Dava para se sentir num Coliseu redivivo. Antigos gladiadores do grupo Sarney, aparentemente mortos para a posteridade, ressurgiram nos corredores da Assembléia Legislativa, alguns envergando ternos novos e gravatas francesas, outros cheirando a naftalina e perfume de quinta, mas todos dando a impressão de que uma corte de defuntos acabava de deixar as covas.
Gente que o Maranhão não via há muito tempo e da qual não tinha boas recordações transitava com caras de múmias, todas querendo um abraço, todas querendo um afago, todos exigindo um mimo de Roseana Sarney, Sarney Filho e Ricardo Murad.
Dava para perceber as olheiras de quem dormiu durante muito tempo naqueles seres necrológicos que disputavam a proximidade da rainha, cada um com mais sede de sangue e poder.
Nem parecia verdade! O fantasma de Paulo Marinho circulava sorridente, sempre processado, nunca igualado, trocando opiniões sobre administrações transparentes e corretas. Gastão Vieira assumiu um ar professoral na sua humilde intenção de ser secretário de Educação e construir três escolas, se o dinheiro der. A pedetista Bia Aroso comandava uma claque de inocentes expondo faixas que ora falavam de uma guerreira, ora falavam de uma boeira do Maranhão.
Gente que já foi secretário, que já tentou ser secretário, que escapou do primeiro escalão para o segundo e do segundo para o terceiro, gente suando aos borbotões procurando qualquer escalão para se encostar. Carecas brilhantes e escovadas aceitando o sol e defuntos que até ontem faziam parte do Cemitério do Gavião se mudando para o Cemitério dos Vinhais.
Em meio a esse espetáculo de adesões profanas, todo mundo ficou reticente ao contemplar as figuras de Mauro Fecury, de Bengala, e Epitácio Cafeteira, em cadeira de rodas. Ambos, talvez, empurrados pela esperança de que ainda é possível correr atrás.
Esse desfile macabro de gente que já morreu, gente que está morrendo e gente que não quer morrer de jeito nenhum deixava a impressão de que o novo governo haverá de construir seu próprio mausoléu.
Havia de tudo. Cantores e cantadores que não cantavam mais, gente que já matou e gente que quase já foi morta, além de uma impressionante multidão de defuntos conectados aos celulares, querendo falar com o além e comunicar a posse da rainha, fotografar a rainha, filmar a rainha-mãe. A rainha, aliás, assim que empossada, abriu os braços e jogou beijos para suas vítimas, aumentando o cheiro de morte que exalava naqueles imensos salões.
E ela agradeceu a um Deus que nunca a abandonou e, principalmente, a “uma justiça que dignifica a democracia”, uma frase de fazer gelar os ossos, de fazer matar o que resta de consciência neste país. Ela leu Lula, o irremovível Lula, a dizer que, agora, investirá no Maranhão. Se não dá para matar um maranhense, aceite pelo menos a possibilidade de um ataque cardíaco, senhor Lula Lá.
Quantas sepulturas políticas foram violadas até que esse momento chegasse! Quantas ressurreições inoportunas e ameaçadoras puderam ser observadas no desenrolar daquele espetáculo! O inevitável cheiro de cinzas de tantos defuntos cremados sugeria que o povo maranhense foi usado como adubo político de uma conspiração jamais vista no país.
Se tivéssemos acesso às fichas de todos aqueles cadáveres, para saber o que fizeram em vida, quando a vida lhes foi dada por José Sarney, estaríamos correndo daqui. O que se viu foi o Dia dos Fiéis Defuntos ser comemorado numa sexta-feira aziaga que sobrará para sempre na memória do Estado. E Deus nos ajude! Aquele espetáculo mórbido deixa evidente que os defuntos deixaram a cova para acabar de enterrar o Maranhão.
Dava para perceber as olheiras de quem dormiu durante muito tempo naqueles seres necrológicos que disputavam a proximidade da rainha, cada um com mais sede de sangue e poder.
Nem parecia verdade! O fantasma de Paulo Marinho circulava sorridente, sempre processado, nunca igualado, trocando opiniões sobre administrações transparentes e corretas. Gastão Vieira assumiu um ar professoral na sua humilde intenção de ser secretário de Educação e construir três escolas, se o dinheiro der. A pedetista Bia Aroso comandava uma claque de inocentes expondo faixas que ora falavam de uma guerreira, ora falavam de uma boeira do Maranhão.
Gente que já foi secretário, que já tentou ser secretário, que escapou do primeiro escalão para o segundo e do segundo para o terceiro, gente suando aos borbotões procurando qualquer escalão para se encostar. Carecas brilhantes e escovadas aceitando o sol e defuntos que até ontem faziam parte do Cemitério do Gavião se mudando para o Cemitério dos Vinhais.
Em meio a esse espetáculo de adesões profanas, todo mundo ficou reticente ao contemplar as figuras de Mauro Fecury, de Bengala, e Epitácio Cafeteira, em cadeira de rodas. Ambos, talvez, empurrados pela esperança de que ainda é possível correr atrás.
Esse desfile macabro de gente que já morreu, gente que está morrendo e gente que não quer morrer de jeito nenhum deixava a impressão de que o novo governo haverá de construir seu próprio mausoléu.
Havia de tudo. Cantores e cantadores que não cantavam mais, gente que já matou e gente que quase já foi morta, além de uma impressionante multidão de defuntos conectados aos celulares, querendo falar com o além e comunicar a posse da rainha, fotografar a rainha, filmar a rainha-mãe. A rainha, aliás, assim que empossada, abriu os braços e jogou beijos para suas vítimas, aumentando o cheiro de morte que exalava naqueles imensos salões.
