Na terça-feira da semana passada fui avisado que meu nome
constava em uma lista de pessoas que seriam investigadas por conta de delações
da Odebrecht, autorizadas pelo Ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal
Federal. Os fatos eram referentes ao meu período como governador do Maranhão.
Naturalmente, fiquei surpreso, mas esperei para dar qualquer
explicação só após conhecer do que se tratava. Procurei me lembrar de
participação da empresa em questão realizando obras em meu governo e não me
recordava de nenhuma.
Depois de inteirado, divulguei a seguinte nota: O Deputado Federal José Reinaldo (PSB-MA) não
foi referido por nenhum dos muitos delatores- “colaboradores” da Odebrecht, como
dito no despacho do Ministro Edson Fachin, que apenas se referiram à suposta
conduta do Procurador Geral do estado Ulisses Martins, quando eu exerci o cargo
de Governador do Maranhão, mandato encerrado em 31 de dezembro de 2006. Mesmo
sem essa menção, o Ministério Público Federal, segundo decisão do eminente
Ministro Edson Fachin, resolveu requisitar a apuração, por ser “possível a
conivência do então mandatário do Executivo, circunstância que demanda apuração
aprofundada”. Como registrou também o Ministro Fachin, “apresentado o pedido de
instauração de inquérito pelo Procurador Geral da República, incumbe ao Relator
deferi-lo (...) não lhe competindo qualquer aprofundamento sobre o mérito das
suspeitas indicadas”.
Embora surpreso com a inclusão do seu nome entre os
investigados, o Deputado José Reinaldo mantém-se absolutamente tranquilo,
confiante que a Justiça brasileira agirá conforme a lei e que o inquérito seja
arquivado, sem o oferecimento de qualquer denúncia”, termina a nota.
Vida que segue, vamos em frente.
O Ministro da Defesa Raul Jungmann, acompanhado do Comandante
da Aeronáutica, Brigadeiro Nivaldo Rossato, e comitiva, estiveram quarta-feira
passada inspecionando o Centro Espacial de Alcântara. Em entrevista ao Jornal
Pequeno, ele declarou que Estados Unidos, França, Rússia e Israel manifestaram
interesse na formalização de parcerias com o Brasil para utilização do local.
Esses acordos são comerciais e só serão levados em
consideração se respeitarem a soberania do Brasil. Ele afirmou também que
mantém contatos com a EMBRAER Defesa, a fim de que o conglomerado nacional, que
é sócio na Visiona, junto com a Telebras, também fixe acordos com o Centro
Espacial de Alcântara. A Visiona é a empresa que contratou o Satélite Geoestacionário
de Defesa e Comunicação (SGDC) junto à empresa francesa Thales.
O Ministreo afirmou também que vai procurar o BNDES, para que
o Banco possa apontar formas de fomento para o Centro. Também conversará
com os responsáveis na Casa Civil da Presidência da República para equacionar
as questões de natureza fundiária que ainda existem.
Além disso, um grupo francês esteve há duas semanas visitando
o Centro de lançamento e o Ministro Jungmann afirmou, após a inspeção, que o
Centro está em condições operacionais e pode lançar foguetes e satélites em
prazo de uma semana. As palavras de Jungmann são de enorme importância para o
Maranhão.
Esse Satélite Geoestacionário (SGDC), como explicado pelo
Ministro, foi produzido na França, encomendado pela Visiona, cujos sócios são a
Embraer Defesa e Telebrás, ao grupo francês Thales e se destina a objetivos de defesa e comunicações, tendo sido desenvolvido com a
participação de cerca de cinquenta engenheiros brasileiros.
Esse satélite terá grande importância para o Brasil, pois um
dos seus serviços é levar Banda Larga a todos os pontos do território
brasileiro, como também informações vitais para a defesa do país. Para poder receber
e interpretar os sinais do satélite, foram construídas estações de rastreamento
com central em Brasília e estações em vários estados brasileiros. A bancada
maranhense foi convidada pelo Comandante da Aeronáutica para conhecê-los, ocasião
que se dará quando as imagens já estiverem sendo recebidas.
Com essas instalações estaremos prontos para lançar satélites
em órbita curta, o que permitirá, aí sim, imagens perfeitas do território brasileiro.
Essas imagens servirão para a defesa, segurança, combate ao tráfico de drogas,
armas, controle da floresta amazônica, poluição, urbanização, ocupação
indevida, agricultura de precisão, controle de secas, catástrofes, cheias,
desertificação, etc.
Acontece que o satélite deveria ser lançado pela França no
mês março último em Kourou na Guiana Francesa, contudo, até hoje não foi
lançado devido a uma greve no local. Isso acarretou grandes prejuízos ao
Brasil, com a perda da janela de lançamento, o que garantiria a órbita prevista.
Esse fato atrasou todo o programa brasileiro.
Dessa forma, acredito que esse fato despertou as autoridades
brasileiras para o Centro de Alcântara e certamente o Ministro veio inspecioná-lo
para se convencer de que esses lançamentos podem e devem ali ocorrem, já que em
termos de localização estratégica - proximidade da Linha do Equador e do mar - temos
um dos melhores Centros de lançamento do mundo.
Por esse motivo penso ter vindo o grupo francês conhecer
Alcântara e as tratativas que faz Jungmann junto a Visiona e seus sócios
Embraer Defesa e Telebras, para que seus projetos também usem Alcântara como
base de lançamentos.
Considerando todos esses fatos e mais o chamamento do BNDES
para criar linhas de fomento para o CLA e, ainda, o acionamento da Casa Civil
para solucionar os problemas fundiários ainda pendentes, não tenho dúvidas de
que o Centro parece renascer com força.
Esse ministro, amigo, deputado federal do PPS-PE, assumiu
para valer o seu mister e segue um caminho que inicia uma grande janela de
oportunidades para o Maranhão.
Com a consolidação do nosso ITA, que será fundamental em tudo
isso, temos um futuro promissor.
Parabéns, Ministro Jungmann!
Um comentário:
É a refinaria? Espero uma semana inteira, ansioso, por novas da refinaria e nem uma linha.
Abraços!
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