A oligarquia trabalha sem culpas. É assim que
funciona. Nunca são culpados de nada, óbvio. Seja qual for o problema, seja
qual foi o mal feito, seja qual for o desastre que causaram ou o prejuízo
imposto à população, sempre acusam um culpado, que, por óbvio, é da oposição. Todos
os dias temos exemplos dessa má conduta evasiva. Ao mesmo tempo não reconhecem
nenhum problema, ou seja, o Maranhão sempre está “bombando”.
O chefe do clã atribui todas as notícias negativas
sobre o estado a um letreiro no estilo outdoor
colocado na frente do Congresso Nacional em Brasília. Aquele papel devia conter
alguma mágica, pois a partir daí até revistas de Londres e jornais de New York
colocaram notícias comparando o poder do senador, que foi até presidente da República,
e o estado de penúria e miséria em que vive mais da metade da população do Maranhão.
Um homem muito poderoso em todos os governos que se sucederam no país,
presidente inúmeras vezes do Senado, em contraste com os indicadores do IBGE,
que nos remetem ao último lugar entre todas as unidades federadas nos quesitos
pobreza, escolaridade, analfabetismo,
tudo.
O letreiro tinha um motivo muito forte para estar ali
naquela ocasião. Uma mão poderosa e misteriosa não deixava aprovar um contrato
de empréstimo do Banco Mundial exatamente para combate à pobreza, que mofava no
Senado. Estava já há três anos nas gavetas ilustres do congresso e aquela foi a
ofensiva que pretendia sensibilizar os senadores da urgência da aprovação do
empréstimo, parado sem motivo real naquela Casa. E funcionou, pois junto com o
protesto dos trabalhadores rurais feito nas galerias do plenário do senado, um
sentimento de justiça que levou a aprovação foi criado.
Mas o chefão, que é dono de um império de comunicações,
foi vencido na comunicação por um único outdoor.
Incrível o poder daquele instrumento, pois até hoje a imagem do Maranhão só fez
se agravar com as administrações de Roseana Sarney, segunda em importância na
hierarquia do clã. Incrível!
A força daquele outdoor
estava na verdade que ele continha. As estatísticas federais não deixam
qualquer dúvida sobre isso e mesmo o grande poder e prestígio do senador nas
altas esferas do país torna-se pequeno ante a pobreza e penúria da população
maranhense. Não há como desmanchar essa verdade sem trabalho dedicado e competência
em favor do povo do Maranhão. Mas primeiro é preciso reconhecer essa realidade triste
e isso a oligarquia não quer fazer e não fará mesmo. E sem aceitar a realidade,
nada que digam a mudará. Não tem jeito.
Domingos Freitas Diniz mostrou em sua representação a
Assembleia Legislativa contra a governadora Roseana a total irresponsabilidade e
incompetência do governo na gestão do sistema de água e esgoto da capital.
Mostrou todos os atos, todos proclamados com grande estardalhaço, que apenas
perpetuam esse grave problema. Desde a decretação de estado de emergência em
2009, que não resultou em nada até os dias de hoje. Embora não faltassem
concorrências públicas, avisos de contratação de empresas, datas em que as
obras ficariam prontas, etc.
O impressionante trabalho de Domingos Freitas Diniz,
um homem sério, competente e independente deixou sem resposta o governo. O que
poderiam dizer? A única coisa que tentaram dizer é que a culpa é de governos
anteriores, como se Roseana não tivesse ocupado o governo por quase 11 anos e
tenha sido ela quem causou tudo isso, ao ter uma licitação de seu segundo
governo anulada pelo TCU, que acabou por proibir a colocação de recursos
federais no orçamento da união até há pouco tempo.
Quando Roseana saiu do governo em 2002, o estado
estava sem capacidade de pagamento, não podia contratar empréstimos e, como os
recursos federais não podiam ser alocados, só nos restava fazer a manutenção do
sistema. E isso foi feito com muito esforço e dedicação da Caema.
Como deixei o estado com grande capacidade de
investimento, hoje não falta dinheiro. Empréstimos, este atual governo já tirou
vários que ascendem a cifras superiores a 2 bilhões de reais. Portanto dinheiro
não falta, mas falta competência, responsabilidade e vontade.
Hoje a situação é gravíssima e, ironicamente,
dependemos do sistema do Sacavém, construído por Newton Bello há mais de
cinquenta anos.
O sistema de esgoto não existe e as duas estações de
tratamento construídas no meu governo não estão funcionando, os rios e as
praias estão contaminados por coliformes fecais e o secretário diz que vai
contratar mais exames, desacreditando o próprio governo do qual faz parte e que
faz os exames obrigado pela justiça federal.
Será que vão aparecer exames demonstrando que daqui para
frente está tudo resolvido e as famílias podem tomar banho de mar à vontade e
sem perigo de contaminação? Tudo é possível nesse governo... Agora, resolver o
problema mesmo, de verdade, nem pensar!
De fato, esses problemas só estarão resolvidos quando
o sistema voltar a ser operado pela Prefeitura de São Luís, pretensão do
prefeito João Castelo para seu segundo mandato. O resto é perfumaria...
2 comentários:
Senador esse pessoal tem q te ouvir! Oposição que é oposição tem q ouvir Zé Reinaldo!
DEUS te ouça, precisamos por demais resgatar nossa estado das mãos de pessoas,que desconhecem o valor humano e claro totalmente sem humildade.
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