Temos uma extraordinária expectativa de que a região que se convencionou
ser a Região Metropolitana de São Luís vai receber enormes investimentos
estruturantes em uma perspectiva de poucos anos. A Assembleia Legislativa já
aprovou a lei que cria a Região Metropolitana de São Luís (RMSL), que fora enviada
pelo executivo, em matéria relatada pelo deputado Eduardo Braide. Farão parte
da RMSL 13 municípios, incluindo alguns da região do Munim.
Desconhecer o que está previsto na região e não fazer nada seria
cometer um erro muito sério. Precisamos nos preparar para uma mudança profunda ali,
muito grande mesmo, e com força suficiente para modificar inteiramente as
condições socioeconômicas hoje existentes na região. Esses investimentos são
tão expressivos que, na verdade, influenciarão, de maneira profunda, a estrutura
social e econômica de todo o estado.
São investimentos significativos para qualquer região do
planeta, bilhões de dólares em iniciativas estruturantes, que têm um poder de
multiplicação enorme em importantes cadeias produtivas.
O que poderá acontecer então nessas regiões?
Certamente estudos e muitos debates terão que acontecer, mesmo
que discretamente, pelo menos no começo. Mas não poderemos nos omitir, sob pena
de não aproveitarmos plenamente a grande oportunidade que tanto lutamos para
tornar realidade.
Poderíamos falar aqui apenas em uma das nossas necessidades:
a formação de pessoal especializado, para que homens e mulheres maranhenses
estejam preparados convenientemente para ocuparem um grande número das vagas
que serão ofertadas nesses empreendimentos. E a necessidade de moradias,
escritórios, infraestrutura viária, transporte, aeroportos, portos, distritos
industriais, etc.?
Ou será que teremos, por precaução, que esperar tudo começar
para nos movermos? Sim, poderemos fazer isso, mas os estudos que nos mostrarão
os cenários futuros não podem esperar. Quanto antes conhecermos o que poderá
acontecer e principalmente o que teremos que fazer, melhor. Dessa forma, é
fundamental começarmos logo a realizar os estudos necessários, feitos por gente
capaz, agregando gente da iniciativa privada e das nossas universidades
públicas, como a UFMA e a UEMA.
Mas o que tem a Região Metropolitana a ver com isso?
Ela tem muito a ver, pois essa região, que envolverá uma
expressiva população, precisa de legislação homogênea simplificada que atraia e
não afaste futuros investidores. Além disso, que também possa facilitar a busca
de apoios para sensibilizar o governo federal a fim de viabilizar investimentos
para as áreas de saúde, educação, transporte e segurança. A Região
Metropolitana, se bem dirigida, poderá atrair muitas empresas de todos os
tamanhos e também facilitará a atração de investimentos para saneamento básico
e treinamento de pessoal. Se cada um, ao contrário, agir isoladamente, isso poderá,
inclusive, abrir uma guerra entre os municípios. Isto acabará por prejudicá-los
e tornar caótico o desenvolvimento da região. Muitos prefeitos estão
preocupados com esse assunto, como Luís Fernando, de São José de Ribamar;
Irlahi, de Rosário, Dr. Hilton, de Santa Rita e Fernanda, de Bacabeira, entre
outros. Bem como muitos deputados estaduais e federais.
E, claro, o governador Flávio Dino, que enviou a Lei para
votação na Assembleia Legislativa e sabe o que isso significa.
A verdade é que temos tempo e gente preparada para estudar o
assunto.
Esses estudos serão fundamentais para que posamos conseguir junto
ao governo federal e em instituições internacionais a ajuda necessária para o
melhor aproveitamento possível dessa grande oportunidade que temos diante de
nós.
A bancada federal pode dar novamente uma grande contribuição
ao nosso estado. Da mesma forma como o fizemos ao conseguir resolver a já quase
crônica questão da duplicação da BR-135 até Bacabeira. E fizemos mais: conseguimos
estender a duplicação até Miranda, uma necessidade absoluta, sem dúvidas.
Conseguimos também resolver a conclusão da pavimentação entre
Presidente Dutra e Timon, que estava paralisada há mais de trinta anos. Este
trecho contara apenas, durante todo esse tempo, com os 25 quilômetros saindo de
Presidente Dutra, que mandei fazer quando fui Ministro dos Transportes. Depois
disso nada mais foi feito, nem sequer um metro. Agora será concluído.
Como se não bastasse, a bancada também viabilizou 60 milhões de
reais para a implantação do ITA no Maranhão, um dos maiores projetos em
andamento no estado. Algo digno desses tempos de esperança.
Portanto, não duvidem, a bancada maranhense pode ajudar muito
a Região Metropolitana de São Luís a receber apoio do governo federal.
A união sempre faz a força.
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