A questão do gás natural no Maranhão teve um início
complicado e desanimador. Foi o empresário Eike Batista quem acreditou na
possibilidade de extrair gás natural e investiu pesado no estado. E aqui
encontrou um ambiente que todo empresário almeja encontrar: um estado que não
se interessava por gás, ausente e permissivo, que deixava o empresário solto
para fazer o que bem lhe aprouvesse. O resultado é que Eike usou o gás que
tinha e o que ainda esperava ter em rentáveis termoelétricas que, a rigor, não
alavancam a economia do Maranhão. Nem chegou a ser discutida a industrialização
do estado e a ausência de arrecadação ou benefício direto. Os contratos
assinados entre duas empresas de Eike envolviam a oferta firme de 8,1 milhões
de m³/dia. Contudo, naquele momento não chegavam a produzir nem 5 milhões, portanto
ainda teriam que descobrir mais gás para cumprir contratos assinados.
Nessa época, o Ministério de Minas e Energia chegou a lançar
edital para a construção de um gasoduto cuja finalidade seria levar o gás para
o porto de Barcarena no Pará, tal era o descontrole e o abandono dos interesses
do estado pelo governo naquela ocasião. Esse foi um dos projetos mais loucos e
contrários aos interesses do Maranhão, que quase vira símbolo dessa época. Só
não fizeram de fato, porque naquela ocasião não havia gás disponível. Agora
vejam que o Ministério era dirigido por um maranhense...
Pois bem, Eike teve que vender as empresas e hoje temos a
Eneva, que ficou com as termoelétricas e a Parnaíba Gás Natural, que ficou com
as reservas de pesquisa e exploração do gás. Essa empresa, muito bem dirigida e
capitalizada, tem encontrado mais campos de gás e parte firmemente para cumprir
os contratos restantes, possivelmente até julho do ano que vem. A partir daí é
que poderemos ter gás para, por meio de gasoduto, trazê-lo desde a região em
torno de Santo Antônio dos Lopes até a área portuária de São Luís. Isso precisa
acontecer obedecendo a três objetivos:
atrair indústrias, ofertar gás domiciliar e gás veicular. O gás, por ser
energia limpa e mais barata, pode ajudar a transformar o Maranhão, nos elevando
a um novo patamar tecnológico, trazendo mais emprego e renda.
Agora vamos falar do Porto do Itaqui. Quase um símbolo do
abandono dos interesses do estado, esse porto teve sua existência negligenciada
e foi entregue quase inteiramente aos interesses da Vale. Mas o Itaqui, que até
agora não alavancou o desenvolvimento do Maranhão, pode ser muito mais que
apenas um porto de exportação de minérios. E hoje os planos envolvem transformá-lo
no grande escoadouro dos grãos do Brasil, no mais importante na importação de
combustíveis para o país, em um grande centro de importação de gás liquefeito
de petróleo e futuramente num importante porto de contêineres, cumprindo,
finalmente sua genuína vocação.
Esse gás liquefeito será regaseificado no porto e virá
reforçar a oferta de energia barata para a industrialização do Maranhão e ainda
para a produção de energia elétrica, gás domiciliar e veicular. Isso será por si
só um grande projeto estruturante para o nosso estado. Essas iniciativas todas
já estão em andamento, pois existe uma corrida de empresários para o Maranhão,
atraídos pela confiança que Flávio Dino desperta.
Mas não para por aí. Em outubro haverá a décima terceira
rodada de leilões para gás promovido pela ANP e metade das ofertas do leilão
está na Bacia do Parnaíba, aqui mesmo no Maranhão. Grandes áreas serão
ofertadas em região próxima daquelas em que as empresas que já estão no
Maranhão tem descoberto grandes jazidas, consolidando definitivamente a nossa liderança
nacional em produção de gás em terra.
Não bastasse isso, uma outra empresa, a Ouro Preto, que já
venceu um desses leilões, está iniciando a exploração de novas áreas mais ao
sul da Bacia do Parnaíba.
O Maranhão está construindo no governo Flávio Dino o alicerce
definitivo para o seu desenvolvimento sustentável. A Secretaria de Minas e
Energia, mesmo ainda sem as condições ideais de funcionamento, vem colaborando
de maneira firme, auxiliando o governador nessa missão redentora do estado.
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