Quem não entra na conversa da oligarquia, é quase sempre
obrigado a passar por constrangimentos. Afinal, para que serve tanto poder
federal, se nada disso é dirigido para resolver os graves problemas do estado?
O primeiro a passar por isso na semana passada foi o ministro
da Saúde, que foi constrangido a vir aqui, já que não havia aceitado o convite
para inaugurar dois hospitais do nebuloso programa Saúde é Vida da governadora
Roseana. Isto porque, todos sabem, esse programa é ultrapassado e ineficiente e
o ministério não participa de programas assim tão desconectados da nova
política de saúde posta em prática na atual pasta.
Sobretudo políticas dominadas pela politicalha mais rasteira,
como mostrou com detalhes o programa Operação Repórter da TV Globo. A filosofia do atendimento é a partir
das UPAs e congêneres maiores, reforçando o atendimento de Urgência e
Emergência, centrais de exames de laboratório e centros de imagem. É outro tipo
de política. O ministro veio, mas, cuidadoso, só foi a uma UPA, disse que o
programa de saúde da Roseana não tem similar no mundo e caiu fora bem
rapidinho. Deve ser verdade o que ele falou, pois ninguém mais faz esse tipo de
coisa.
Na próxima terça-feira outra importante personalidade do
governo virá para cumprir papel semelhante. A presidente da Petrobras, Graça
Foster, técnica competente e de grande personalidade, muito amiga da presidente
Dilma, está vindo aqui para dizer da enorme prioridade que é a refinaria
Premium, a maior do mundo, e que não está absolutamente parada. Virá convocada
pelo senador José Sarney, que foi surpreendido pelo anúncio de novos tempos na
Petrobras, cujo premissa é a de que antes de qualquer decisão, a empresa
requererá projetos completos, orçamentos bem definidos, viabilidade financeira,
tudo muito bem definido. E a existência de produção de óleo e, principalmente,
de recursos assegurados. Toda a aventura e o “oba-oba” anterior, que só levaram
a empresa ao descrédito e a prejuízos constantes, com consequente baixa recorde
no valor de suas ações, são práticas do passado. E não serão repetidas, não com
a atual presidente da república e com a presidente da Petrobras. A reavaliação
das refinarias não foi decisão apenas da presidente, mas de toda a diretoria,
aprovada pelo Conselho de Administração e é irreversível a médio e longo prazo.
Constrangida, Graça Foster vai tentar deixar no ar que é
apenas um adiamento e não uma reavaliação total do projeto. Nesses casos
delicados, a presença intimidadora do coronel patriarca é fundamental. Fará com
Graça Foster o mesmo que fez com Padilha: marcação cerrada. Mas serão apenas fogos
de artifício e propaganda para tentar enganar, pela vigésima vez, o incansável
e cada vez menos crédulo povo maranhense. Até quando?
Mudando de assunto, Castelo ficou com poucos partidos, porque
não se submeteu ao toma-lá-da-cá e vale tudo das coligações partidárias. Com efeito,
está mais livre para continuar trabalhando, como vem fazendo. Só faz crescer
nas pesquisas - lembram das anteriores que lhe davam 16% ou 18% das intenções
de voto? Estão ficando para trás e devem ficar muito mais.
E enquanto isso, mesmo
sem nenhum apoio da governadora Roseana Sarney, que nunca foi ver o que havia
acontecido com o aeroporto, a Infraero está se esforçando para concluir o
conserto da parte afetada antes do aniversário de 400 anos da cidade de São
Luís. Pelo menos isso...
Mas estão trabalhando com grande afinco e dedicação. Vamos
torcer para que consigam minorar o vexatório problema, a despeito do descaso do
governo. O povo maranhense merece.
E para finalizar, o analfabetismo no Maranhão continua a ser
o maior entre todos os estados brasileiros. O Governo do estado não faz nada
para diminui-lo, não existe nenhum programa do estado voltado para isso e,
acima de tudo, continuamos com a menor escolaridade do país, que vinha
diminuindo, mas volta a estacionar. Enquanto isso a prefeitura de São Luís
mostra ao estado como deve ser. Atualmente a taxa de analfabetismo da capital é
de 4,5% e a ONU considera livre do analfabetismo as cidades que reduzirem para
4% ou menos o contingente de analfabetos.
Sabem quantas pessoas esse número representa? Apenas 5 mil pessoas
e a prefeitura está empenhada em resolver. Muito bem.
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