Saiu novo resultado do Enem, exame que mede a evolução do ensino em todo o Brasil, e o Maranhão confirma quão importante para o estado foi a minha decisão de colocar ensino médio em todos os 217 municípios do estado.
Em seminário que patrocinei logo após ser reeleito, fiquei chocado quando especialistas do Ipea nos mostraram a terrível realidade do estado, face aos indicadores sociais e econômicos encontrados por meio da análise de pesquisas feitas pelo IBGE.
Entre tantas coisas chocantes encontradas pelos pesquisadores, estava a situação educacional para lá de lastimável no estado. Tanto que ali foi dito que, para nos igualarmos à média brasileira, com os métodos daquela época, levaríamos 50 anos. Dentre todos os dados, o mais terrível para todos era a ausência, em pleno ano de 2002, de ensino médio em 159 dos 217 municípios do Maranhão. Isso era fruto do programa do governo de Roseana e, se o prosseguíssemos, teríamos continuado com a embromação, renovando o contrato com a fundação empresarial que ministrava o tele-ensino do segundo grau. E assim, o Maranhão iria aprofundar o seu atraso e continuar sendo o último lugar em analfabetismo e em parâmetros educacionais de maneira geral. Eu jamais poderia fazer isso e decidi enfrentar com muita coragem o enorme desafio de instalar o segundo grau em todos os 217 municípios.
Era um desafio temerário, porque o estado não tinha equilíbrio fiscal e nem capacidade de endividamento. Tampouco possuía bens que pudessem ser vendidos, pois todos já haviam sido torrados à troco de nada pelo governo de Roseana Sarney. Além disso, a arrecadação do estado era muito pequena e não chegava a R$ 1 bilhão por ano, sem falar da obrigação de pagarmos R$ 50 milhões por mês, por dívidas anteriores, ao governo federal. Esse dinheiro era descontado de nossas receitas do Fundo de Participação com Estados e Municípios. Nem víamos.
Publicados no blog de Ricardo Santos, os dados do Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais) mostram que o estado que possuía em 2001, apenas 108 escolas, em 2005 já tínha 516. Não bastasse isso, os mesmos dados expõem ainda que o número de funções docentes no ensino médio e médio profissionalizante, na zona rural e urbana era, em 2001, de 6.814 e, em 2006, já tínhamos 12.543 professores. Que tínhamos em 2001, na zona urbana e rural, 5.322 classes de alfabetização e em 2006, passamos para 43.484. Dado digno de registro é que em 2001 não tínhamos nenhum aluno portador de necessidades especiais em escolas exclusivamente especializadas ou em classes especiais de escolas regulares, enquanto que, em 2006, já tínhamos 2.308 alunos.
Graças a Deus e ao esforço de uma equipe dedicada, conseguimos duplicar e ainda aumentamos a arrecadação própria. Também promovemos o equilíbrio fiscal, alcançado com muita determinação e empenho, e assim reunimos os recursos necessários que nos permitiram cumprir o imenso desafio. Consequentemente, em 2005, já tínhamos ensino médio em todo o estado, e começando a chegar aos povoados pobres da zona rural. Isso, hoje, vem permitindo a tantos jovens maranhenses, notadamente do interior, ascender na escala social, por intermédio da educação.
À medida que esse objetivo era alcançado, começamos a nos preocupar com a qualidade do ensino ministrado no Maranhão, que era atroz. E os resultados, que não poderiam ser imediatos, começaram a aparecer com os níveis alcançados pelos alunos nas provas nacionais do Enem do Ministério da Educação.
Eu sei que a turma da oligarquia torce tremendamente contra. Nota-se, por meio de suas empresas de comunicação, que não conseguem esconder esse sentimento. Mas, como disse certa vez o Zagalo, então técnico da seleção brasileira de futebol, “Vão ter de engolir!”.
Em contrapartida, graças a continuidade que o governo Jackson imprimiu na educação, os resultados são cada vez melhores e o Maranhão vai se consolidando em novos patamares, se comparado aos resultados alcançados por outros estados da Federação.
Nas provas do Ene,m cujo resultado foi divulgado na semana passada, o Maranhão mostrou a sua evolução. O estado teve, na média, a nota de 49,99 e se colocou em décimo sétimo lugar entre todos as unidades federadas. Nós, que sempre rondávamos os últimos lugares, fomos melhorando gradativamente e hoje ocupamos posição intermediária, deixando 10 estados para trás, que são: Amapá, Mato Grosso, Sergipe, Roraima, Piauí, Acre, Amazonas, Alagoas, Roraima e Tocantins.
