Acostumada a mandar sem contestação, aproveitando a força do
pai, Roseana está sem saber como resolver os grandes problemas políticos que
tem pela frente. Convenhamos, a situação é cada vez mais difícil e ela não tem
experiência e nem preparo para enfrentar o que há por vir. Sem falar na
ausência (esperamos que logo se recupere) do pai, que é quem enfrenta os
problemas e conduz o grupo.
Não bastasse o pedido de cassação feito pelo Procurador-Geral
da República, denunciando-a por graves mal-feitos na última eleição aos
persistentes resultados das pesquisas eleitorais, que têm mostrado Flávio Dino
acima de 60 por cento e o candidato Luís Fernando amarrado aos 15 por cento,
agora ela também está perdendo para mim e para Roberto Rocha para o senado, com
o agravante de eu não fazer campanha nenhuma, não estou viajando para o
interior do estado, enquanto ela viaja todas as semanas, visitando diversos
municípios de cada vez, prometendo mundos e fundos à população, aliás, como de
costume. Some-se a isto a decisão de não admitir entregar o governo para o vice-governador
quando tiver que sair para se desincompatibilizar, e pior que tudo, não
admitindo a hipótese de entregar ao senador Edson Lobão o comando do que restar
do grupo Sarney depois das eleições de 2014.
Isso é uma questão tão fechada, dentro do cerne íntimo do
grupo, que certamente a obrigará a sair do governo e ser candidata ao senado no
ano que vem. Entregar para a família Lobão nem pensar.
De fato, isso é o que acontecerá, se ela não sair candidata,
pois Lobão se tornará o político mais forte do grupo, exercendo o cargo de
Ministro do poderoso Ministério de Minas e Energia, e ainda com quatro anos de
mandato como senador do PMDB, lugar ocupado nesse momento por seu filho. Os
Sarneys então ficarão reduzidos ao mandato de Sarney Filho como deputado
federal, muito pouco para quem deteve tanto poder.
Mas e o processo de cassação? Se for julgado neste ano e ela
condenada? Neste caso ela perderá o governo, quase imediatamente e deverá ficar
inelegível. Para concorrer à eleição, ela poderá questionar a sua inelegibilidade
no Supremo e poderá concorrer sub judice, o que a enfraquecerá ainda mais como candidata.
Já fora do governo, derrotada pela justiça, isso poderá ser
mortal para um grupo tão poderoso acostumado a demonstrar poder. E isto ainda poderá se agravar, se o
senador Sarney não for candidato, pois grande parte do grupo respeita e gosta
do senador e não dela e de Jorge Murad. Com efeito, será que o grupo se manterá
fiel a ela e a apoiará na empreitada? Ou abandonarão o barco sarneysista ao
interpretar que terão diminuída expectativa de poder? Sem dúvidas isso
enfraquecerá muito sua candidatura ao senado, já bastante combalida atualmente.
E considerando uma outra hipótece: se Roseana renunciasse
junto com seu vice? Se isso a livrar do julgamento do TSE, permitirá a sua
candidatura ao senado. Contudo, hoje já existe precedentes judiciais que tratam
de renúncia com o fim específico de se livrar do julgamento, observando que, se
essa for a causa da renúncia, o julgamento prosseguirá e a hipótese de inelegibilidade
se mantém. Mas supondo que o julgamento não prossiga, ela então manterá seus
direitos políticos e poderá se candidatar. É claro que isso terá graves
consequências políticas, pois será considerada confissão de culpa pela
população e uma fuga à condenação no julgamento, o que enfraqueceria muito sua
candidatura.
Agora vejam se esta situação é ou não é um terrível labirinto
em que Roseana se debate e tem imensas dificuldades de achar uma saída segura,
para si e para o grupo Sarney.
Nervosa e insegura nos ‘Itinerantes de toda a semana’, ela
tem criado atritos em muitos lugares e perdido apoios, em que pesem as
promessas que faz em todos os lugares, como sempre.
Vejam o que me enviou um amigo que assistiu e participou de
visita que ela fez a Mirinzal semana passada:
“Meu bom amigo, ontem a governadora esteve em Mirinzal e fez
o de costume: promessa de construir a ponte sobre o Pericumã e a estrada de
Bequimão para Central, asfalto pra prefeituras e convênios. Porém, o que chamou
atenção foi que, ao ver faixas de alunos do ensino médio sobre a escola inacabada
desde o governo anterior, falou que por ela já estaria concluída e o problema
estaria no Ministério Público acusando Brasil, o ex-prefeito, do problema. Quando
ela foi a casa dele fazer a visita, este se queixou e ela se retratou, dizendo
que se referia ao governo de Jackson Lago. Na realidade o que ocorreu foi que a
obra se iniciou no final do governo de Jackson em convênio com a prefeitura. Foi
liberado um montante em torno de 60% do valor total e diz Brasil que fez o
correspondente, mas que, embora o dinheiro tivesse empenhado, não conseguiu que
o governo dela pagasse o restante. Assim, ele resolveu entregar a obra de volta
para o estado e se tornou mais uma prova da irresponsabilidade dos mandatários
da educação do Maranhão. Acho até que o Jornal Pequeno poderia mandar
fotografar a obra e pedir a Brasil a explicação do problema. Quem sabe até obter
umas palavras dos estudantes prejudicados?
Disse também na casa de Brasil, na presença de vários ex-prefeitos,
que numa pesquisa que fez, eles estão melhores que os atuais e ela precisa por
isso do apoio deles, o que será decisivo na campanha. Creio inclusive que
acharam alguma solução para aquela história do conselho (bolsa eleição) e devem
ter achado um jeito de repassar alguma coisa mensal pra eles através de alguma
instituição conveniada ou coisa que o valha. É bom ver.
Por outro lado, pra ter alguém pra escutá-la, (o prefeito) leva
um monte de servidores temporários e no dia em que ela vai, tudo é de graça.
Disse lá que não é mentirosa e que isso aprendeu com o pai (rárárárá), falar
sempre a verdade, além de não se meter em confusão dos outros. Belos conselhos.
Isso motivou umas vaias de alguns estudantes. No caso da ponte, creio que vão
fazer o mesmo que fizeram com a refinaria. Fazem licitação de araque, mandam máquinas,
enfiam duas estacas e está iniciada a obra...”
É preciso acrescentar mais alguma coisa?
Um comentário:
e vamos derrotar-los, tanto no senado, como também no governo do estado, vamos juntos mudar o maranhão, estamos em utimo lugar em tudo. cadê? 72 hospitais que a tapetão prometeu, ta na hora do troco.santa ines ta junto com vc zé.
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