Na verdade, ninguém está controlando nada. O governo, acuado sob o
peso das irresponsabilidades orçamentarias e financeiras cometidas nos últimos
anos e, principalmente no último, ano
eleitoral, jogou tudo fora. Principalmente o sonho de tantos milhões de
brasileiros que, por pouco tempo, tiveram grande ascensão social e econômica, e
que agora viram tudo acabar, voltando ao nível de pobreza anterior. Isto sem
contar o agravante de que estão revoltados com o governo que os enganou.
Todos os dias o brasileiro leva um susto com as revelações daquela que
talvez seja a maior crise econômica que o país jamais enfrentou. A dívida pública
cresce a galope, desenfreada, e já chega a 2,7 trilhões de reais. E o pior: nada
garante que vai parar por aí, já que as medidas para corrigir o desequilíbrio não
foram tomadas pelo governo. A impressão é de que este governo não enfrentará o
problema, pois não tem condições políticas para tal. E tampouco credibilidade para
fazer. Grande parte do PT ainda acredita que pode seguir assim até as novas
eleições.
Mas isso será muito difícil. O país está se desmanchando. A verdade é
que não faltam empresários, brasileiros ou estrangeiros que queiram investir no
Brasil. Mas não o farão, porque não confiam no governo que a cada ano muda as
regras e mantém um ambiente hostil para quem queira investir. Isso sem contar a
burocracia infernal, uma carga tributária das mais altas do mundo e um sistema que
penaliza quem quer pagar, tal o emaranhado fiscal do país. Nem precisamos ir
muito longe nesse raciocínio, basta ver o que aconteceu com as donas de casa
que queriam pagar os impostos devidos por ter empregadas domésticas na semana
passada. Este foi um dos atos mais emblemáticos da incompetência do governo e
do descaso com os contribuintes. Isso dá uma ideia de como é difícil empreender
no país.
Tudo isso contribui para tirar empregos, tema que será proximamente um
grande problema para um número enorme de famílias brasileiras.
O drama que envolve o país tem como origem a temerária e irresponsável
política econômica praticada pelo governo federal, que achava que podia gastar à
vontade e que tudo se resolveria no final. Em lugar nenhum do mundo isso deu
certo e não podia dar certo aqui. A
irresponsabilidade foi tamanha que o governo passou a gastar sem orçamento e
sem lastro, tomando dinheiro de bancos oficiais sem autorização para tal. Foram
as tais “pedaladas”.
O Tribunal de Contas da União, em decisão unânime, recomendou ao
Congresso que reprove as contas da presidente por causa dessas gigantescas
manobras cometidas por ela em ano eleitoral. Antes do julgamento, o governo
bradava que nada disso havia existido e que outros governos teriam feito o
mesmo. Agora, ao entregar a sua defesa no Senado, reconhece as pedaladas e diz
que elas chegam a 57 bilhões de reais e que essa prática continuou em 2015. E
ainda disse mais: que já chegam a 17 bilhões de reais, maior que o orçamento do
estado do Maranhão. Ou seja, reconheceu que para ganhar as eleições sacou dinheiro
sem cobertura orçamentária e sem autorização do Congresso, mantendo e
aumentando os dispêndios em programas importantes para a reeleição, programas
que já naquela época não tinham como prosseguir. Enquanto isso, escondia a real
situação da crise financeira já existente.
No descontrole que se seguiu, eles nem sabiam o montante da farra
financeira que tinham patrocinado. Depois de vários números agora é anunciado o
fatídica cifra de 57 bilhões, que eleva o déficit do orçamento para 120 bilhões
de reais. Agora vejam que, como eles haviam anunciado há poucos meses que iriam
ter um superávit de 63 bilhões de reais, isso mostra claramente o descontrole
fiscal. Uma verdadeira loucura.
Isso nos dá a certeza de que é quase impossível que esse governo nos
leve ao encontro de alguma solução.
Com isso o caos vai tomando conta do país, fazendo sofrer toda a
população. Mas o pior mesmo é o que acontece com as pessoas mais pobres e que
precisam mais do governo, pois, em se tratando de serviço público, nada
funciona direito. Os mais pobres são os
que sofrem mais, pois não conseguem se aposentar, embora tenham cumprido todas
as formalidades administrativas, não conseguem atendimento condigno em
hospitais públicos e têm que suportar diariamente uma onda grevista de tantas
categorias, cujo resultado é mais sofrimento para o povo. Não bastasse isso, hoje
os jornais mostram que o maior índice de inflação está penalizando os mais
pobres que não têm como se proteger. Triste ironia, logo esses que foram os
maiores eleitores do governo.
Mudando de assunto, agora o TCU anuncia que vai investigar os membros
do Conselho de Administração da Petrobras por conta das irresponsáveis decisões
de construir as refinarias Premium do Maranhão e do Ceará. Quem presidida o
Conselho era Dilma Rousseff, atual presidente do país. Já sabemos há tempos que
não havia projetos de engenharia e nem de viabilidade econômica, mas o Conselho
autorizou o projeto que, sem controle, começou a torrar dinheiro, como se tudo
estivesse normal. Nessa farra foram gastos 2,8 bilhões de reais, cuja destinação
ainda é obscura.
Cansamos de falar que aquilo não estava certo e éramos atacados,
acusados de sermos contra o progresso. Agora vão ter que se explicar. Tudo
fruto da arrogância que imperava na Petrobras. Acreditavam que estavam acima
das leis e das explicações. Deu no que deu.
E para encerrar, fui convidado pelo Ministério da Aeronáutica, junto
com outros deputados, a visitar no dia 20 de novembro próximo o Departamento de
Ciência e Tecnologia Aeroespacial - DCTA e a Empresa Brasileira de Aeronáutica
S.A.- Embraer, em São José dos Campo- SP e Gavião Peixoto - SP. A visita se
insere no rol de tratativas que a bancada federal tem feito com a Força Aérea para
instalação do Curso de Engenharia Aeroespacial na Base de Lançamentos de Alcântara,
embrião do Instituto Tecnológico do Maranhão, o nosso ITA nordeste. Se der
certo, este será um dos maiores e mais importantes projetos para o desenvolvimento
do nosso estado.
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