Se conseguirmos melhorar a educação ministrada nos municípios mais pobres, o Maranhão dará um salto, pois aqui mesmo temos bons modelos a serem copiados, pois tivemos escola com a média de 74,19.
Vale à pena, sem descuidar do geral, dar um foco nesse novo desafio: o de levar ensino de qualidade nos municípios pobres, porque o resultado disso será surpreendente em médio prazo.
Tenho certeza de que se tivéssemos continuado com a agenda da oligarquia, estaríamos no mesmo lugar daqueles tempos: o último.
Valeu tanto sacrifício e perseguição.
Impressionante que os meios de comunicação do senador José Sarney e filhos, se dediquem com afinco a condenar, da forma como fizeram, os colégios pobres da zona rural de Caxias, porque têm as aulas ministradas em galpões de piso de cimento e cobertura de palha. Sabem por que digo isso? Porque foi o governador José Sarney quem lançou e deu enorme publicidade durante todo o seu governo ao seu grande programa na área de educação, o “Projeto João de Barro”, que nada mais, nada menos, eram escolas de taipa cobertas de palha. E a coerência? É claro que não têm nem nunca tiveram, pois o que lhes interessa agora é condenar o trabalho de Humberto Coutinho, que vem realizando uma boa gestão em Caxias. Se alguém fosse criticar essas escolas, não poderiam ser os jornais e televisões de Sarney, já que foi ele quem trouxe essas escolas para cá.
Com ele era o máximo, com Humberto Coutinho é o fim da picada. Explica, Senador, qual é a diferença. Nós só queremos entender.
3 comentários:
Parabéns Zé Reinaldo excelente sua explanação sobre o avanço da educação que ocorreu durante o período da gestão do seu governo.
O que acontece caro colega pessebista é que o Sistema Mentira de Desinformação não lembra de dizer que Rosengana Hello Kitty Fantasminha Sarney só construiu,pasme,apenas 3 escolas de ensino médio em 8 anos do seu desastroso governo; esqueceu de citar a falácia que foi o Tele-Engano onde milhões foram parar nos cofres da Rede Globo de Marinho enquanto em nosso estado o professor era obrigado a ceder seu lugar a um aparelho de televisão como se a mesma interagisse e solucionasse as dúvidas dos alunos....
Então Zé a palavra coerência não existe no vocabulário deles e o senador Don Bigodon com certeza não responderá sua pergunta uma vez que não tem respaldo algum para isto, visto a desastrosa, pífia e vergonhosa o desacaso que sua filha deixou a educação do Maranhão no período de seu (des)governo.
A eles resta somente a dor de cotovelo.
John Cutrim
como sempre brilhante. conrinue nesse rumo mostrando o avesso dessa turma de sugadores do maranhão.
Primeiramente, acho muito interessante o fato de o senhor possuir um blog, que ao menos teoricamente pode ser de acesso à todos. Esse estreitamento na relação entre "representante político", você, e "representado", nós_população maranhense, é de fato um ganho para todos, especialmente para o estado do Maranhão.
Sempre penso no que de fato se passa pelas mentes dos nossos representantes, o que eles estão pensando, enfim. E poder estar lendo seus artigos é um privilégio, desta forma podemos entender melhor o que realmente aconteceu, ter uma visão mais ampla de seus questinamentos, e dos atos tomados enquanto foi governador, e ainda, de como se deram tais processos de desenvolvimento, ou ao menos a tentativa de melhor as tristes condições existentes no passado. E que graças ao comprometimento e responsabilidade ao cargo assumido de governador o senhor pode juntamente com seus acessores realizar mudanças satisfatorias.
Eu como cidadã, e estudante de pedagogia, fiquei surpresa com as informações. É fato que a população, inclusive eu, sabe superficialmente da real situação de nosso estado no governo da senadora "Rosengna Sarney", do seu governo, e do governo atual. E tais esclarecimentos são de enorme importância para nós, na nossa condição e dentro de nossas possibilidades, possamos fazer o que nos cabe, e o que nos permite para também ajudar, ou tentar ajudar, no desenvolvimento do nosso estado.
Parabéns, e obrigada por mudar de lado, abraçar essa causa, defender os interesses de nosso estado, lutar contra o atraso do Maranhão, lutar em nome de humanidade, e dignidade para os nossos conterrâneos, e contra esta família que insiste em querer enganar, e se aproveitar da população que depositou confiança, e os que também não depositaram esta mesma confiança, nos mesmos.
Anne Catarine.
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