Eu acreditei nesse projeto desde que dele ouvi falar. O Irã quer
participar do comércio internacional, quer comprar e vender, principalmente
petróleo e tecnologia. E o Brasil é um
parceiro ideal para isso. Lula já percebera esse potencial visitando o país e o
atual governo o percebeu também, pois possui muito a vender àquele país. O
Maranhão, segundo o estudo da ANP - Agência Nacional de Petróleo, é o lugar
ideal para uma grande refinaria e além do mais, o Brasil tem pouca capacidade
de refino e está gastando muito dinheiro para importar derivados de petróleo. Além
disso, temos água, recurso muito importante para a atividade de refino.
Há alguns meses, já relatei aqui, eu e Carlos Brandão estivemos
com os ministros Moreira Franco, dos Projetos Privados e Padilha da Casa Civil,
Serra das Relações Exteriores, e com Fernando Bezerra de Minas e Energia,
acompanhando o embaixador do Irã e empresários interessados. Motivo: a refinaria
e o polo petroquímico no Maranhão. Estivemos também com Pedro Parente da
Petrobras.
Isso sem contar que falei com o Presidente Temer sobre esse
projeto e recebi a garantia do apoio do governo federal.
Eles já tinham estado com o governador Flávio Dino, de quem receberam
todo o apoio e a garantia de que poderiam usar o terreno da Premium, onde a
terraplenagem e parte da drenagem já estava praticamente concluída.
Durante todo esse tempo até agora, houve um trabalho intenso
de articulação e de formação do portfólio financeiro por parte dos empresários
e, finalmente, na semana passada esteve no Brasil o Ministro da Economia do Irã,
que participou de importante reunião de trabalho com o chanceler José Serra, momento
em que foi discutido um amplo acordo de cooperação econômica e de troca
comerciais entre os dois países. A refinaria do Maranhão foi um ponto especial
nas conversas, já com os estudos em andamento célere.
Em seguida, houve uma reunião do ministro iraniano,
acompanhado do embaixador daquele país e de muitos chefes de departamentos do seu
ministério com o ministro Fernando Bezerra, das Minas e Energia, para tratar da
refinaria e do polo petroquímico do Maranhão. Nessa reunião, da qual fui
convidado a participar, estiveram também o Vice-governador Carlos Brandão e o Secretário
de Assuntos Especiais do governo do Maranhão, Pierre Januário, que, aliás, tem
feito um grande trabalho, colaborando muito na questão.
Esteve presente também o futuro embaixador brasileiro naquele
país, que tomará posse em janeiro do próximo ano. Ele será muito importante
nessas tratativas.
Na reunião, testemunhamos que as autoridades iranianas apoiam
esse projeto e fizeram o convite oficial para visitarmos aquele país, em missão
chefiada pelo ministro Fernando Bezerra. Brandão chefiará a delegação
maranhense e eu fui convidado como membro da Comissão de Minas e Energia da
Câmara. O futuro embaixador brasileiro, mesmo sem ainda ter tomado posse,
acompanhará a visita.
Esse é um projeto muito bem executado desde o início, ao qual
temos nos dedicado muito em conversas de convencimento das autoridades
brasileiras, mostrando suas vantagens para o país e para o Maranhão.
Um ministro iraniano acompanhado de empresários de seu país esteve
sábado e domingo passados visitando a área do projeto em Bacabeira, o porto atual
e a área do futuro porto. Estiveram com o prefeito atual daquele município e
com a futura prefeita eleita e retornaram extremamente satisfeitos com tudo.
Em linhas gerais, o projeto deve começar as obras em um ano e
meio, tempo necessário para fazerem os estudos que faltam ou que precisam ser
atualizados. A Universidade Federal do Maranhão deverá participar desses
estudos. O investimento previsto para o empreendimento é de 10 bilhões de
dólares. Nesse cálculo não estão incluídos os investimentos no polo petroquímico.
É com esses passos, amigos, que vou honrando meu mandato de
deputado federal, consciente de que estou colaborando, com muito trabalho e com
meus conhecimentos na área federal, para construir um futuro muito melhor para
os maranhenses.
Enquanto isso, o ITA-UFMA, que deverá selecionar sua primeira
turma no próximo ano, é outra peça chave para o sucesso de tudo isso. E segue a
todo vapor.
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