O governador Flávio Dino, em entrevista ao jornal espanhol El País
diz, acertadamente, “Não há saída que não Temer, mas transição tem que ser
pactuada”. Realmente, nem na Constituição e tampouco na política existem soluções
que não sejam com Temer presidente. Não há como fazer a transição sem ele.
Muitos querem insuflar a população contra o presidente, parecendo até
que ele poderia ser o culpado pela difícil situação do país. Nesse clima
criado, em que estamos todos inseridos, uma parte da população quer fazer
justiça pelas próprias mãos, sem saber direito o que existirá depois do caos,
já que sem política e políticos não existe democracia. Grupos interessados usam
insufladores treinados para tentar jogar a população contra o presidente,
tentando impedir suas iniciativas para conter a crise. Querem paralisar a ação
presidencial, como se o país pudesse esperar por dias melhores. Toda a crise
parece ser política, induzida e com esperados resultados danosos para o país,
embora o Congresso, em momento nenhum tenha deixado de dar apoio as iniciativas
do presidente para conter o caos da crise.
Temer é uma das principais vítimas desse processo e muitos,
irresponsavelmente, falam em novas eleições. Essas mesmas que não estão
previstas em leis, impossíveis de serem aprovadas pelo Congresso, que sabe que
não há solução sem Temer.
Mas, será que o governo está paralisado mesmo, ou que o congresso não
está trabalhando em sintonia com ele? A realidade mostra o contrário. Temer e o
Congresso estão trabalhando e produzindo muito dentro da linha defendida por
todos aqueles que pensam e se preocupam com o país e anseiam pela normalidade
da atividade econômica. Não existem dúvidas de que Temer está fazendo o
correto. Não existem dúvidas sobre o que é preciso fazer, pois não existem
opções factíveis.
Tudo o que o governo Temer manda para deliberação do Congresso está
sintonizado com esse objetivo. O a pec do teto, por exemplo, é uma medida
indispensável, inclusive foi proposta pela primeira vez pelo ministro Palocci
no governo Lula, há onze anos e só não foi aprovada pelo posicionamento
irresponsável da então Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, com sua agenda
gastadora que quebrou o país.
O PT abriu guerra contra Temer pelo teto, insuflando a população que,
desinformada, foi induzida a pensar que essa medida acabaria com os recursos da
saúde e da educação e era destinada contra os pobres. Hoje, com o primeiro
orçamento da união aprovado dentro das normas do teto, vemos de maneira clara e
transparente que os recursos da saúde e da educação nunca cresceram tanto como
agora. Era apenas uma mentira para jogar o povo contra o governo.
Mesmo assim, Temer já aprovou medidas importantíssimas em um período
de tempo nunca antes visto, muito curto para o que já foi feito, se tornando e
consolidando como um governo que avança com velocidade surpreendente para
sanear o país, extirpando as causas da quebra de nossa economia e colocando-o
de novo no caminho seguro do desenvolvimento e do emprego, sem sustos ou sobressaltos.
Reinaldo Azevedo, colunista da Folha de São Paulo e dono do blog mais
acessado do país, na Veja, colocou a seguinte matéria que, pela sua
importância, resolvi transcrever: “Há muito tempo, como diz uma amiga, o país
não via uma agenda que fizesse tanto sentido. Ou que fosse composta de escolhas
que caminham na mesma direção (...). Vejamos:
A – aprovar uma PEC de gastos que quando menos, impedirá o Brasil de
virar um Rio de Janeiro de dimensões continentais:
B – aprovar na Câmara a medida provisória do ensino médio, depois de
enfrentar um cipoal de mistificação e desinformação;
C – aprovar a MP do setor elétrico, área especialmente devastada pelo
governo de Dilma Rousseff, a dita especialista;
D – aprovar o projeto que desobriga a Petrobras de participar da
exploração do pré-sal – e contratos já foram fechados sob os auspícios do novo
texto;
E – aprovar a lei da Governança das Estatais, que é o palco principal
da farra;
F – apresentar uma boa proposta de reforma da Previdência, que vai,
sim, enfrentar muita resistência;
G – no BNDES, ultima-se o levantamento do estrago petista, e o banco
se prepara para retomar financiamentos. (...) Por isso extremistas de esquerda
e de direita gritam – Fora Temer!
Por isso eu grito; Dentro, Temer”.
Eu, que vivo o Congresso, concordo com o que está descrito pelo
Reinaldo Azevedo. Não temos tempo, tampouco opções e felizmente Temer se cercou
de gente altamente competente na área econômica. Dessa forma, a correção de
rumos vai caminhando em ritmo rápido e seguro.
O país precisa corrigir até o final de 2018 as causas da nossa
tragédia econômica, que nos trouxe tantos problemas e tanto desemprego. Eis que
então poderemos eleger um novo presidente que, esperamos, assuma em plena
normalidade democrática, afastando de vez os “salvadores da pátria”, que sempre
aparecem nesses momentos nos acenando com falsas soluções, sejam elas
autoritárias ou não.
Não existem soluções mágicas que nos permitam resolver esse tipo de
problemas de maneira indolor como muitos tentam vender. O problema criado é
gravíssimo.
Gostemos
ou não dele, não há solução sem Temer.
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