Em
menos de um ano e meio após as eleições de 2014, tudo mudou. Dilma, como é do
seu temperamento belicoso, se recusou a cumprimentar Aécio Neves, que foi
derrotado por uma margem de votos relativamente apertada. Estava mais arrogante
do que nunca, ela que nunca primou pela modéstia. Achou que tudo seria muito
fácil e que agora ninguém poderia impedir de impor sua vontade de ferro sobre a
vida nacional. Geralmente por meio de projetos mal estudados e conduzidos.
Eduardo
Cunha também estava coberto de glórias, pois havia derrotado o candidato do
governo no primeiro turno e sido eleito presidente da Câmara.
Hoje
ambos aparentemente caminham para o ostracismo. Dilma apeada do governo e Cunha
provavelmente saindo da presidência da Câmara. O legado da primeira é terrível
para o país. Sem dúvidas deixará um Brasil muito pior do que recebeu. Com a
economia e o prestígio brasileiro em frangalhos, deixa para o sucessor a tarefa
de reconstruir tudo, pois em todas as áreas estamos muito ruins. Ou seja, estão
adiados os nossos sonhos de ver o país melhor.
Cunha
e Dilma terão provavelmente trabalho com a justiça. As coisas podem piorar
muito para os dois.
Enfim,
nesta quarta-feira poderemos ter um novo governo, que assumirá em meio à grande
dificuldade. Primeiro terá que enfrentar o tal modelo implantado na política
brasileira alcunhado de “governo de coalizão”- à moda petista- que não passava
de uma barganha sem fim por cargos e outras vantagens. Sem reforma política,
sem a cláusula de barreira, que uma decisão infeliz do Supremo impediu de entrar
em vigor, o que se observa é uma imensa balburdia que impede a imposição de uma
racionalidade. Além disso, Temer ainda terá que fazer difíceis reformas
econômicas e terá pela frente a decisão final do impeachment por maioria de
dois terços do senado. Temer sabe o que tem que fazer, mas precisa ter
condições políticas para tal, dentro de um modelo imperfeito herdado do governo
anterior.
Esse
é o quadro que se apresenta e não há outro. Temer tem que jogar com toda a
habilidade política que possui e aprovar o que for fundamental para inverter a
tendência de queda da economia que existe hoje. Dessa forma, ganhará fôlego
para prosseguir na tarefa de consertar o país.
E
quanto à Câmara? Ninguém sabe quanto tempo vai durar a suspensão imposta a
Cunha pelo Supremo. Com efeito, inopinadamente assume Waldir Maranhão em meio a
grandes dificuldades. Vai ter que ganhar um difícil respeito na Câmara em meio
a intenso tiroteio. Virou vidraça de uma hora para outra. Não é nada invejável
a sua posição. Em meio a tudo isso, Temer, se presidente, necessitará muito da
Câmara e quem toca aquela casa é o seu presidente. Isto é, ao mesmo tempo em
que a Câmara se torna fundamental para a aprovação das reformas de Temer,
Waldir vai precisar de pulso muito forte para comandar a casa em meio a todo o
tipo de intempéries. E como se não bastasse, terá ainda que contar com a
desconfiança do pessoal de Cunha. Não vai ser nada fácil.
Temer
deve estar preocupado com esses problemas não previstos, pois, se a Câmara se paralisar, como fazer as
reformas?
Enfim,
teremos que passar por tudo isso.
Nesse
ínterim, o Comandante da Aeronáutica está confirmado no posto. Agora torço para
que Temer escolha bem o ministro da Educação. Destes dependem a viabilização do
projeto de instalação do ITA em Alcântara. O caminho, no entanto, continua
sendo pavimentado. Antes da votação do impeachment tive uma conversa muito
animadora com Moreira Franco, que garantiu todo o apoio ao empreendimento, sem
dúvidas um dos mais importantes para o Maranhão.
Esta
semana será uma das mais dramáticas da história brasileira.
Que
Deus nos proteja!
Um comentário:
Zé Reinaldo sai logo do barco de Flavio Dino que tá afundando meu caro, veja para todos os lados a inviabilidade do governo. A família Sarney tem que escutar o patriarca e fazer uma aposta certa e com risco calculado para governo 2018. Sarney Filho terá êxito só para Senado Federal, mesmo sendo um político distinto, falta-lhe carisma, popularidade e seu nome em si está desgastado pelo simples fato de ser "sarney". Roseana tem carisma, porém perdeu a credibilidade com a classe política por sua falta de traquejo, omissões com a classe dos prefeitos e seu nome por estar envolvido em corrupções a nível nacional. Zé Reinaldo é um grande conhecedor de política, sabe disso tudo e que pra ele é vaga senado federal também. O grupo Sarney tem que sentar, junto com seus Deputados estaduais e federais de confiança e em comum decidirem um nome de confiança do grupo que obtenha os pré requisitos: carisma, popularidade, bom discurso, traquejo político e poder de agregar, simples que contraponha a imagem de arrogante do atual governador e que tenha fôlego para percorrer todo o estado.
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