É até engraçado o que acontece. A grande aliada do passado agora recebe impropérios a boca pequena, talvez porque os resultados do Maranhão são tão ruins que não dá mais para não divulgar. O fato é que quando precisa mostrar o que não funciona no país, basta vir ao Maranhão, pois aqui encontrarão o que é pior no país.
O que mais irritou ao Clã Sarney foi o último programa da série Profissão Repórter da rede Globo. E na verdade o programa, sem nada distorcer, a emissora apenas mostrou a bizarrice que é o suspeito programa 'Saúde é Vida', o único do governo Roseana. Ou seja, um programa que é todo errado, sem sentido e contrário à orientação do Ministério da Saúde.
É apenas um grande programa de obras e eleitoreiro e nada mais.
Quem primeiro o denunciou, logo que foi lançado, foi o presidente do Conselho Estadual de Saúde. O Conselho considerou tudo equivocado, comparando o programa a uma iniciativa sem hierarquização e desprovido de sentido. Tentou alterá-lo, mas evidentemente nem foram ouvidos.
Além do Conselho de Saúde, o CREA considerou o programa totalmente ilegal, pois detectou licitações ao arrepio da lei, já que os hospitais nem terreno definido tinham, o que tornava as licitações impossíveis de serem realizadas. Isso sem contar as estapafúrdias dispensas de licitação, aditivos ilegais, gastos com consultoria exagerados e duplicidades de pagamento. Tudo errado.
O governo pensava em fazer os prédios, colocar equipamentos e entregá-los aos prefeitos, que deveriam sustentar o seu funcionamento. Nenhum deles aceitou e o governo, para evitar a desmoralização completa, passou a custeá-los não se sabe até quando. Portanto, é possível prever que dentro de pouco tempo estejam todos, ou quase todos, fechados.
Tudo isso foi constatado pelo programa Profissão Repórter.
A reportagem do programa esteve em sete dos famigerados hospitais, e só encontrou um deles funcionando: o de Barreirinhas, esta sim uma cidade polo, mas igualmente com os seus custos bancados pelo governo.
A maioria das cidades visitadas possui uma população muito pequena, variando entre 5 a 10 mil pessoas. O Profissão Reporter visitou Sucupira do Norte, Mirador, Jatobá, Sucupira do Riachão, Barreirinhas, Paulino Neves e Tutoia. Em Jatobá, 8,8 mil pessoas, encontraram o hospital aberto, estava tudo limpo, equipado, amplo e vazio. Em Sucupira do Riachão, 4,6 mil habitantes, o hospital inaugurado há dois meses estava vazio. Até hoje realizaram apenas 3 partos e uma cirurgia, com 30 funcionários que nada fazem. A diretora informou que custa R$ 120 mil por mês ou R$ 1,4 milhão por ano. O mais chique é que tem um heliponto que só foi utilizado na inauguração pela governadora.
O de Paulino Neves, 14 mil habitantes, inaugurado há alguns meses está fechado. Igualmente ao de Mirador, 20 mil habitantes, que também está fechado e fica em frente ao antigo hospital, também abandonado. Dos novos estabelecimentos visitados pelo programa, como informei acima, só o de Barreirinhas estava funcionando e cheio. É uma cidade polo que recebe doentes da redondeza e tem uma população de 56 mil habitantes.
Por fim, Tutoia, com 50 mil habitantes, não recebeu hospital novo e o antigo, superlotado, funciona precariamente sem lençol ou roupa de cama, sujo, sem ventiladores e com poucos remédios. Vai ver que o prefeito não reza na cartilha da oligarquia…
Esse retrato sem retoques, independente e mostrado em programa da rede Globo e da Mirante, mostra e comprova o desastre que é a administração de Roseana Sarney e seu programa de propaganda enganosa.
O chefão do Clã elogia o maravilhoso programa de sua filha e diz que aqueles que não vem o grande governo da filha e divulgam os terríveis dados sociais do estado precisam ser internados em sanatório. Evidentemente a começar pelos técnicos do IBGE, IPEA, etc., que fazem e divulgam as estatísticas brasileiras...
Ele pode ter mais um grande aborrecimento, pois, devido ao governo da
filha, o Maranhão vai, infelizmente, ocupar o último lugar em renda per
capita do país, atrás, pela primeira vez, de Alagoas e Piauí.
Vai dar sanatório geral…
Mudando
um pouco de assunto, os pleitos municipais deste ano começam a entrar
realmente no processo de construção, com as convenções que já podem ser
realizadas, definindo candidaturas, coligações e a força política dos
candidatos.
E nesse momento me chega as mãos pesquisa independente e confiável, de
pessoas que em 2006 nos davam a verdadeira situação daquela eleição
contaminada pela oligarquia com uma chuva de pesquisas sob medida. E
exatamente nesse momento a grande rejeição que imputavam ao prefeito
Castelo regride notavelmente e é similar à de outros candidatos. E ainda
cairá mais, nessa tendência, pois o prefeito tem muito a mostrar. Além
disso, ele está muito bem colocado, na cabeça das pesquisas, e com
grandes condições de competir e vencer. Seu governo tem avaliação
positiva e ele é reconhecido como o mais oposicionista à oligarquia
entre todos os pré-candidatos.
A importância disso é que 52 por cento dos entrevistados afirmam que
não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado pela família
Sarney ( Só 22 por cento dizem que votariam). As principais obras já
anunciadas pelo prefeito são motivos para dar-lhe o voto de 40 por cento
dos entrevistados - que disseram que com certeza votariam - e 21 por
cento informaram que poderiam votar.
Um dado impressionante é que, se o entrevistado souber que determinada
pessoa participou do governo de Roseana Sarney, isto é motivo para 54
por cento lhe negarem o voto. É por isso que o candidato da família
Sarney, o vice-governador Washington Oliveira, se empenha tanto em dizer
que não é candidato dos Sarney...
A margem de erro da pesquisa é de 2 por cento.
Portanto, considerar Castelo como carta fora do baralho da eleição e
desprezar o seu apoio em 2014 é o maior erro que poderia ser cometido
por um candidato real e com muitas possibilidades em 2014…
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