja e publicada, em que me acusava de “canalha”. Sabem por quê? Verão que o canalha não era eu, que apenas defendi o governo, contrariando-o.
Tínhamos elaborado uma Exposição de Motivos, solicitando verbas para a construção da Ferrovia Norte Sul, que seria assinada por mim, pelo ministro da Fazenda (Funaro) e pelo ministro do Planejamento. Eu e o ministro do Planejamento havíamos assinado e faltava a de Funaro, com quem eu já havia conversado e ele havia concordado em assinar.
Antes de pegar a sua assinatura, saiu a notícia de que o Presidente da República iria demiti-lo, o que causou uma grande tensão. Como tudo já estava negociado, me apressei para obter a assinatura que faltava. Quando cheguei à casa dele, notei que este não pretendia mais assinar e que queria colocar na imprensa que ele estava saindo do governo porque havia se recusado a assinar a E.M. que disponibilizaria a verba para a Norte-Sul.
Aquilo se configurava numa artimanha das mais pífias, pois ele sabia que não era por isso, e sim pelo naufrágio do Plano Cruzado, que ele conduziu mal. Fiz um apelo, convenci-o a assinar e ele me pediu que segurasse a publicação, deixando para fazer a divulgação depois.
Ele me garantiu que não iria explicar que saia do cargo por causa da ferrovia, tão combatida na época, e então me comprometi a segurar a publicação até a sua saída. Mas Funaro não resistiu e, em entrevista coletiva, falou que saia porque havia se recusado a assinar os recursos para a ferrovia.
Dessa forma, não tive dúvidas nenhuma em chamar a imprensa e mostrar a todos a assinatura do ex-ministro no documento, derrubando a sua versão. Tudo isso está na Folha de São Paulo da época é muito fácil provar. Ele então resolveu me agredir, mas o ‘canalha’ não fui eu.
Por fim, eles vêm com a operação Navalha. Aquilo na verdade foi uma vingança, não só contra mim, mas envolvendo muitos integrantes do meu governo, pela derrota de Roseana Sarney em 2006.
Quem leu o inquérito e ouviu as gravações vai ver que quem realmente participa de tudo são vários membros da oligarquia. Existem gravações hilárias de gente da família pedindo dinheiro, mas ninguém da oligarquia foi indiciado.
Agora me recriminam por trabalhar, como se isso para a oligarquia configurasse um crime, imagino que na visão deles, hediondo. Sei que a ação de trabalhar para eles não é opção é mais fácil, já que sobrevivem de ganhar dinheiro de outras formas...
Acusam-me então de fazer lobby para uma empresa de construção no Ministério dos Transportes, onde exerci o cargo de Ministro. É só no que pensam.
Então vejamos: eu fui ministro dos Transportes até final de 1989, início de 1990. Já se passaram cerca de 22 anos e vários presidentes se sucederam, cada um com uma equipe nova no órgão. Lá praticamente não resta ninguém da minha equipe. Não tenho pai que exerça presidência de Poder, tampouco ministro. Que lobby é esse?
Sou engenheiro formado e apenas exerço minha profissão. A empresa para quem trabalho, pelo que me consta, não tem contratos com o ministério ou a órgãos vinculados a ele, ou qualquer fatura pendente. E mesmo se tivesse, qual seria o meu crime? Só pode ser o de trabalhar...
Então me acusam ainda de ter denúncias de corrupção no ministério. Quais? O único caso que houve foi o da licitação da Ferrovia Norte Sul. Será esse? O ministério não fez a licitação, que foi feita pela Valec. A Valec foi uma sugestão de Eliezer Batista, pai do empresário Eike Batista, e era toda formada por pessoal da Vale à disposição. Todos muitos sérios. Tanto que houve uma CPI do Senado Federal, um inquérito da Policia Federal e do Ministério Público e uma investigação interna do ministério.
Nunca fui acusado de nada, nem podia ser, porque o que aconteceu é que eram 20 lotes e 21 concorrentes sendo que ficaria logicamente de fora aquela que na época não tinha o porte das outras. A empresa que ficaria de fora acusou o resultado com as outras vinte o que não poderia ser de outra forma. O preço de todos era o menor admitido, não havia sobrepreço. De que sou acusado? E porque não fui demitido?
Portanto, não fui acusado de corrupção, pois não havia corrupção. Nem eu, nem ninguém do ministério.
Em seguida, prosseguindo na baixaria, citam como condenação final uma frase dita por Dilson Funaro à Revista Veja e publicada, em que me acusava de “canalha”. Sabem por quê? Verão que o canalha não era eu, que apenas defendi o governo, contrariando-o.
Tínhamos elaborado uma Exposição de Motivos, solicitando verbas para a construção da Ferrovia Norte Sul, que seria assinada por mim, pelo ministro da Fazenda (Funaro) e pelo ministro do Planejamento. Eu e o ministro do Planejamento havíamos assinado e faltava a de Funaro, com quem eu já havia conversado e ele havia concordado em assinar.
Antes de pegar a sua assinatura, saiu a notícia de que o Presidente da República iria demiti-lo, o que causou uma grande tensão. Como tudo já estava negociado, me apressei para obter a assinatura que faltava. Quando cheguei à casa dele, notei que este não pretendia mais assinar e que queria colocar na imprensa que ele estava saindo do governo porque havia se recusado a assinar a E.M. que disponibilizaria a verba para a Norte-Sul.
Aquilo se configurava numa artimanha das mais pífias, pois ele sabia que não era por isso, e sim pelo naufrágio do Plano Cruzado, que ele conduziu mal. Fiz um apelo, convenci-o a assinar e ele me pediu que segurasse a publicação, deixando para fazer a divulgação depois.
Ele me garantiu que não iria explicar que saia do cargo por causa da ferrovia, tão combatida na época, e então me comprometi a segurar a publicação até a sua saída. Mas Funaro não resistiu e, em entrevista coletiva, falou que saia porque havia se recusado a assinar os recursos para a ferrovia.
Dessa forma, não tive dúvidas nenhuma em chamar a imprensa e mostrar a todos a assinatura do ex-ministro no documento, derrubando a sua versão. Tudo isso está na Folha de São Paulo da época é muito fácil provar. Ele então resolveu me agredir, mas o ‘canalha’ não fui eu.
Por fim, eles vêm com a operação Navalha. Aquilo na verdade foi uma vingança, não só contra mim, mas envolvendo muitos integrantes do meu governo, pela derrota de Roseana Sarney em 2006.
Quem leu o inquérito e ouviu as gravações vai ver que quem realmente participa de tudo são vários membros da oligarquia. Existem gravações hilárias de gente da família pedindo dinheiro, mas ninguém da oligarquia foi indiciado.
Entretanto, está tudo aí e muitas dessas coisas foram publicadas na imprensa nacional. Eu fui pesadamente acusado por coisas que não tem a menor sustentação. As pontes estão no lugar certo e muito bem executadas, conforme atestados de órgãos federais que tenho em meu poder. O carro está preso em uma interpretação descabida de gravações de terceiros. Não existe uma única gravação minha diretamente. A licitação que me acusaram de dirigir para a citada empresa em troca do carro já havia sido realizada, quando me prenderam. Estava tudo publicado nos Diários Oficiais, tanto da União quanto do Estado e a empresa acusada nem mesmo participara da licitação.
Enquanto isso, poderiam me explicar o que Fernando Sarney fazia na Valec? Por que foi acusado e indiciado? Era lobby ou era algum emprego? Só queria entender...
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