E ela agradeceu a um Deus que nunca a abandonou e, principalmente, a “uma justiça que dignifica a democracia”, uma frase de fazer gelar os ossos, de fazer matar o que resta de consciência neste país. Ela leu Lula, o irremovível Lula, a dizer que, agora, investirá no Maranhão. Se não dá para matar um maranhense, aceite pelo menos a possibilidade de um ataque cardíaco, senhor Lula Lá.
Quantas sepulturas políticas foram violadas até que esse momento chegasse! Quantas ressurreições inoportunas e ameaçadoras puderam ser observadas no desenrolar daquele espetáculo! O inevitável cheiro de cinzas de tantos defuntos cremados sugeria que o povo maranhense foi usado como adubo político de uma conspiração jamais vista no país.
Se tivéssemos acesso às fichas de todos aqueles cadáveres, para saber o que fizeram em vida, quando a vida lhes foi dada por José Sarney, estaríamos correndo daqui. O que se viu foi o Dia dos Fiéis Defuntos ser comemorado numa sexta-feira aziaga que sobrará para sempre na memória do Estado. E Deus nos ajude! Aquele espetáculo mórbido deixa evidente que os defuntos deixaram a cova para acabar de enterrar o Maranhão.
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8 comentários:
Gostei muito desse comentario Os denfutos deixas as covas.so de fica olhando a cara do ricardo e roseana me da vontade de cuspi na cara dessa pessoas.Mais 2010esta bem perto.
Vamos fazer alguma coisa. Esse golpe não pode vingar. O velho oligarca merece uma (segunda) lição. A primeira ja foi dada pelo senhor quando os derrotou em 2006.
Um abraço!
Foi praga que jogaram no Maranhão.Infelizmente isto existe.
voces ja´prestaram atenção que o OLIGARCA nunca adoece. Tem parte com SATÃ.
Governador Jose Reinaldo,
saudações cordiais.
Com efeito, os sepulcros foram abertos e deles emergiram o odor característico de enxofre e aura incandescente do engodo e da injustiça.
Como apareceram "insurgentes" aliados de todas as horas!
Pelo time montado vê-se a qualidade do jogo que será jogado. Triste sina essa do Maranhão, um estado cujas potencialidades naturais extraordinárias são ofuscadas e esmaecidas pela politicagem rasteira de uma corja cruel e insana.
Vamos dar as mãos e reagir. 2010 se avizinha e uma nova Frente de Libertação porá fim a essa tragédia.
Receba os meus cumprimentos
do
José Pessoa Martinz
Até o Prefeito Cassado de São Mateus, Rovélio, estava lá também pra ver se ela(Rosmigana)socorre ele, visto que o mesmo foi cassado dia 13/04/09, em setença proferida pelo Juiz Dr. Mário Márcio (ver setença no blog Justiça e cidadania do Juiz).
O prefeito foi cassado por captação ilicita quando distribuiu em carreata mais de 1.000 lts de combustiveis, conforme depoimento de testemunhas, (ver setença no blog), e agora ele contas pra seus aliados aqui em São Mateus, que vai se livrar dessa cassação porque o Zé Sarney e Rosmingana vão ajudá-lo, será? estamos de Olho!!
parabéns Governador Zé Reinaldo, o Sr foi e tem sido brilhante!!!
Caro José, sou da terra dos dos Zé! PB... Onde o então padrinho de casamento de um Zé, o Maranhão, deu um golpe. O primeiro golpe, na PB teve o objetivo de fortalecer o segundo, no Maranhão. O Charles De Gaulle falou em 1960,"Brasil não é um país sério". Poderia ter dito: O Brasil é amoral! Sempre será! O Maranhão vai continuar amargando a ignorância de seus reis e rainhas, sem seios, trompas, útero, filhos e o pior, falta moral!
O Governandor, eu disse o Governador,o cara, isso mesmo você foi o cara.
Sendo secretário de um Governo da familia sarney, você conseguiu se destacar no meio de muitos, para ser o candidato a governo, com muita batalha conseguiu vencer, com um projeto de governo MARAVILHOSO, más queria dar um basta nessa oligarquia que sempre brigava pelos interesses pessoais e nunca pelos interesses da sociedade. Teve uma HISTÓRICA atitude, romper com a familia SARNEY e criar uma FRENTE DA LIBERTAÇÃO DO MARANHÃO. É notório que com essa sua atitude e o poder que SARNEY mantinha em nivel nacional, iria dificultar muito em repasses do governo federal para o nosso estado do maranhão, pois você não seguiu a linha politica do CHEFÃO. Por exemplo o empréstimo com o banco mundial, onde ele pronunciou publicamente que seria contra esse ato, pois a boa imagem so seria para o GOVERNADOR, O CARA, O JOSÉ REINALDO, mais com tudo isso você conseguiu no seu governo colocar o maranhão foi o que mais avançou nos indicadores econômcos e sociais. e o mais importante derrotar pela primeira vez no maranhão a familia sarney nas eleições de 2006.
O motivo que que sarney queria devolta o governo, o poder no maranhão: SARNEY precisava de uma base eleitoral regional sólida para possuir esse poder no brasil.
Por fim, José Reinaldo Tavares, Espero que você continue com essa sua linha política. Você é o CARA.
É um retrocesso Sr. José Reinaldo,todo esse circo armado,todos os cadáveres políticos foram ressuscitados!Vê mais uma vez esse grupo de mortos-vivos vir à tona!É um golpe no estado democrático de direito.
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