Na quarta-feira da semana passada, 90 prefeitos estiveram na
Câmara Federal. Foram convocados pela FAMEM para se juntarem à bancada federal
na luta para corrigir uma injustiça na área da saúde que traz enormes prejuízos
à população maranhense, hoje muito dependente da assistência pública de saúde.
Trata-se de recursos do SUS distribuídos aos estados denominados de “per capita”,
conceito que nada tem a ver com o “por indivíduo. De fato, a lógica tem é
tirado dinheiro que seria devido ao Maranhão para dar a outros estados.
Ora, o termo se torna esquisito porque na prática cada Estado
tem um “per capita” diferente dos outros, ou seja, não há um critério de
equidade entre os brasileiros para receber assistência à saúde. Não dá para
entender as explicações usadas pelo Ministério da Saúde que levam a essas
terríveis distorções. Isto na verdade não começou agora neste governo, já é
algo que vem de muito tempo.
Mas qual seria o motivo do Maranhão ter o terceiro menor “per
capita” do país? Por quê? Será que acreditam que os maranhenses são mais
saudáveis do que os brasileiros de outros estados e, dessa forma, o MS julga
que bastam poucos recursos para manter a saúde dos maranhenses? Ou será que acham
que os maranhenses aceitam tudo sem reclamar e abaixam a cabeça conformados,
aceitando tudo? A FAMEM não pensa assim, como também não pensam assim os
deputados e resolveu partir para a luta. Uma luta que já foi tentada, sem êxito
pela bancada, pois nunca antes teve ao seu lado os prefeitos e por isso a
correção conseguida foi muito pequena e não resolveu o problema.
Agora, contudo, a causa mudou de patamar. Virou uma causa
política do Maranhão, de todos, posto que, com a adesão dos prefeitos, toda a
população do estado está representada na luta. E esta passa a ser de todos nós.
Mas vamos entender melhor o problema que mobiliza a classe
política: procurando no SISMACMS - base de dados do Ministério da Saúde - nós
encontraremos todos esses dados que são oficiais. A Região Norte tem um total per
capita de 159,95 reais. O da Região Nordeste é de 193,31 reais. O Centro Oeste,
por sua vez, tem o valor per capita de 186,70 reais. Em seguida vem a Região
Sudeste com 194,83 reais e a Região Sul com 220,05. A média brasileira é de
194,42 reais. Esses são dados de 2015. Por aí vemos que cada região tem um per
capita. Coisa difícil de entender.
Mas vamos lá: O per capita do Maranhão era de 156,00 reais, valor
37,31 reais menor do que a média da região onde se insere. Por quê? Ninguém
sabe.
O Maranhão tem a décima população do Brasil, quase 7 milhões
de habitantes. Alagoas tem 3,34 milhões habitantes, mas o seu valor per capita é
de 224,95 reais. Por quê? Só perde para o Piauí, cuja população é ainda menor
que a de Alagoas, mas tem um per capita de 227,64 reais, o maior da região. Sim,
porque no final do governo Dilma, o piauiense Marcelo Castro assumiu o
ministério da Saúde e elevou o per capita do seu estado para o maior valor da
região, mostrando que essa distribuição per capita não tem critério nenhum a
lhe balizar os valores. Castro agiu politicamente e resolveu o problema do seu
estado, o que fez muito bem, mas também mostrou a fragilidade dessa opção de
distribuição. Esse fato por si só mostra que a FAMEM está certíssima em pautar
o assunto.
Sabem quanto o Maranhão perdeu em relação à média do
país só no ano de 2015? Perdemos 265 milhões de reais! Fomos passados para
trás.
Quando os deputados maranhenses questionam o Ministério da
Saúde, a resposta que recebem versa sobre a questão de produção da medicina de
alta e média complexidade e que o Maranhão apresentava resultados que figuravam
abaixo daqueles de outros estados. Consultados, como fez a FAMEM, os diversos
bancos de dados do MS, como o SIHDQ/S.I.A/SUS e o DATASUS e o SISMAC/MS, vemos
que a bagunça é completa. Vejamos: o Acre tem uma produção hospitalar e ambulatorial
que só chega a 46,15 por cento do teto e, mesmo assim, tem 241,02 reais de per
capita, o maior do país. Já o Maranhão, que tem a oitava maior produção do país,
com 71,60 por cento do teto, tem seu per capita em 137,54 reais. Definitivamente
não dá para entender!
Atualmente, depois da ligeira melhora conseguida pela luta de
alguns deputados, o Maranhão está entre os que menos recebem recursos da União
para custeio das ações de média e alta complexidade, o que só supera os estados
do Pará e do Amazonas. Isso ocasiona um desequilíbrio financeiro que reflete no
aumento dos índices de mortalidade, causado pela limitação da assistência. O
maranhense recebe 38,42 reais a menos que a média dos outros estados, isso
equivale a 265 milhões de reais a menos para a saúde por ano.
Esse é o problema que a FAMEM, lutando pelos legítimos
interesses do estado e dos municípios, levantou para discussão. A presença dos
prefeitos em Brasília foi em massa e foram recebidos pela bancada maranhense e
pelo presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, que se declarou a favor da
causa maranhense. O Ministro da Saúde também recebeu a FAMEM.
Incorporei-me à causa desde o primeiro momento. Vou tratar do
assunto com Imbassahy, Ministro da Secretaria de Governo, deputado federal da
Bahia, nosso amigo. Após, irei ter com o presidente Temer. Iremos fundo nessa
luta.
E a refinaria? Vai muito bem. Agora o projeto entrou na etapa
de definições técnicas e as empresas indianas estão dando a configuração final
do empreendimento. Será um projeto de grande porte que mudará o Maranhão.
Um comentário:
Bandidagem: 13 anos de Petsmo Vigarista. Nada de Segurança!
O TEMER é cem vezes melhor que o PT. É lógico!
Só não vê os BREGAS do PETISMO, certamente!
O PeTê é:
BARANGO; KITSCH; brega; CAFONA.
Educação básica do Petismo???? ME-DÍ-O-CRE!!! São os metidos a inteligentinhos. A tal de Esquerda Caviar.
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