Hoje é quinta-feira, dia primeiro de dezembro, e estou
antecipando o que faço normalmente, toda a semana, quando escrevo os artigos
que o Jornal Pequeno generosamente publica nas terças-feiras, pois normalmente
escrevo nos domingos. Ocorre que amanhã viajo
para a Ásia, onde visitarei Teerã e Nova Delhi, capitais do Irã e da Índia,
respectivamente. A viagem se iniciará amanhã, mas só deveremos chegar ao
primeiro destino no dia 4, após escala em Abu Dhabi.
Essa é a viagem de que tenho lhes falado há algum tempo e
agora chegou a hora de empreendê-la. O Ministério das Relações Exteriores do
Brasil estará presente nos aeroportos e no acompanhamento das audiências, com
as autoridades do petróleo e gás e empresas envolvidas nos dois países.
Nossa delegação é oficial e será chefiada pelo Ministro de
Minas e Energia do Brasil, Fernando Bezerra, e minha visita está autorizada
pelo deputado Rodrigo Maia, presidente da Casa que custeará as passagens e
diárias para essa missão.
Tenho visto muita gente no Maranhão que chega até a nos
atacar quando se fala em refinaria, certamente porque houve um fracasso na
tentativa da Petrobras de fazer concretizar o projeto Premium, cuja capacidade
prevista era de 600 mil barris por dia em Bacabeira. Penso que talvez tenham
medo de passar por novo fracasso e por perda de expectativas de desenvolvimento
que sem dúvidas um projeto desses traz. Tudo bem, cada um reage de maneira
diferente. Mas eu não sou assim.
Isso sem contar que agora existem outros indicativos mais
concretos. Eu, por exemplo, tenho as informações sobre o projeto e tenho
conversado com autoridades dos países que visitaremos. Além disso, há que se
considerar o apoio que o governo brasileiro está dando às relações comerciais
com o Irã. O projeto da nova refinaria é parte importante dessas relações entre
os dois países e o Maranhão é o melhor lugar do Brasil para se fazer um grande empreendimento
como esse, segundo ouvi da ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo, ANP,
Marcia Chambriard, baseada em estudos daquele órgão. Aliás, hoje, pelo Itaqui,
já passa mais de 60 por cento do diesel e 40 por cento da gasolina importada
pelo Brasil. Lembro-me de quando fizemos o píer petroleiro no Itaqui, nada
tínhamos no Maranhão. Na ocasião eu era o Ministro dos Transportes no governo
Sarney.
Um outro ponto a favor desse projeto e que constitui uma
diferença fundamental em relação ao projeto passado é que este não contará com
recursos públicos brasileiros, nem da Petrobras nem de outra origem, portanto
não terá que vencer as atuais carências financeiras do Brasil.
Nada é garantido na vida, nós sabemos. Pode dar errado? Pode,
claro. Mas eu tenho fé no que ouvi de todos e na grande parceria comercial que
começa entre o Brasil e o Irã, com grande presença de empresas indianas.
Os detalhes serão discutidos nesta viagem e estamos
confiantes. Nela estarão juntos o governo federal, o governo estadual e a
Comissão de Minas e Energia da Câmara, representada por mim.
Se sair como esperamos, será o maior investimento
estruturante jamais feito no nosso estado. Um projeto que, uma vez alcançado,
nos fará dar um grande salto em nosso patamar econômico.
A previsão é de começar em um ano e meio, prazo necessário
para completar os projetos.
Vamos com fé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário