Henry Kissinger escreveu um livro
monumental intitulado “Sobre a China”. Na obra, ele descreve a China desde seus
primórdios, suas doutrinas, o caráter nacional chinês, seus princípios
fundamentais desde o começo daquele país como nação. Aliás, a China é tão
antiga que não se sabe ao certo quando começou como nação. Kissinger descreve as
guerras internas ocorridas ali entre tribos que dividiram o território chinês por
dezenas de anos, mas que sempre voltava a se reunir. Descreve a hostilidade de
seus vizinhos, o perigo do expansionismo russo, os governos mais recentes, a
aproximação com os Estados Unidos (em cujos governos dos presidentes Nixon e
Ford, Kissinger foi Assessor de Segurança Nacional e Secretário de Estado) e a
transformação muito bem conduzida da nação chinesa, que a tornou superpotência mundial, com grande colaboração
dos americanos.
Para se ter ideia da grandeza eterna da
China, vejam esses dados: “Na verdade, a China produzia uma parcela maior do
PIB mundial total do que qualquer sociedade ocidental em 18 dos últimos 20
séculos. Ainda em 1820, ela produziu mais de 30% do PIB mundial- quantidade que
ultrapassava o PIB da Europa Ocidental, da Europa Oriental e dos Estados Unidos
combinados”.
Os chineses têm sido astutos praticantes
da realpolitik e estudantes de uma doutrina estratégica, obrigados por uma história turbulenta
que os ensinou que nem todo problema tem solução e que uma ênfase exagerada no
pleno domínio de eventos específicos poderia perturbar a harmonia do universo.
Um dos seus generais, Sun Tzu, lançou a “Arte da Guerra”, livro que permanece
como texto central do pensamento militar e encontra-se hoje adaptado para as
ciências dos negócios e da política.
Sobre o assunto, diz Kissinger: “talvez a visão mais importante de Sun
Tzu tenha sido de que, em uma disputa militar ou estratégica, tudo é relevante
e está interligado: clima, terreno, diplomacia, relatórios de espiões e agentes
duplos, suprimentos e logística, o equilíbrio de forças, percepções históricas,
fatores intangíveis como surpresa e moral. Cada fator desses influencia os
demais, dando surgimento a sutis mudanças de ímpeto e vantagem relativa. Não há
eventos isolados”. E depois ele conclui: “Nenhuma constelação particular pode
estar estática; qualquer padrão é temporário e em essência está evoluindo.
Deve-se capturar a direção dessa evolução e fazer com que sirva a seus fins”.
Essa visão garantiu a unidade da China e
a tornou um dos países que mais crescem no mundo de hoje.
Como disse acima, Sun Tzu hoje está
adaptado para os grandes negócios e a política. Isso nos mostra essencialmente
que nada é isolado e para ter sucesso é preciso pensar nas consequências de
cada ação.
Com efeito, aduz-se facilmente que, ao
adaptarmos essas constatações ao que vivemos aqui no Maranhão, poderemos nos
dar conta de que o que vivemos aqui na
política em 2012, está ligado, muito ligado a 2014, e o que se fizer de errado
agora, impactará diretamente ali. Sem dúvidas.
Ao dizer isso, quero repetir que não sou
contra nenhuma candidatura dos quatro autointitulados oposição. Sou contra é
que eles tragam Flávio para a confusão já armada e ataquem João Castelo, como
se este fosse o adversário que enfrentaremos em 2014. O adversário de 2014,
como de sempre, é o clã Sarney, não há outro.
O problema não é Castelo, muito pelo
contrário, o problema é a tentativa permanente da governadora Roseana de
impedir a ação do prefeito, mais do que comprovado e, sobretudo, conhecido. Se
Castelo não fosse um ótimo administrador, ele não conseguiria trabalhar. Ele
consegue, porque é competente, dedicado e experiente. Castelo prepara bons
projetos e quando o governo federal abre programas para transferir recursos, ele
os tem prontos e são, assim, aprovados. Muito diferente do governo do estado,
que não tem projetos e, portanto, não tem nada
aprovado pelo governo federal. Castelo já conseguiu mais recursos que
Roseana, que tem padrinho forte - seu pai - mas não tem projeto e nem sabe
trabalhar.
