terça-feira, 23 de março de 2010

Sem PT Roseana será candidata?

Roseana Sarney usa todo o seu “charme”, que não é pouco, para atrair o PT para sua candidatura e assim pensa evitar, ou dificultar, uma candidatura de Flávio Dino ao governo do estado. Ela se dedica a essa “conquista” com afinco, enquanto a imprensa da família divulga boatos de que Flávio não será candidato.

Roseana Sarney, e de resto toda a família, não esconde o medo que tem de uma candidatura do brilhante deputado federal ao governo do estado. Esse medo é aumentado quando ela lê pesquisas mostrando que, mesmo com toda a propaganda, mal consegue chegar a 45% das intenções de votos, dada a existência de uma angustiante rejeição que passa dos 40%. Isso é interpretado como o seu “teto” de crescimento e essa enorme dificuldade leva-a a contratar Duda Mendonça, o mais caro dos marqueteiros, atropelando as empresas que vem trabalhando com ela no governo e que inventaram o slogan “De Volta ao Trabalho”, escrito até nos postes. Em Brasília, os políticos mais experientes dizem que quando um político contrata esse profissional é porque a coisa está feia e eles procuram alguém com poderes quase mágicos para a sua salvação.

Pois bem, e se o PT não decidir por Roseana Sarney e sim por Flávio Dino, a recíproca será verdadeira? Muita gente pensa que, se isso acontecer, será um baque tão grande, uma decepção de tão grandes dimensões, que acaba trazendo uma realidade cheia de dúvidas, incertezas e medo e duvidam, até mesmo, que Roseana Sarney confirme a sua candidatura. Isto naturalmente permitiria ao irmão Fernando se lançar em busca da imunidade parlamentar aportada por um mandato eletivo.

Será que ela terá coragem de enfrentar Flávio Dino e se arriscar a perder a eleição no cargo o que lhe tiraria até a desculpa, já usada, de que sua derrota seria por causa da ação do governo em mãos adversárias? Seria demais para o orgulho e arrogância dela. Não teria como se recuperar.

Por outro lado, nada disso adianta, pois Flávio Dino será candidato a governador. O povo quer apoiá-lo.

A política vive de ciclos de poder de políticos que dominam a cena durante algum tempo. Mas todos os ciclos chegam ao fim e não existem dúvidas de que esse tempo chegou para a família Sarney no Maranhão. Não há volta, atingiu-se o ponto de saturação e o povo não mais agüenta.

Agora vejam essa deprimente homenagem, patrocinada ostensivamente pelo governo da filha, ao seu pai o senador José Sarney, em recinto fechado e só aberto aos previamente credenciados é um ato falho, contraproducente, que mostra por inteiro a fragilidade política em nosso estado do senador José Sarney. Era melhor não ter feito nada.

Mas voltemos à reflexão. A proposta para que a decisão do PT do dia 27 acontecesse após um debate entre Roseana Sarney e Flávio Dino provocou a reação mais que esperada dos apoiadores de Roseana, que imediatamente disseram não aceitar o debate com Flávio. Todos sabem, que mesmo exercendo o governo, ela não tem condições de enfrentar um debate. É público e notório o seu alheamento das ações do governo e do desempenho das secretarias. Um debate com uma pessoa competente e tarimbada como Flávio exporia demasiadamente suas lacunas e fraquezas. É que ela não agüentaria. Que vergonha!

Seus apoiadores do PT não confiam nela e sabem que ela não é uma governante preparada. Sim, pois eles não possuem subsídios para acreditar em seu desempenho e, assim, nada mais evidente para eles do que correr para tentar abafar ideia tão perigosa. Como se já não bastasse o vexame da proposta de coligação com o PT em que, por respeito à grande rejeição da governadora no partido, não quiseram colocar o seu nome no documento e a esconderam atrás de siglas partidária diversas. Foi uma tentativa de esconder o óbvio, de que eles apóiam envergonhadamente Roseana Sarney para governadora. É um vexame de grandes proporções. Ela deve ficar furiosa com tudo isso. Qualquer um ficaria.

