terça-feira, 10 de julho de 2012

CONSTRANGIMENTOS


Quem não entra na conversa da oligarquia, é quase sempre obrigado a passar por constrangimentos. Afinal, para que serve tanto poder federal, se nada disso é dirigido para resolver os graves problemas do estado?

O primeiro a passar por isso na semana passada foi o ministro da Saúde, que foi constrangido a vir aqui, já que não havia aceitado o convite para inaugurar dois hospitais do nebuloso programa Saúde é Vida da governadora Roseana. Isto porque, todos sabem, esse programa é ultrapassado e ineficiente e o ministério não participa de programas assim tão desconectados da nova política de saúde posta em prática na atual pasta. 

Sobretudo políticas dominadas pela politicalha mais rasteira, como mostrou com detalhes o programa Operação Repórter da TV  Globo. A filosofia do atendimento é a partir das UPAs e congêneres maiores, reforçando o atendimento de Urgência e Emergência, centrais de exames de laboratório e centros de imagem. É outro tipo de política. O ministro veio, mas, cuidadoso, só foi a uma UPA, disse que o programa de saúde da Roseana não tem similar no mundo e caiu fora bem rapidinho. Deve ser verdade o que ele falou, pois ninguém mais faz esse tipo de coisa.

Na próxima terça-feira outra importante personalidade do governo virá para cumprir papel semelhante. A presidente da Petrobras, Graça Foster, técnica competente e de grande personalidade, muito amiga da presidente Dilma, está vindo aqui para dizer da enorme prioridade que é a refinaria Premium, a maior do mundo, e que não está absolutamente parada. Virá convocada pelo senador José Sarney, que foi surpreendido pelo anúncio de novos tempos na Petrobras, cujo premissa é a de que antes de qualquer decisão, a empresa requererá projetos completos, orçamentos bem definidos, viabilidade financeira, tudo muito bem definido. E a existência de produção de óleo e, principalmente, de recursos assegurados. Toda a aventura e o “oba-oba” anterior, que só levaram a empresa ao descrédito e a prejuízos constantes, com consequente baixa recorde no valor de suas ações, são práticas do passado. E não serão repetidas, não com a atual presidente da república e com a presidente da Petrobras. A reavaliação das refinarias não foi decisão apenas da presidente, mas de toda a diretoria, aprovada pelo Conselho de Administração e é irreversível a médio e longo prazo. 

Constrangida, Graça Foster vai tentar deixar no ar que é apenas um adiamento e não uma reavaliação total do projeto. Nesses casos delicados, a presença intimidadora do coronel patriarca é fundamental. Fará com Graça Foster o mesmo que fez com Padilha: marcação cerrada. Mas serão apenas fogos de artifício e propaganda para tentar enganar, pela vigésima vez, o incansável e cada vez menos crédulo povo maranhense. Até quando?

Mudando de assunto, Castelo ficou com poucos partidos, porque não se submeteu ao toma-lá-da-cá e vale tudo das coligações partidárias. Com efeito, está mais livre para continuar trabalhando, como vem fazendo. Só faz crescer nas pesquisas - lembram das anteriores que lhe davam 16% ou 18% das intenções de voto? Estão ficando para trás e devem ficar muito mais.

E  enquanto isso, mesmo sem nenhum apoio da governadora Roseana Sarney, que nunca foi ver o que havia acontecido com o aeroporto, a Infraero está se esforçando para concluir o conserto da parte afetada antes do aniversário de 400 anos da cidade de São Luís. Pelo menos isso...

Mas estão trabalhando com grande afinco e dedicação. Vamos torcer para que consigam minorar o vexatório problema, a despeito do descaso do governo. O povo maranhense merece. 

E para finalizar, o analfabetismo no Maranhão continua a ser o maior entre todos os estados brasileiros. O Governo do estado não faz nada para diminui-lo, não existe nenhum programa do estado voltado para isso e, acima de tudo, continuamos com a menor escolaridade do país, que vinha diminuindo, mas volta a estacionar. Enquanto isso a prefeitura de São Luís mostra ao estado como deve ser. Atualmente a taxa de analfabetismo da capital é de 4,5% e a ONU considera livre do analfabetismo as cidades que reduzirem para 4% ou menos o contingente de analfabetos.

Sabem quantas pessoas esse número representa? Apenas 5 mil pessoas e a prefeitura está empenhada em resolver. Muito bem.     

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