Na semana passada tivemos uma excelente reunião de trabalho
na reitoria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O motivo do encontro
foi o detalhamento do uso dos 60 milhões de reais que a bancada maranhense
destinou para a implantação do ITA no estado. A UFMA vem cumprindo toda as
fases previstas no planejamento feito pelo ITA, inclusive com a criação de um
grupo de trabalho composto por três professores do ITA e três da UFMA, que vêm
se debruçando sobre a questão.
A UFMA tem excelente quadro de professores, contando com mais
de trezentos doutores. Dentre estes, destaca-se o professor Alan Kardek, que vem
conduzindo muito bem os trabalhos do grupo que citei acima, com o estrito acompanhamento
da Reitora Nair Portela, sempre presente e, com supervisão do Ministério da
Educação. Na verdade esse trabalho é tripartite e envolve o Comando da
Aeronáutica, o Ministério da Educação e a UFMA.
A UFMA tem se ressentido de recursos para concluir
laboratórios e prédios muito importantes como os das novas engenharias, a
biblioteca e laboratórios. Além disso, vai precisar ampliar salas de
videoconferência pois muitas aulas serão ministradas por professores do ITA, utilizando
esse meio. Por esse motivo, certamente teremos que oficializar por meio de
documento próprio essa parceria entre a UFMA, o COMAR e o Ministério da
Educação, a fim de que tudo transcorra bem.
O ITA no Maranhão está ligado ao Centro de Lançamentos de
Alcântara e, para que este possa finalmente ocupar o seu lugar de importância
no mundo, precisará que o Programa Espacial Brasileiro funcione. Com essa compreensão, tenho trabalhado junto ao
Ministério da Defesa e ao Comando da Aeronáutica para fazer uma proposta
viável, a fim de que o Brasil consiga dominar a tecnologia completa do programa
espacial. Dessa forma, nosso país poderá finalmente se ombrear aos EUA, a Europa,
a Rússia, a China e a Índia como potência diferenciada pelo domínio dessa
tecnologia.
Nesse cenário, provavelmente Alcântara abrigará um polo
tecnológico de importância global, imprescindível para o desenvolvimento do
Maranhão.
Na verdade, o Brasil gasta muito em atividades espaciais,
porém sem nenhum objetivo definido e desperdiçando recursos vultuosos. Tais
recursos, se aplicados com uma orientação estratégica, certamente nos dotariam
de capacidade com o intuito de dominar completamente essa tecnologia. Do jeito
que está, gastamos muito e seremos eternos compradores dessa mesma tecnologia
que poderíamos desenvolver aqui e vender para outros países. Como exemplo
disso, podemos citar o aluguel de satélites. A Policia Federal aluga os dela, o
Ibama aluga os seus, o Inpe os deles e assim sucessivamente.
Tudo isso poderia ser
resolvido, se esse trabalho fosse unificado em um só lugar, por exemplo, na
Aeronáutica, como era no passado quando o programa andou bem. A aeronáutica
forneceria então o material que os demais órgãos necessitam a um custo muito
menor. Consequentemente, os recursos economizados iriam para o desenvolvimento
do nosso programa espacial.
Na sexta-feira passada diversas personalidades foram
homenageadas com o título de Amigos do CLA, entre os quais estávamos eu e o
deputado Pedro Fernandes. Foi uma festa muito bonita, como costumam ser as
solenidades militares. Agradeço a honrosa homenagem.
Na segunda-feira próxima estarão em São José dos Campos
técnicos do meu gabinete e professores da UFMA, a fim de definirem com os
parceiros do ITA a aplicação dos recursos da emenda que a bancada aprovou para
o curso de engenharia aeroespacial.
E em abril instalaremos a Frente Parlamentar para
Modernização do Centro de Lançamento de Alcântara. Temos grandes esperanças de que
essa Frente possa ajudar a encontrar os caminhos que nos levarão ao domínio da
tecnologia espacial completa.
Por fim, vi que nessa semana muitos políticos se digladiavam
pela paternidade da Transposição de Bacias do Rio São Francisco Para a região nordeste.
Muito diferente de quando fizemos o projeto, que agora foi executado, quando
falar no tema era quase um insulto ao país.
Um comentário:
Com esse, são dois artigos o Sr deputado não fala na refinaria de petróleo. Tá esfriando o negócio? Também não se falou mais na sidrpurgica. O que está acontecendo, deputado?
Postar um comentário