Multiplique por três ou quatro o déficit esperado, para que tenhamos
ideia do estrago feito por Dilma Rousseff nas contas governamentais. Igual ou
pior em todo o mundo, só a Venezuela. E pode ser pior, pois só agora o que foi
escondido começa a aflorar. E sem dúvidas o será, pois as estatais poderão
precisar de grandes aportes do Tesouro e nem se descobriu por inteiro o enorme
buraco nos fundos de pensão das estatais, desviados em aplicações suspeitas e
temerárias. E ainda vai aparecer o rombo na saúde, que está em frangalhos.
Para se defenderem, só conseguem falar em golpe. O que sabem que não
existe, já que recorreram seguidamente ao Supremo tentando anular o processo e
reiteradamente o tribunal, formado por nove ministros nomeados pelo governo
(entre os onze que compõem aquela Corte), foi quem decidiu sempre pela lisura
do processo, inteiramente dentro dos preceitos constitucionais. Não aceitam
discutir a bagunça que fizeram em todos os setores da vida nacional e aí apelam
para o que nunca existiu: o tal golpe, achando que assim não precisam explicar
nada.
Temer assumiu ciente das suas responsabilidades e das imensas
dificuldades que terá que enfrentar. A Câmara, paralisada, está um caos pois
nada funciona e haverá que se encontrar uma solução, pois as medidas
provisórias com as ações urgentes propostas pelo governo federal para iniciar a
recuperação do país começarão a chegar nesta semana. É urgente controlar a
desordem econômica instalada no país e para isso a Câmara dos Deputados precisa
funcionar. Hoje quem segura Waldir Maranhão no cargo é Eduardo Cunha, o
presidente da Casa, que se encontra com o mandato suspenso pelo Supremo. Cunha prefere
manter Waldir no exercício, temeroso de que o plenário declare a vacância do
cargo e convoque novas eleições para o seu preenchimento. Se isso acontecer,
ele perderá todas as prerrogativas que ainda detém.
Temer tem uma maioria sólida na Câmara, que se manteve solidária mesmo
depois da difícil escolha dos ministros, pois isso tem potencial para deixar
muita gente insatisfeita. Entretanto, aparentemente isso não aconteceu e há uma
imensa boa vontade no Congresso com as medidas já anunciadas pelo governo.
Claro que para isso concorreu muito o discurso de posse do presidente, em cujo
conteúdo fez uma completa e abrangente análise do que terá que enfrentar.
Ninguém desconhece as imensas dificuldades do momento.
Creio que se Temer procurar explicar, de forma bem fundamentada, cada
proposta enviada ao Congresso, explicar claramente ao povo brasileiro a
necessidade de cada uma delas, acredito que saberão aceitar mais esse
sacrifício em nome de um futuro muito melhor. Chega de enganações, de falácias,
de mentiras. O país amadureceu no transcorrer dessa trajetória de desilusões dos
últimos anos. O Brasil é outro, sofrido, e precisa que os seus políticos não
mintam, não enganem. Explique bem, presidente Temer, o que terá que fazer e o porquê,
sem esconder e nem dourar a pílula. Não há outra solução, vai piorar antes de
melhorar, embora o deputado Tiririca afirme que pior do que está, não fica”. Acredito
que ele acaba tendo razão. Estamos no buraco mais fundo que a
irresponsabilidade podia cavar.
Enquanto isso, o PSB, meu partido, passou por tentativas internas para
desestabilizá-lo. E isto, vejam, em plena época em que deveríamos estar todos
mobilizados para a eleição municipal. Primeiro tentaram dar um golpe, tentando
uma intervenção mal intencionada no Diretório Estadual, eleito há menos de dois
anos e muito bem presidido pelo prefeito de Timon, Luciano Leitoa. Não
conseguiram, porque não tinham como explicar o pedido. Em seguida tentaram
boicotar a indicação a ministro do governo do deputado Fernando Bezerra, líder
da bancada da Câmara, apoiada por todos os deputados do partido e por vários
senadores, trocando-o por um outro parlamentar do partido. A pronta reação da
bancada de deputados – enérgica – impediu a patacoada sem substância e sem
propósito partidário. Sim, isso mostra que estamos todos unidos e, dessa forma,
passamos por cima do projeto pessoal daqueles que sempre querem tirar vantagem
pessoal. O partido ficou mais forte.
Com o ministério escolhido e completo, ficamos satisfeitos com as
escolhas de Raul Jungmann para a Defesa, Mendonça Filho para a Educação e com a
manutenção do Comandante da Aeronáutica e do Reitor do ITA. Temos um terreno
fértil para trabalhar pelo nosso maior projeto: o de trazer o ITA para o Centro
de Lançamentos de Alcântara. Temos ótimo relacionamento com todos os citados
acima, conhecidos de longas datas.
Com o apoio da bancada maranhense na Câmara, vamos à luta.
Uma luta que valerá muito para o futuro do Maranhão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário