
O acordo foi anunciado ontem em Nova York e pode abrir o caminho para que mercados financeiros desempenhem um papel-chave na proteção das florestas tropicais do mundo. A iniciativa segue a oferta extraordinária da Guiana, feita no ano passado, de entregar todas as suas florestas a um organismo internacional em troca de auxílio financeiro ao desenvolvimento. A Guiana tem hoje 80% de suas florestas preservadas.
Hylton Murray-Philipson, diretor da empresa Canopy Capital, que fechou o acordo com a reserva de Iwokrama ("refúgio", na língua macuxi), afirmou: "Como é possível que os serviços do Google valham bilhões e os das florestas tropicais do mundo não valham nada?"
O ano passado foi crucial para as florestas tropicais, porque o mundo reconheceu que o desmatamento é a segunda maior causa de emissões de gases de efeito estufa. A Conferência do Clima de Bali concordou em incluir o desmatamento evitado como medida de mitigação do aquecimento global.
"À medida que os níveis de dióxido de carbono na atmosfera crescem, as emissões passam a ter um custo cada vez mais alto e a conservação passará a ter valor real. A comunidade de investidores está começando a acordar para isso", disse Murray-Philipson.
Comentário do Blog: A Veja da semana passada publicou uma extensa matéria sobre a Amazônia, com o título “A verdade sobre a Saúde da Floresta”. A revista dividiu a matéria em 6 capítulos e colocou duas assertivas no início de cada um: “O Senso Comum” e “A Verdade”.
No primeiro capítulo, o assunto é –Por que preservar a floresta- e o senso comum é que a floresta amazônica é o pulmão do planeta e que se ela desaparecer, o aquecimento global vai se acelerar de forma dramática e a verdade é que as pesquisas recentes mostram que o efeito mais visível do desaparecimento da Amazônia seria o desequilíbrio das chuvas no mundo, com conseqüências muito negativas para a humanidade. No segundo, o assunto era o desmatamento, com senso comum de que o governo garantiu que desmatamento está sob controle; e a verdade, que o desmatamento aumentou seu ritmo em 30% nos últimos meses.
No terceiro, o assunto é - a presença do boi, da soja e a madeira- com senso comum de que não faz sentido derrubar a floresta e substituí-la por pastos e lavouras e a verdade, que em certas regiões da Amazônia a agricultura é irreversível. O que falta é respeito à lei. O quarto capítulo é sobre – a lei e suas conseqüências- e o senso comum é de que é proibido derrubar árvores e quem vende madeira é bandido e a verdade é que o desmatamento é regulamentado em diversas regiões, mas os abusos são constantes.
O quinto versa sobre a ameaça do homem- com o senso comum de que a devastação e os conflitos na região são causados pela ganância dos fazendeiros e a verdade é que vários fatores contribuem para o caos, mas muito do estrago é causado pelo próprio governo, principalmente o Incra que leva assentamento de sem terra para o meio da floresta, o que é errado, e não dá nenhum apoio, além de não deixar o Ibama fiscalizar, criando a sensação de impunidade que leva a derrubada total da floresta.
Esses assentamentos já contribuem com 20% do desmatamento total. Somam 1,3 milhão de famílias nessa situação. A revista mostra que, como o Incra considera a reserva legal de 80% como área improdutiva, os fazendeiros com medo da desapropriação são induzidos a derrubar toda a sua reserva legal. E no sexto capítulo fala sobre propostas para o futuro, com o senso comum de que a única forma de salvar a floresta é proibir a exploração econômica por lá e a verdade é que existem bons planos para aliar a exploração econômica à preservação.
Entre as propostas novas, está o sistema de remuneração para tornar vantajoso conservar a floresta em pé, tema do artigo acima. Outra proposta é proibir novos assentamentos na Amazônia. Outra, é o oferecimento de linhas de crédito especificas para a recuperação e a reutilização de terras degradadas. Uma outra proposta, é mudar a legislação e permitir que sejam plantadas espécies exóticas, como o eucalipto, nas propriedades que desmataram além dos 20%. “Reflorestar com árvores exóticas dá retorno econômico e é tecnicamente viável” diz Francisco Graziano, secretário de Meio Ambiente de São Paulo. Outra proposta é a criação de certificados especiais para produtos originários de propriedades que atuam dentro da lei e observam boas práticas ambientais. Pode ajudar a diminuir o desmatamento ilegal.
O que é mais importante é que o debate está começando para valer e devia envolver segmentos importantes da sociedade, principalmente técnicos e pesquisadores nacionais e internacionais para que o país defina uma política de preservação e utilização da floresta que realmente seja exeqüível.
O tema do artigo acima pode ser muito interessante para algumas áreas selecionadas, principalmente porque possibilita recursos financeiros para tornar presente e eficiente a fiscalização na Amazônia.
