Com a proximidade entre o ano novo e o carnaval, o ano, principalmente no mundo político e empresarial, começa a partir da próxima semana.
Este momento de pausa serve muito para a reflexão e análise dos grandes desafios que temos a enfrentar neste ano que, além de tudo, é um ano político já que abriga as eleições em todos os municípios do Brasil.
O grupo Sarney sabe que é ‘tudo ou nada’ nessas eleições, pois, desacreditados e enfraquecidos pela derrota fragorosa nas eleições de 2006, eles tentam usar toda a força do governo federal para ampliar as promessas de sempre, quase nunca cumpridas, para enfeitiçarem prefeitos com anúncios de ajudas mirabolantes. Alguns acreditam, e, às vezes, até se comprometem, mas a grande maioria recebe a obra e encara o gesto como pagamento da enorme dívida que os Sarney tem com todos os municípios do estado. Na verdade essa é a atitude certa. Esse grupo caminha para um melancólico fim político.
Ao mesmo tempo, a farsa do processo para anular a diplomação de Jackson Lago vai desabando a cada dia. Primeiro foi a descoberta em flagrante do Chiquinho Escórcio, e dos advogados goianos do PMDB, armando provas contra senadores daquele estado, usando os mesmos métodos daqui, desmoralizando o imbróglio. Era com ela que eles evitavam uma debandada política em grandes proporções, pois ameaçavam a todos com a queda de Jackson e a volta da Roseana, vingativa e impiedosa, para o governo do estado. Agora a Policia Federal e o COAF descobrem provas de caixa dois na campanha de Roseana, desnudando o profundo envolvimento de Fernando Sarney com financiamento ilegal da candidatura da irmã, acabando por desmoralizar totalmente o processo de retomada, no tapetão, do governo.
Portanto, está na hora dos partidos que formaram a Frente de Libertação se reunirem, com o governador, para traçarem as linhas gerais de atuação política nessas eleições, levando com força a mensagem do governo de que outro Maranhão já é realidade e precisa continuar. O povo precisa ver novamente a classe política do estado unida e com esse mesmo ideal.
É impressionante ver o Senador José Sarney, que nunca deu bola para carnaval e futebol, duas paixões do povo maranhense, virar crítico do carnaval aqui realizado como se fosse um grande folião. Tudo para tentar criticar o atual governador. E o Presidente Lula também vai ser criticado porque não está participando do carnaval? Que bobagem mais descabida!
O processo da vinda da siderurgia para o Maranhão é a mesma coisa. Não cansam de repetir que eu e o Jackson somos culpados pela não vinda de uma usina siderúrgica para cá, quando, historicamente, a usina não veio porque o ex-dono do Maranhão não quis, nem antes nem agora, já, que não passava pela cabeça dele que o estado recebesse um investimento de grande porte econômico sem que um Sarney estivesse no governo do estado.
No governo de Cafeteira já havia sido assim. José Sarney era o Presidente da Republica e, avisado que uma delegação da Usimar estava na Itália para assinar um contrato com um grupo siderúrgico italiano para a construção de uma usina no Maranhão, ele mandou um emissário seu, pessoal, pessoa muito importante e conhecida internacionalmente, que avisou aos italianos que o governo federal não apoiava aquele empreendimento e que aquilo era uma maluquice do governador do Maranhão. O projeto foi abortado. A história é fácil de comprovar.
No meu governo o fato se repetiu: depois de ir à China duas vezes e ter assinado os protocolos que garantiam a vinda da Baosteel para cá, fui avisado por técnicos da Vale, após algum tempo, que o Sarney tinha pedido para parar o processo, porque ele só deveria ser realizado quando Roseana Sarney fosse governadora do estado.
O homem tem um poder danado de impedir que venham para cá grandes projetos de desenvolvimento, embora nunca tenha mostrado a mesma força para trazer para cá nenhum projeto importante para o estado. Ele não deixa fazer e não faz. E olhem que ele foi presidente do Brasil, com tudo na mão, e nunca fez nada. Pelo contrario, impediu, como aconteceu no governo de Cafeteira.
Basta responder a pergunta: quem teve mais poder para trazer a siderúrgica, eu como governador ou ele como Presidente?
Em junho a ANEEL vai fazer um leilão para compra de energia alternativa. Se colocar preços compensadores, vai haver uma corrida de empresários desde o Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão para investimento em energia eólica nesses estados que possuem as melhores condições do país para a produção desse tipo de energia.
Acho até que os governadores poderiam fazer uma Frente, assim como os parlamentares federais, para pressionar o governo a atender esses estados, que têm nessa energia uma excelente ferramenta de desenvolvimento e emprego. Basta que coloquem preços compensadores para tudo acontecer.
Um agradecimento em nome da Sofia para todos que nos enviaram cumprimentos.
Feliz carnaval.
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