Estou na política há muitos anos e nunca havia visto a bancada de
deputados do Maranhão se unir em torno de um projeto. Mas agora aconteceu. O
Maranhão vai dever muito a esses deputados federais que compõem a nossa
representação na Câmara. Houve uma unanimidade em torno da instalação do ITA em
Alcântara e essa união por uma causa importante para o nosso estado não faz
parte de nossa cultura política. Vejam que isto não é fácil diante de compromissos
eleitorais a cumprir, eis porque teço homenagens à bancada pelo gesto elevado
de quem tem compromissos com o futuro do Maranhão. É uma outra história que
está sendo escrita na nossa vida política.
Percebam que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é a lei que
define o que pode ou não ser colocado na Lei Orçamentária. Se não estiver
autorizada na LDO, não pode receber recursos no orçamento. Foi um passo de
gigante esse que demos em prol de trazermos para o Maranhão um complexo
tecnológico de nível mundialmente importante.
Agora temos que dar atenção especial ao Centro de Lançamento de Alcântara
– CLA, que, pela localização, poderá ser um dos mais importantes do mundo em um
mercado que se expande cada vez mais. Na verdade o CLA é um grande diferencial
que temos para o nosso desenvolvimento. Ouvi do Comandante da Aeronáutica, Rossato,
planos e conceitos muito importantes para o aquele centro. Então, para auxiliar
nessa empreitada, vou propor a criação de uma Frente Parlamentar pela
Modernização e Defesa do Centro de Lançamentos de Alcântara, a fim de que seja possível
equacionar no Parlamento o apoio
necessário para afastarmos o marasmo que hoje domina o local. E, claro, o ITA é
muito importante em tudo isso. Sei que novamente teremos a união da nossa
bancada na Câmara nesse projeto.
E tem mais: Professores que são chefes de Departamentos da UEMA me
procuraram, pois querem participar do projeto do ITA. Não há problemas para
isso, pois no instituto de São José dos Campos muitas universidades e centros
tecnológicos participam. Há lugar para todos. Os professores da UFMA já
estiveram lá e já trouxeram dados importantes para o projeto. Não tenho dúvidas
de que este será um projeto muito bem conduzido pela Reitora Nair Portela.
Está tudo resolvido, então? Não. Temos ainda muita luta pela frente,
mas estamos muito avançados e a bancada deu um dos saltos mais importantes. Mas
a luta não nos esmorece, nos estimula.
Mudando de assunto, não me canso de dizer aqui que o Nordeste do Brasil
é um lugar privilegiado pela natureza em termos da possibilidade de produzirmos
energia limpa e renovável. Temos aqui enormes condições de produzirmos aquelas
que têm tecnologia mais desenvolvida e acessível: a eólica e a solar. Mas,
sabe-se lá por qual motivo, o Fundo Constitucional do Nordeste está proibido de
financiar energia. Fui a vários ministérios e ninguém assumia a proibição. Dessa
forma, propus à Comissão de Minas e Energia um Projeto de Lei Complementar que
colocava entre as prioridades do Fundo o financiamento de energia. Nesta semana
finalmente foi votado e aprovado, por unanimidade, o meu projeto. O relator foi
o deputado João Castelo, parlamentar muito experiente, que fez um relato
preciso, contribuindo, assim, para a sua aprovação.
Agora, em data oportuna, irá a plenário, instância em que espero que
seja aprovado e sancionado.
Para terminar, finalmente Eduardo Cunha reconheceu a precariedade de
sua situação, verdadeiramente insustentável, e renunciou à presidência da
Câmara. Deveremos ter o pleito que definirá o presidente que irá cumprir o restante do
mandato nesta semana. O quadro é confuso e não dá para antever o desfecho.
Aguardemos.
Mas é nessa semana também que daremos um passo decisivo para trazer a
refinaria e o polo petroquímico para o Maranhão.
Conto mais detalhes adiante!
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