Minha intenção ao voltar ao parlamento federal foi a de
tentar dar uma contribuição muito importante ao desenvolvimento do Maranhão. Não
podemos mais ser estigmatizados como um estado com uma população pobre, mal
empregada, ainda sem acesso à educação de qualidade e mal servida de serviços
públicos, todos ainda deixando muito a desejar.
Destaco a educação, porque nunca quebraremos os grilhões que
nos acorrentam à pobreza, se não for por meio de uma educação de qualidade.
Sempre lutei por isso. Um dos meus grandes orgulhos enquanto governador do
Maranhão foi minha atuação nessa seara, quando encontrei o ensino médio existente
em apenas 58 dos nossos 217 municípios e, em 4 anos, mudar essa realidade,
implantando-o em todos. Contudo, a qualidade geral do nosso ensino público
ainda é muito sofrível, como atestam as provas e competições nacionais.
Por essas e outras razões, formei então a opinião de que,
dado o nosso atraso comparativo com outros estados, só com a presença de uma
instituição de muita qualidade em nosso estado, reconhecida mundialmente, poderíamos
dar um choque capaz de forçar a mudança que vai impactar todo o sistema
educacional desde o ensino fundamental.
Sim, porque com o ensino que temos, poucos maranhenses,
talvez nenhum, conseguirão aprovação nos vestibulares dos primeiros anos do ITA.
Acredito que esse fato, de duríssima constatação, obrigará a uma mudança na
qualidade do nosso ensino em geral, por pressão dos alunos e dos seus pais.
Pensando assim, tenho me dedicado a trazer para o Maranhão o
que todos os estados querem, mas que nenhum conseguiu até hoje: levar o Instituto
Tecnológico da Aeronáutica, uma das melhores escolas de engenharia do mundo, no
mesmo ranking do MIT-Instituto de Tecnologia de Massachusetts, dos Estados
Unidos da América do Norte. E garanto a vocês que isto tem me dado um trabalho
danado, ao qual tenho me dedicado com afinco, pois estou convicto da sua enorme
importância para o Maranhão.
Não estou só nessa luta. Sempre contei com o apoio total da
bancada maranhense na Câmara dos Deputados e do governador Flávio Dino. Comecei
minha luta na audiência com o Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Nivaldo
Luiz Rossato, agendada pelo Coordenador da Bancada maranhense na época, o
deputado Pedro Fernandes. Quando coloquei o assunto na mesa, o Brigadeiro
inicialmente alegou que era muito difícil uma decisão sobre tal matéria, pois
muitos estados também queriam algo semelhante, citando de pronto o Ceará e a
Bahia.
Argumentei que nenhum deles tinha um
centro de lançamentos – nós temos Alcântara – e que esse projeto não podia ser
dissociado da Base e do controle da Aeronáutica, como é o caso de São José dos
Campos. Com esse argumento, ganhamos o apoio inicial do Comandante e definimos
que o primeiro curso seria o de Engenharia Aeroespacial, muito identificado com
as necessidades da Base. Algum tempo depois, tivemos visitando o ITA e lá
conhecemos o Brigadeiro Pazini, engenheiro e professor do ITA, que nos afirmou
ser favorável ao projeto e a quem imediatamente pedimos orientação e auxílio.
Devemos muito a ele. Conseguimos o apoio do Reitor do ITA e o Comandante da
Aeronáutica nos oficiou em resposta ao expediente em que justificamos o nosso
pedido, garantindo a vinda do ITA para Alcântara, com a indicação de
implantação do nosso primeiro curso de
Engenharia Aeroespacial. No mesmo documento, o reitor e pedia a recomendação de
uma universidade – sugerimos a UFMA – para ser a parceira local e a designação de
dois professores para irem ao ITA e, em conjunto com os professores de lá,
definirem tudo o que era necessário para o funcionamento do primeiro curso.
Tudo rapidamente providenciado.
Além disso, estive com o governador Flávio Dino em audiência
com o ministro da Defesa, Aldo Rebêlo, que nos recebeu muito bem, prometeu todo
apoio, mas que acabou não acontecendo efetivamente no governo Dilma.