Qualquer prefeito menos experiente não
conseguiria nada, diferentemente de Castelo, que merece continuar sua
administração para concluir seu trabalho.
As pesquisas eleitorais qualitativas
ficaram famosas depois de 2006, quando as utilizamos, e elas nos ajudaram a
ganhar a eleição, principalmente confirmando o que já
sabíamos nos contatos políticos.
Agora estão achando que pesquisas
qualitativas decidem quem ganha uma eleição e quem já perdeu, além de definir
candidatos. Não é nada disso. Eleição
depende de muitas coisas, tais como desempenho como candidato, debates,
passado, grupo político e principalmente realizações. Se essa modalidade de
investigação de motivações eleitorais realmente decidisse vencedor do pleito, no
extremo até poderíamos, se fosse verdade, substituir o voto pela mágica pesquisa qualitativa. E ademais são
poucos os bons profissionais que realmente dominam essa ciência da política.
Quero contar a vocês, poucos amigos
sabem, que quando disputei a eleição em 2002, fui chamado uma tarde à casa de Roseana Sarney. Chegando lá, encontrei-a e também uns
doutores da empresa Census, que estavam mostrando a ela uma pesquisa
qualitativa. Era meados de julho, faltando então pouco mais de dois meses para
a eleição.
Os doutores abriram aquele papelório e me
deram o veredito a que chegaram: eu não tinha nenhuma possibilidade de ganhar
aquelas eleições, eles tinham feito todos os cruzamentos de dados e o resultado
era esse. Portanto, Jackson Lago seria o vencedor da eleição, disseram-me.
Nem argumentei. Sai dali direto para o
avião que me esperava e continuei do mesmo modo e garra a minha campanha. O
resultado todos sabem, venci a eleição em outubro, no primeiro turno.
Então repito: o adversário em 2014 é a
oligarquia, que prostrou o estado perante o Brasil, ao produzir como resultado
de longo domínio somente atraso e pobreza.
Se nos unirmos, venceremos!
2 comentários:
Governo federal desmascara Roseana
O governo federal está anunciando em propaganda veiculada na TV suas realizações no Maranhão e principalmente em São Luís. Diz que as UPAs tão decantadas pelo governo de Roseana Sarney, a Refinaria Premium de Bacabeira e construções do PAC são obras da presidente Dilma Rousseff. Tem outras realizações que o governo do Estado maranhense estava colocando a faixa anunciando como se fosse dele e agora está sendo desmentido pela propaganda presidencial. Isso quer dizer que o governo Roseana não fez ainda coisa nenhuma em São Luís ou no Maranhão. É uma administração pífia.
JP
OS POLITICOS DEVME TER CUIDADO COM O MICRÓBIO ESTRATEGIUNS DESAVENSUNS, POIS ELE É INOCULADO NAS OPOSIÇÕES PARA ENFRAQUECER OS IDEAIS DIVIDINDO A RESISTENCIA, SEMEANDO A DISCÓRDIA ATRAVÉS DO DISSE ME DISSE.ENQUANTO ISSO, NA SURDINA, TEM UMA PEC PRA SER APROVADA EM SIGILO NO SENADO, DANDO PODER DE JULGAR RECURSOS E SENTENCIAR, QUESTÕES CONSTITUCIONAIS, TORNANDO AQUELA CASA, A PENULTIMA ESTÂNCIA. ENFRAQUECENDO A JUSTIÇA MAIS AINDA. ADEUS JUSTIÇA NO MENSALÃO. OCORRE AINDA QUE SEUS PROPOSITORES PEDIRAM QUE SEUS NOMES FOSSEM MANTIDO EM SIGILO.
EH UMA VERGONHA!
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