Hylton Murray-Philipson, diretor da empresa Canopy Capital, que fechou o acordo com a reserva de Iwokrama ("refúgio", na língua macuxi), afirmou: "Como é possível que os serviços do Google valham bilhões e os das florestas tropicais do mundo não valham nada?"
O ano passado foi crucial para as florestas tropicais, porque o mundo reconheceu que o desmatamento é a segunda maior causa de emissões de gases de efeito estufa. A Conferência do Clima de Bali concordou em incluir o desmatamento evitado como medida de mitigação do aquecimento global.
"À medida que os níveis de dióxido de carbono na atmosfera crescem, as emissões passam a ter um custo cada vez mais alto e a conservação passará a ter valor real. A comunidade de investidores está começando a acordar para isso", disse Murray-Philipson.
Comentário do Blog: A Veja da semana passada publicou uma extensa matéria sobre a Amazônia, com o título “A verdade sobre a Saúde da Floresta”. A revista dividiu a matéria em 6 capítulos e colocou duas assertivas no início de cada um: “O Senso Comum” e “A Verdade”.
No primeiro capítulo, o assunto é –Por que preservar a floresta- e o senso comum é que a floresta amazônica é o pulmão do planeta e que se ela desaparecer, o aquecimento global vai se acelerar de forma dramática e a verdade é que as pesquisas recentes mostram que o efeito mais visível do desaparecimento da Amazônia seria o desequilíbrio das chuvas no mundo, com conseqüências muito negativas para a humanidade. No segundo, o assunto era o desmatamento, com senso comum de que o governo garantiu que desmatamento está sob controle; e a verdade, que o desmatamento aumentou seu ritmo em 30% nos últimos meses.
No terceiro, o assunto é - a presença do boi, da soja e a madeira- com senso comum de que não faz sentido derrubar a floresta e substituí-la por pastos e lavouras e a verdade, que em certas regiões da Amazônia a agricultura é irreversível. O que falta é respeito à lei. O quarto capítulo é sobre – a lei e suas conseqüências- e o senso comum é de que é proibido derrubar árvores e quem vende madeira é bandido e a verdade é que o desmatamento é regulamentado em diversas regiões, mas os abusos são constantes.
O quinto versa sobre a ameaça do homem- com o senso comum de que a devastação e os conflitos na região são causados pela ganância dos fazendeiros e a verdade é que vários fatores contribuem para o caos, mas muito do estrago é causado pelo próprio governo, principalmente o Incra que leva assentamento de sem terra para o meio da floresta, o que é errado, e não dá nenhum apoio, além de não deixar o Ibama fiscalizar, criando a sensação de impunidade que leva a derrubada total da floresta.
Esses assentamentos já contribuem com 20% do desmatamento total. Somam 1,3 milhão de famílias nessa situação. A revista mostra que, como o Incra considera a reserva legal de 80% como área improdutiva, os fazendeiros com medo da desapropriação são induzidos a derrubar toda a sua reserva legal. E no sexto capítulo fala sobre propostas para o futuro, com o senso comum de que a única forma de salvar a floresta é proibir a exploração econômica por lá e a verdade é que existem bons planos para aliar a exploração econômica à preservação.
Entre as propostas novas, está o sistema de remuneração para tornar vantajoso conservar a floresta em pé, tema do artigo acima. Outra proposta é proibir novos assentamentos na Amazônia. Outra, é o oferecimento de linhas de crédito especificas para a recuperação e a reutilização de terras degradadas. Uma outra proposta, é mudar a legislação e permitir que sejam plantadas espécies exóticas, como o eucalipto, nas propriedades que desmataram além dos 20%. “Reflorestar com árvores exóticas dá retorno econômico e é tecnicamente viável” diz Francisco Graziano, secretário de Meio Ambiente de São Paulo. Outra proposta é a criação de certificados especiais para produtos originários de propriedades que atuam dentro da lei e observam boas práticas ambientais. Pode ajudar a diminuir o desmatamento ilegal.
O que é mais importante é que o debate está começando para valer e devia envolver segmentos importantes da sociedade, principalmente técnicos e pesquisadores nacionais e internacionais para que o país defina uma política de preservação e utilização da floresta que realmente seja exeqüível.
O tema do artigo acima pode ser muito interessante para algumas áreas selecionadas, principalmente porque possibilita recursos financeiros para tornar presente e eficiente a fiscalização na Amazônia.
Um comentário:
Ex-governador pode "arrochar o nó" em cima "dos omes". Estamos só esperando a confirmação da sua candidatura, o PDT apresenta o vice, já temos o governador. É só pra "matar eles do coração", daqui a dois anos V. Excelência vai pro senado.
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