É incrível a desfaçatez do gestão desta senhora. Hoje o governo deve ser o maior locador de espaço no Shopping Jaracati que pertence a nada mais nada menos que seu pai, o senador José Sarney. E o que está funcionando ali sob o patrocínio de Roseana e beneplácito das autoridades dos órgãos controladores? Estão lá o Viva Cidadão, o Shopping da Justiça e Cidadania e uma loja da Caema. Além disso, o governo federal também ajuda a família, mantendo no referido espaço agências da Caixa Econômica Federal e dos Correios. E nem pensam explicar a transferência voluntária de renda do governo para a família Sarney. Estão tentando tirar toda a vantagem que puderem antes da derrota em outubro. Nem tentam disfarçar as aparências.

Todos sabem que Sarney manda quase tanto quanto Lula e que Edison Lobão é um ministro forte, mas estamos assistindo novamente a repetição do que já aconteceu no passado. Desta vez com aviso do vigilante e eficiente deputado federal Carlos Brandão. Quando foi construída Boa Esperança, no rio Parnaíba, o Maranhão não tinha geração de energia elétrica e o benefício era tão grande que ninguém se lembrou de questionar por que a sede da empresa, e da usina, ficou do lado do Piauí. Assim todo o ICMS pago pelos consumidores fica com o aquele estado.

Agora o Ministério de Minas e Energia vai leiloar a construção de mais 8 hidroelétricas no rio Parnaíba e todas as audiências públicas estão acontecendo naquele estado. Se o Maranhão continuar de braços cruzados como até agora, vai ver de novo todo o ICMS ficar também lá.

E não adianta apelar para o governo do Maranhão. Só se interessa pelas próximas eleições. Temos que exigir que também no Maranhão se façam as audiências públicas previstas em lei para que nosso estado possa dividir com o Piauí os tributos que serão devidos pelos empreendimentos.

E não para por aí. Quem assistiu ao Globo Rural do Maranhão recentemente, viu que o estado comprou R$ 50 milhões de sementes de arroz estragadas e que não puderam ser recebidas pelos agricultores, pois não podiam germinar mais. Assim, foi perdida a safra de arroz, trazendo grandes prejuízos para centenas de pequenos agricultores.

Essas noticias, muito graves, são recebidas pelo governo como coisas banais e a governadora, cercada pelos seus repórteres, não é cobrada pelas loucuras de sua gestão. Os outros não conseguem chegar perto. E por falar nisto, nunca Roseana Sarney deu uma entrevista coletiva, recebendo toda a imprensa além da sua própria. Blindam-na de todos os jeitos. Só aqui.

É... É impossível esconder que Roseana Sarney está demorando muito a voltar ao trabalho.

2 comentários:

Anônimo disse...

No atual momento politico que vive o nosso estado, faz-se necessário que todos os cidadãos livre para opinar, assim como todos os que fazem uma imprensa comprometida com a verdade, torne público e de forma ostensiva todas as mentiras e falácias praticadas por este grupo de cunho nazista, talvez até pior, uma vez que seus métodos em muito se assemelham, sendo que os nazistas eram declarados enquanto eles ainda tem o cinismo de se julgarem os salvadores da pátria.

Da mesma forma como ocorre no Maranhão o nazismo teve por trás da criação de seu lider máximo ( Adolf Hitler ) uma forte estrutura de mídia, comandada por Joseph Goobels, considerado orador hipinótico, ministro da propaganda e articulador de todas as ações enganatórias para que seu lider chegasse ao poder. Tinha como refrão o lema " Uma mentira cem vezes dita, torna-se verdade", senão vejamos o que faz o atual governo, pois quando lemos sobre a propaganda nazista e como agiam, momentaneamente pensamos estar no Maranhão dos dias de hoje.
Por isso, é necessário nos agigantar diante desta situação, caso contrário este estado poderá definitavemente vir a sucumbir e transformar-se em um grande campo de concentração nas mãos dos novos nazistas.

Ass

Luis Henrique disse...

A governadora esteve recentemente visitando Pedreiras e Trizidela do Vale, e o que nós vimos foi uma centena de policiais e seguranças particulares. Era mais policia do que povo, isso sem contar com o abuso do dinheiro público quando a governadora esteve aqui acompanhada nada mais, nada menos do que por 03 helicóperos pagos com o dinheiro do povo maranhense.