Eu, Pedro Fernandes e Waldir Maranhão, além dos senadores
Tião Viana, Aluísio Nunes Ferreira e Ana Amélia e mais alguns deputados
federais de outros estados estivemos visitando, a convite do Ministério da
Defesa, o Instituto Tecnológico da Aeronáutica e o Departamento de Ciência e
Tecnologia Aeroespacial do Ministério da Aeronáutica em São José dos Campos.
Visitamos também a linha de montagem do gigantesco avião de transporte e de
multipropósito da Embraer em Gavião Peixoto, SP.
É impressionante a contribuição da Aeronáutica para o
desenvolvimento brasileiro. O ITA é a melhor escola de engenharia do Brasil, o
vestibular mais concorrido e os ex-alunos levam o seu conhecimento a vários
setores de ponta em tecnologia e desenvolvimento. Quando os alunos aprovados no
duríssimo vestibular da escola, recebem alojamento, uma bolsa e todo o ambiente
para estudarem com excelentes laboratórios e a assistência de professores de
enorme experiência e competência, todos com doutorado.
No Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial – DCTA estão
vinculados o ITA, o Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE, o Instituto de
Estudos Avançados - IEAV, o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial - IFI,
o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno - CLBI e o Centro de Lançamento
de Alcântara- CLA. Ali se reúne toda a pesquisa espacial, desde combustíveis
até foguetes lançadores. É um Departamento que concentra um desenvolvimento de
tecnologia de vital importância para o país.
No início da tarde desse dia voamos para Gavião Peixoto, a
fim de visitarmos a fábrica de ponta da Embraer, onde está sendo montado o
KC-190, um enorme avião multipropósito, versátil e gigantesco, desenvolvido
para substituir o mundialmente o lendário Hercules, turboélice de transporte
militar. O avião da Embraer é jato puro, pressurizado, pode abastecer ou ser
abastecido em voo, moderno, muito bem equipado. Altíssima tecnologia.
A Embraer tem ainda em São José dos Campos uma outra fábrica
de aviões comerciais, executivos e de combate. É uma empresa gigantesca.
Além disso, ela se dedica à pesquisa de software para
comandar satélites, evitando problemas que podem acontecer com os satélites
alugados, que, por exemplo, durante a guerra das Malvinas e o furacão Katrina (no
Golfo do México e costa dos EUA) tiveram os sinais para o Brasil bloqueados. O primeiro
por causa da guerra, para evitar que o Brasil passasse dados estratégicos para
a Argentina e o segundo por causa de necessidades americanas do controle total
do tempo. No futuro isso, com as pesquisas que a Embraer faz, isso não mais
acontecerá.
Feita essa síntese apressada do que vimos, relato um fato
muito interessante que aconteceu enquanto almoçávamos nas dependências do DCTA.
Sentou-se conosco o brigadeiro Eng. R1 Maurício Pazini Brandão, professor da
escola de engenharia aeroespacial do ITA, a mesma que estamos na luta para
trazer para Alcântara. Já há algum tempo, eu lera a biografia do brigadeiro Casemiro
Montenegro, cearense, feita por Fernando Morais, em que afirmava que ele teve
que enfrentar o brigadeiro Eduardo Campos, figura lendária da arma, que,
segundo Morais, criou todo tipo de obstáculo para a fundação do ITA. Perguntei então
se o fato tinha realmente sido assim e o brigadeiro Pazini contestou essa
afirmação, relatando situações que uniam muito Eduardo a Montenegro. Durante a
conversa, Pedro Fernandes disse a ele que queremos levar a engenharia
aeroespacial para Alcântara e ele prontamente falou que já sabia e que apoiava.
Com essa deixa, eu imediatamente o convidei para nos orientar e colaborar com o
projeto e ele se colocou inteiramente à disposição para ajudar. É claro que anotei
todos os contatos do brigadeiro, um aliado de peso para o nosso projeto.
Estamos progredindo.
Falo agora do colega Ariosto Holanda que assumiu como
suplente o mandato na Câmara Federal. Ariosto fez um trabalho fantástico como
secretário de Ciência e Tecnologia no Ceará e é conhecido como um dos maiores
especialistas do Brasil no setor. Ele me ajudou muito a formatar um programa no
meu governo, o dos Centros Tecnológicos. Nesta semana procurei-o para nos
ajudar a montar o projeto da Cidade Digital de São Luís. Ele é muito amigo do
ministro de Ciência e Tecnologia, cuja pasta tem um programa aqueles fomentar
esses centros. Creio que esse é o caminho nesses difíceis momentos que vivemos.
Se conseguirmos o apoio do ministro, teremos dado um passo
gigantesco para resolvermos o problema de revitalização do Centro Histórico,
como também poderemos avançar na melhoria da qualidade da educação dos nossos
jovens do ensino fundamental, com o estabelecimento de um avançado sistema de
educação integral.
Toda a bancada está empenhada nisso. Acredito firmemente que conseguiremos!
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