Agora com Michel Temer na presidência, e com deputados
federais amigos nossos e muito acessíveis nos ministérios, posso dizer que o
projeto tomou corpo definitivamente e acredito que ganhamos a luta inicial.
Na semana passada estive com dois ministros chave para essa
questão: Raul Jungmann, da Defesa, que destacou o seu Secretário Geral, General
Joaquim Silva e Luna como interlocutor. Este me disse que o projeto que
defendemos é um dos melhores da atualidade. Na oportunidade, estive acompanhado
do ministro Sarney Filho, do vice-governador Carlos Brandão e do deputado
Juscelino Filho. Depois estive com o ministro da educação Mendonça Filho, que
me ouviu atentamente e garantiu todo o apoio e os recursos necessários para a
implantação do nosso ITA. O deputado Juscelino Filho, do DEM, que é o partido
do ministro e grande apoiador do projeto, me acompanhou nessa visita.
Vejam que um projeto como esse tem que estar acima das lutas
políticas do nosso estado, senão terá dificuldades de prosseguir. Dessa forma,
tomei todo o cuidado em buscar todos os apoios importantes. Primeiro procurei
Temer, depois Moreira Franco, em seguida Fernando Bezerra (ministro de minas e energia
e membro do meu partido). Além disso, o ministro Sarney Filho, que tem estado
comigo nas audiências e que, quando não vai, telefona para o ministro a ser
visitado e avisa que esse projeto está acima de qualquer luta política e que
tem o apoio de todos, facilitando muito o trânsito da demanda.
É de justiça dizer que tenho tido apoio total da bancada
maranhense na Câmara, do coordenador André Fufuca e menção especial faço ao
deputado Juscelino Filho, jovem e promissor deputado que está sempre junto comigo
na defesa desse projeto.
Agora o próximo passo é levar ao ministro Mendonça Filho o
trabalho solicitado pelo Comandante da Aeronáutica e encomendado à UFMA. Disso depende a alocação dos recursos para finalmente
iniciarmos as providências para a primeira seleção.
Fico muito feliz por estarmos nesse ponto, mesmo dentro de um
vendaval político, impeachment, e tudo o que se puder imaginar. Mas quero
afirmar que neste governo você não é visto com desconfiança e que tem sido
muito mais fácil progredirmos com o nosso objetivo.
E isso é só o começo para que um dia cheguemos a um Complexo
Tecnológico de nível mundial em Alcântara, cuja ancora é o ITA, pois sem ele e
sem a Base de Lançamentos não teríamos jamais condições de criá-lo.
Esse Complexo Tecnológico, que é o ápice desse projeto e
dessa luta, mudará o Maranhão.
Um comentário:
É uma iniciativa louvavel, porem não entendi porque só a UFMA uma vez que disse o Governador Flavio Dino que faria da UEMA para o Maranhão, o que SAGRES para Portugal.
Conheço bem o ITA, e hoje acredito que o nosso papel seria apoia-lo na consecução de um novo corpo docente, pedido mas ainda não liberado, de 60 n0v0s professores, que se V. Dep. Jose Reinaldo, com sua influencia conseguisse liberar junto aos Ministerios, facilitaria enormemente a consecução do objetivo requerido.
Temos noticias que a UEMA esta providenciando com a SECTI uma turma de mestrado para a área de engenharia aeroespacial, mas ainda não há recursos disponiveis para tal intento. Seria bom que nosso deputado tambem agisse no sentido de disponibilizar os recursos necessários junto ao Governodo Estao, do Ministerios de Ciencia e Tecnologia, FINEP, ou outra instituição. O maranhão agradeceria, pois inda não temos recursos humanos para suprir uma uso de graduação como o pretndido, e o mestrado formaia os mestres necessários para forma o corpo docente; cso contrario daremos emprego para outros que não maranhenses.
Fica minha sugestão ao tao nobre deputado.
Coloco-me a sua disposição.
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