Assim que aprovar o orçamento, o Congresso Nacional deve se debruçar sobre uma promessa de campanha feita pelo senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) quando se candidatou à sucessão de Renan Calheiros (PMDB-AL): apreciar os vetos presidenciais que há anos repousam nas gavetas da Casa.
E, no meio deles, um tem combustível de sobra para despertar polêmica entre governo e oposição. A derrubada de um dispositivo da Lei 11.328/06, que facilitaria as cobranças judiciais por meio de penhora de imóveis de luxo e de altos salários, está na pauta junto com outros 82 vetos presidenciais propostos pelo presidente do Senado, como mostrou, com exclusividade em 15 de fevereiro, o Congresso em Foco.
A derrubada do projeto, de autoria do próprio Executivo, foi patrocinada pelo senador José Sarney (PMDB-AP), cujo amigo Edemar Cid Ferreira, do Banco Santos, está às voltas com uma tentativa de penhora de sua mansão de R$ 50 milhões, em São Paulo.
O senador nega ter beneficiado o ex-controlador da instituição financeira que sofreu intervenção do Banco Central em novembro de 2004 e deixou um rombo de R$ 2,3 bilhões aos seus clientes e credores.
Mas o que chama atenção é que o ex-presidente da República convenceu o governo, mostrando toda sua força política, a derrubar um texto que o próprio Planalto redigira com o apoio do então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e de uma comissão de juristas, depois de dois anos de tramitação no Congresso. O fato é considerado inusitado por assessores parlamentares, justamente porque os congressistas não mudaram em nada o texto do projeto.
O veto foi proposto pelo presidente Lula em dezembro de 2006 e só agora vai à apreciação em sessão do Congresso. Apesar de reconhecer que o projeto "parece razoável", o presidente vetou o que sua equipe propôs porque entendeu que o assunto merecia mais discussão da sociedade. O projeto de lei ficou em debate durante dois anos nas duas Casas do Congresso.
AMIZADE
É pública a amizade da família Cid Ferreira e os Sarney. A mulher do banqueiro, a engenheira civil Márcia Maria, é amiga de infância da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) e filha do falecido ex-senador Alexandre Costa, também aliado político de Sarney. A relação do casal Edemar e Márcia surgiu justamente no casamento de Roseana com o empresário Jorge Murad, nos anos 70.
Além disso, quando ainda era presidente do Senado, José Sarney admitiu que sacou dinheiro da instituição financeira do amigo "por causa de rumores sobre a saúde financeira do banco Santos". A declaração foi feita por meio de uma nota distribuída pela assessoria de imprensa da presidência do Senado. Sarney foi obrigado a se pronunciar depois de uma série de boatos de que um político importante ligado ao controlador do banco teria feito um grande saque dias antes da intervenção do Banco Central.
5 comentários:
Doutor Jósé Reinaldo sou uma jovem advogada que admira muito a sua coragem.Espero que o tempo faça justiça com o Senhor pois vc prestou um grande favor ao Maranhão.
Se o Brasil fosse um país sério, o episódio do saque feito por Sarney na véspera da intervenção do Banco Santos pelo Banco Central seria suficiente para madá-lo (Sarney) para cadeia. Mas aqui cadeia foi feita para pobre, preto, puta e ladrão de galinha!
PEDRO FERNANDES: JÁ ESTOU DESCARTADO PELO GRUPO SARNEY
Em entrevista ao Jornal Imparcial o deputado federal e presidente regional do PTB, Pedro Fernandes, garante que o partido terá candidato próprio na eleição em São Luís e revela: não se sente mais um aliado do grupo da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), derrotada em 2006. Ele, nome certo para concorrer ao pleito, descarta desistir da candidatura para apoiar algum dos partidos que se opõem ao governo atual.
John Cutrim www.johncutrim.zip.net/
DESTRAMBELHOU GERAL!
CHIQUINHO ESCÓRCIO, SARNEYSISTA RANZINZA, AFIRMA AO JORNAL DO BRASIL QUE ESTÁ COLABORANDO COM JACKSON LAGO.
Almas constrangedoras
Há, ainda, um grupo da bancada de ex-parlamentares que causa incômodo entre os atuais senadores. As principais reclamações são quanto à falta de decoro.
- Existem alguns (ex-parlamentares) que realmente acabam nos constrangendo, nos colocando na parede para conseguir cargos e pedidos pessoais em nome dos velhos tempos - diz o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).
Um exemplo é o ex-senador e suplente de deputado federal pelo PMDB do Maranhão Francisco Escórcio. No ano passado, durante as denúncias contra o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), Escórcio, que o assessorava, acabou protagonizando mais um escândalo no processo. Foi acusado de espionar os senadores goianos Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB), que trabalhavam pela cassação de Renan. Acabou exonerado do cargo por pressão do plenário.
Mesmo assim, Escórcio finge que nada aconteceu. Continua a circular quase que diariamente pelos tapetes azuis do Senado, provocando, com suas atitudes, reclamações até de funcionários da Casa. Para justificar as visitas freqüentes, ele alega que, agora, além de "tentar provar sua inocência" no episódio, está colaborando com o governador do Maranhão, Jackson Lago, inimigo do clã Sarney, ao qual Escórcio é ligado.
- Busco mostrar que não tive envolvimento com aquele episódio. Também trato questões do Maranhão. Fui senador, nada mais justo eu estar por aqui - explica Escórcio.
O ex-senador admite que, para quem já fez parte da galeria de parlamentares, é difícil se afastar do Congresso.
- Todo mundo diz que o poder fascina. E fascina mesmo. Sinto falta da rotina desta Casa - afirma o Escórcio, que diz dividir seu tempo entre o plenário e a adiminstração de seus empreendimentos imobiliários
http://quest1.jb.com.br/editorias/pais/papel/2008/03/09/pais20080309002.html
Ex-Governador José Reinaldo
Esta notinha veiculada no jornal "A Tribuna da Imprensa", no dia 11 de março, na coluna do Jornalista Hélio Fernandes, dá bem uma noção da "importância" atribuída dos "representantes" maranhenses no cenário nacional.
E enquanto formos "representados" desta maneira nossa auto-estima se manterá em baixa e amargaremos o conceito humilhante de "insignificantes".
O "senador" Edison Lobão Filho continua o mesmo. José Batista Junior, do sistema Difusora Sul, Canal 7, do Maranhão, mandou ofício para ele: "Solicitamos vosso empenho para manter no cargo Luiz Fernando Couto, na área jurídica de Furnas". Falou com o papai "ministro", tudo acertado. Não foi difícil. O papai "ministro" telefonou para o Conde, presidente de Furnas. Este concordou, mas ressalvou: "Vale o nosso acordo de não dar publicidade de Furnas à Tribuna da Imprensa".
O "senador" Lobão Filho recebeu o pedido, em papel timbrado da "Difusora Sul - Canal 07, Departamento Comercial". Ha! Ha! Ha!
E enviou para o papai "ministro", no mesmo papel timbrado, chancelado e identificado. Só que este foi obrigado a dizer ao filho: "Desculpe, vou fazer o possível. Mas sou "ministro" apenas para constar, não consigo nomear ninguém para qualquer cargo". Que República!!
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