Demétrio Magnoli é sociólogo, professor da USP, autor de
diversos livros e colunista de diversos jornais. Recentemente deu uma palestra
no Fórum A Revolução do Novo, a Transformação do Mundo, promovido pelas
revistas Veja e Exame e explicou que o crescimento do nacionalismo surgiu com o
medo daqueles que ficaram de fora dos benefícios da globalização. Além disso,
expôs que as consultas populares que resultaram nas eleições de Donald Trump e
na saída da Inglaterra da União Europeia (o Brexit), situações que
surpreenderam muitos analistas, não são decorrentes do desinteresse pela
política, baixo nível de educação ou fenômenos isolados.
Segundo o sociólogo, o que une os dois eventos é a expressão
do descontentamento de setores que ficaram de fora dos benefícios da
globalização e viram no nacionalismo e na extrema direita uma forma de
expressar sua insegurança.
O que diz Magnoli pode ser observado claramente em todos
esses eventos. Trump, por exemplo, discursou na campanha para uma maioria
branca e desempregada oriunda das imposições do fenômeno da globalização sobre
a indústria automobilística. Isto é, que tiveram seus postos de trabalho substituídos
pela automação e modernização de parques industriais para fazer frente a uma
concorrência feroz. Os governos democratas nunca encararam o problema de frente,
preparando essas pessoas para essa nova indústria ou para outros setores da
economia.
Daí decorrem as promessas populistas de Trump, a exemplo da proposta de fechar as fronteiras
para imigrantes, como se isso garantisse a volta dos empregos.
A verdade é que o mundo está mudando, mas os líderes estão
tardando na busca de soluções eficazes para o problema.
Na semana passada, por iniciativa do deputado Pedro Fernandes,
a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional debateu o Centro de
Lançamento de Alcântara. Como convidades, estiveram presentes o Brigadeiro do
Ar Rogério Luís Veríssimo Cruz, Assessor Especial da Chefia de Assuntos
Estratégicos do EMCFA; o Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Augusto Amaral
Oliveira, Diretor Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial do
Comando da Aeronáutic; André João Rypl, Chefe da Assessoria de Cooperação
Internacional da Agência Espacial Brasileira (AEB) do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação e eu como Presidente da Frente Parlamentar para
Modernização do Centro de Lançamento de Alcântara.
A reunião foi um grande êxito com a presença muitos
parlamentares que se dedicam ao setor e se destinou a transformar em prioridade
o Projeto Espacial Brasileiro dentro da Câmara dos Deputados, inclusive convertendo
também em prioridade a liberação de verbas orçamentárias quando da elaboração
do orçamento da União.
Pois bem, agora falarei do encontro que tive com
parlamentares de São Paulo ligados ao Hospital de Câncer de Barretos, um dos
mais importantes do país no tratamento dessa doença terrível que vitimou meu
pai. Esse hospital tem 55 anos de funcionamento e foi fundado pelo Dr. Paulo
Prata, sendo hoje dirigido por seu filho, Henrique Prata. São seis mil
atendimentos por dia, cem por cento gratuitos à gente de todo o Brasil de forma
muito qualificada e humanizada. Eles possuem 3 Unidades Fixas de Tratamento em Barretos
(SP), Jales (SP) e Porto Velho (RO) e 11 Unidades Fixas de Prevenção, com exames
preventivos de cânceres de colo do útero, mama, odontológicos, pele e próstata
que atendem de pacientes em áreas rurais, aumentando suas chances de tratamento.
Terei em breve um encontro com Henrique Prata que deverá ir a
Brasília em pouco tempo para discutirmos a ida do projeto ao Maranhão e decidirmos
por uma Unidade Fixa de Tratamento ou por uma Unidade Fixa de Prevenção
inicialmente. A nossa ideia é fazermos o empreendimento fora da capital para
atender melhor a enorme população das nossas cidades do interior. Avante!
Antes de concluir, quero parabenizar a população de Timon que
recebeu mil casas equipadas do Programa Minha Casa Minha Vida na quinta-feira
passada. São unidades muito bem construídas, com bom acabamento, realizadas
pela empresa maranhense Canopus.
O conjunto habitacional recebeu o nome de Miguel Arraes, em
homenagem ao político pernambucano de mesmo nome. Na solenidade de inauguração
da obra, esteve conosco João Campos, filho mais velho de Eduardo Campos (que
era neto de Arraes), nosso grande líder político que tanta falta faz ao Brasil
nesse momento.
Em breve João vai iniciar a sua carreira política certamente
como candidato a deputado federal. Boa sorte a ele, que é muito simpático e
agradável como o pai. Além disso, tem grupo, tem história e tem discurso,
enfim, tudo para fazer uma brilhante carreira no parlamento.
E para finalizar, hoje, em Brasília, almoçarei com Anderson
Correa, reitor do ITA, para discutirmos aspectos da presença do instituto no
Maranhão.
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