Neste início de ano, nada melhor do que pensar um pouco sobre
aquilo que nos afeta ou é importante que saibamos, para que possamos nos
preparar adequadamente para o futuro.
Dessa forma, vamos, inicialmente, pensar um pouco no que pretende
o grupo Sarney, eles que são profissionais da política, adversários sempre
temidos aqui no Maranhão. De fato, ninguém sabe com certeza, mas ouso pensar
que a prioridade número um do grupo seja recuperar por inteiro o poder no
governo federal.
Evidentemente que, para um homem que conhece a fundo os
meandros da política e do poder nacional, como ex-presidente da república e
presidente do senado por três vezes, o caminho mais direto é a eleição de
senadores ligados ao grupo. A eleição mais fácil é a do próprio José Sarney no
Amapá, estado onde nunca deixou de se fazer presente, cultivar amigos e de se
esforçar em levar benefícios conseguidos com o poder que tem no PMDB e nos
governos do PT.
Essa empreitada agora está duplamente facilitada. Primeiro
porque o governador Waldez Góes é muito ligado a ele, lhe deve muitos favores e
goza de muita força no estado. E o principal adversário de Sarney e do
governador - que é o senador João Capiberibe - está muito desgastado após o fraco
governo do filho, mandato anterior ao de Góes. Logo, desta vez, tudo concorre
para facilitar a eleição do ex-presidente Sarney. E ainda por cima o candidato
escolhido por este e por Waldez para disputar o governo nas próximas eleições é
Gilvan Borges, ex-senador e muito ligado aos dois. Além do mais, Waldez será
candidato também ao senado, fortíssimo, e como o Amapá é pequeno, a idade
avançada de Sarney não será problema, pois não deverá nem ter a necessidade de
fazer campanha, aparecendo só nos grandes atos. Com isso, já chegará ao senado tendo
influência redobrada, uma vez que já teria dois votos, sem falar nos que já controla
na máquina do PMDB.
Mas o plano não se encerra por aí. Também faz parte dele a eleição de Roseana ao
senado pelo Maranhão. Essa teoricamente será mais difícil, pois a eleição para
o senado geralmente é “puxada“ pelo governador eleito e pelo menos por enquanto
o grupo não tem um candidato forte ao governo. Se conseguirem elegê-la, Sarney
voltará a ser muito poderoso, pois controlará três votos no senado, se tornando
novamente candidato potencial à presidência da Casa. Um cargo de muito poder e
influência.
Pelo raciocínio que faço, as prioridades políticas do grupo
não são nem a prefeitura de São Luís e tampouco o governo do estado, mesmo
porque não existem candidatos competitivos para almejar esses objetivos. Mas,
acredito, esse cenário não está totalmente descartado e tudo dependerá do
ambiente político e eleitoral em 2018.
Enquanto isso, o governador Flávio Dino continua forte entre
a população. Ele tem sido muito realizador desde que assumiu o governo,
cumprindo suas promessas de campanha. É sempre muito bem recebido por onde
passa. Dificilmente deixará de ser reeleito. Mas a eleição em 2018 será
bastante diferente da de 2014, que foi uma eleição atípica, coroando um
trabalho político de mudança no estado que começou desde a eleição de Jackson
Lago, e que Flávio Dino, com seu carisma e histórico, soube personificar esse
sentimento, que se tornou avassalador e acabou por tirar da classe política
todo o protagonismo naquela eleição. O povo decidiu a mudança.
Em contrapartida, acredito que em 2018 a eleição deverá contar
com maior participação dos políticos. Por esse motivo, torna-se importante a
eleição deste ano para prefeito, principalmente nas maiores cidades do estado,
sendo imprescindível um maior diálogo com a classe política. Quando falo isso,
não estou falando em maior liberação de recursos, falo de estabelecer relações com
políticos, que querem ser ouvidos e prestigiados, querem discutir os problemas
municipais - que são muitos - e querem que a população de suas cidades veja que
ele está sendo recebido e que está tentando resolver os problemas. Às vezes
estes trazem importantes sugestões, fruto do conhecimento do que se passa nos
municípios de onde vêm, o que pode ajudar em mudanças que beneficiem a
população em iniciativas maiores.
Penso que, se mantidas as condições atuais, teremos uma briga
para valer na eleição para as duas vagas do senado, pois, como já disse, acho
que é nessa eleição que o grupo Sarney tem interesse muito grande, de
sobrevivência política mesmo. E é nesse palanque que se decidirá o futuro
político do Maranhão.
Mudando de assunto, o Brigadeiro Pazini, professor do ITA,
engenheiro, que nos está ajudando a montar o projeto do ITA no Maranhão, enviou-me
há poucos dias a seguinte mensagem: “O seu projeto está reverberando no Comando
da Aeronáutica. Assim me informou o Prof. Anderson Corrêa Ribeiro, novo reitor
a tomar posse no próximo mês, ao saber das nossas conversas. Ele foi informado
do tema pelo próprio Comandante Rossato (Comandante da Aeronáutica) em
Brasília. Envio-lhe votos de que o ano de 2016 seja muito profícuo em relação a
este projeto. Conte comigo no que couber”.
Nunca estivemos tão perto de realizar um enorme e
transformador benefício ao nosso sofrido e promissor estado. Isso é muito
estimulante e nos enche de ânimo para seguir lutando pelo Maranhão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário