Folha: O agravamento da crise no mercado financeiro afetará o plano de investimento da Petrobras, que deve sofrer um alongamento no seu período de implementação. A previsão é do presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, para quem a piora do cenário também vai afetar "fortemente" o debate sobre as novas regras de exploração de petróleo do pré-sal. "São dúvidas demais, por isso adiamos nosso plano de investimento e estratégico", disse Gabrielli à Folha, após participar de seminário sobre biocombustíveis em Houston.
Segundo ele, o plano não será necessariamente mais conservador, mas "provavelmente mais longo do que era antes". Previsto inicialmente para ser implementado entre 2009 e 2013, Gabrielli sugeriu, durante a entrevista, que sua data final pode ficar mais próxima de 2020 do que de 2013, diante da crise financeira. O atual plano vai de 2008 a 2012 e prevê investimentos totais de R$ 112 bilhões, basicamente com recursos próprios. O presidente da estatal diz que ela não sofrerá problemas no curto prazo, mas as dificuldades vão existir no médio e no longo prazos devido à crise no mercado de crédito internacional. Isso, segundo ele, vai afetar "fortemente as regras do pré-sal" porque se trata de investimento de longo prazo que necessita de financiamento.
A seguir, a entrevista concedida à Folha no escritório da empresa nos EUA, na qual disse acreditar que, sem queda de custos, o atual patamar do preço do petróleo é "insustentável", que a conjuntura americana pode beneficiar o álcool brasileiro e que a Petrobras não aceitará ser só prestadora de serviços no Equador.
Segundo ele, o plano não será necessariamente mais conservador, mas "provavelmente mais longo do que era antes". Previsto inicialmente para ser implementado entre 2009 e 2013, Gabrielli sugeriu, durante a entrevista, que sua data final pode ficar mais próxima de 2020 do que de 2013, diante da crise financeira. O atual plano vai de 2008 a 2012 e prevê investimentos totais de R$ 112 bilhões, basicamente com recursos próprios. O presidente da estatal diz que ela não sofrerá problemas no curto prazo, mas as dificuldades vão existir no médio e no longo prazos devido à crise no mercado de crédito internacional. Isso, segundo ele, vai afetar "fortemente as regras do pré-sal" porque se trata de investimento de longo prazo que necessita de financiamento.
A seguir, a entrevista concedida à Folha no escritório da empresa nos EUA, na qual disse acreditar que, sem queda de custos, o atual patamar do preço do petróleo é "insustentável", que a conjuntura americana pode beneficiar o álcool brasileiro e que a Petrobras não aceitará ser só prestadora de serviços no Equador.
Comentário do blog: Com Petróleo a 65 dólares o barril o pré-sal dificilmente é viável. E os indicadores econômicos da economia mundial mostram indícios de recessão se instalando nos Estados Unidos, queda de crescimento na China e a Europa com vários países já apresentando características de recessão, como a França e outros. Assim, o mercado financeiro passa a restringir financiamentos, o dinheiro fica escasso e a Petrobras, que precisa dos financiamentos, já vai alongar os seus investimentos que antes estavam previstos entre 2008 e 2012 passam para 2009 a 2020. O refino deixa, antes de outros investimentos da empresa, de ser prioridade. É nesse cenário que o ministro Edson Lobão vai ter de usar de todo o seu prestígio para confirmar a refinaria do Maranhão. Não vai ser fácil. Esperamos que tenha êxito ou no mínimo a mantenha no programa alongado de investimentos da Petrobras.
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