A falta de diálogo
entre os grupos políticos dificulta o entendimento do que é necessário fazer
para que o Brasil possa superar os seus grandes problemas atuais. Sem
entendimento, tudo vira briga política e nesse clima, sem diálogo entre as
partes, com cada grupo tentando se sobrepor ao outro, tudo fica difícil de
resolver. E agora, mais do que nunca, precisamos de entendimento para superar a
crise.
Temer não veio para
ficar, sairá com as eleições de 2018. Não tem e nem poderia ter planos para
ficar anos e anos no governo. Tem que ser encarado assim. Vejam o caso da
França. O país mostra o caminho, surge uma liderança nova, do nada, conciliador,
e vai mostrando o rumo a um país envolto em gravíssimos problemas. Por que não
pode ser assim aqui também? Quem seria, não sei, mas tem muita gente de
talento, nova, capaz de surpreender. Flávio Dino, Welington Silva, governador
do Piauí, são dois, aqui mesmo da região. Como também o prefeito de Porto
Alegre e outros, já experientes como gestores, que poderiam renovar o país.
Exagero? Basta ver a história de Emmanuel Macron na França para não se
surpreender. Quem esperava o ressurgimento daquela nação tão rápido?
Só para ilustrar
nossa falta de entendimento, vamos nos lembrar de Miguel Arraes, mito da
esquerda, fundador do PSB. Digo isso porque, quando Fernando Bezerra, ministro
das Minas e Energia e membro do PSB, anunciou que proporá a venda das ações do
governo na Eletrobrás pulverizadas na Bolsa, mantendo uma Golden Sharing, ou
seja, uma ação nas mãos do governo que impediria qualquer ação da empresa
contraria aos interesses nacionais, foi um escarcéu. Ou seja, bastou esse
anúncio, para que eu ouvisse de membros antigos do PSB, respeitáveis
companheiros, que Miguel Arraes deveria estar se contorcendo no túmulo com essa
notícia.
Só que a história
nos mostra o contrário. Miguel Arraes era de esquerda e não há dúvidas quanto a
isso, mas era um homem experiente, com visão de mundo, com as responsabilidades
de quem teve que governar Pernambuco. Arraes fez exatamente o que Fernando está
fazendo em escalas diferentes.
Primeiro, quando
esteve em pauta a privatização da CHESF
durante o governo Fernando Henrique, em 2000, ele publicou um artigo na
Folha de São Paulo, pode ser achado no Google, em que conclui: “Vender a CHESF
agora pode significar devolver os destinos do Nordeste, que sufocaram a
experiência pioneira do empresário nordestino Delmiro Gouveia, no início do
século. E impor novo bloqueio econômico à região. É contra isso que temos que
lutar”.
E tem mais, como
governador, enviou à Assembleia, no dia 17 de fevereiro de 1998, a autorização
para a privatização da Companhia Energética de Pernambuco - CELPE, e
autorização ao BNDES para, com mandato procuratório em nome do Estado de
Pernambuco, promover a desestatização daquela empresa. Assinam a mensagem o
governador Miguel Arraes e o Secretário da Fazenda Eduardo Campos. Só para
esclarecer, a Eletrobrás valia 67 bilhões em 2002 e 9 bilhões em 2016.
Considerando os reajustes aos dias atuais, verifica-se que ela perdeu 228
bilhões de reais em valor de mercado. E não tem mais capacidade de
investimento!
Porém, quem vai
escutar a verdade, se todos só querem gritar e ter razão?
E agora, Paulo
Câmara, governador de Pernambuco, também do PSB, está vendendo a Copergás,
companhia estatal de gás daquele estado. E aí?
Mudando de assunto,
o governo federal, depois de muita luta, que envolveu a bancada maranhense na
Câmara de Deputados, cedeu e resolveu cobrar imposto de importação sobre a
importação de álcool de milho importado dos EUA, o mesmo que estava entrando
sem cobrança de impostos no Brasil. Isso estava sufocando a indústria nacional,
inclusive a do Maranhão, inclusive ameaçando muitos empregos e incitando o fechando
de usinas aqui. O governo vai cobrar a alíquota de 20 por cento na importação, o
que equilibrará as coisas, mantendo os empregos e a indústria nordestina em
funcionamento.
E, para encerrar, informo
que viajarei nesta terça-feira para a China, integrando a comitiva que
acompanha o presidente Temer. O motivo principal da minha viagem é encontrar
com grandes empresários chineses que querem investir na nossa refinaria e no
polo petroquímico, juntamente com o Irã.
Os indianos, por
motivos outros, não econômicos e nem financeiros, acabaram se retraindo e deverão
ser substituídos por chineses. Os iranianos continuam firmes, desejosos de
fortalecer laços econômicos e comerciais com o Brasil.
E que festa
religiosa (homenagem ao Divino), bonita em Matões! Parabéns ao prefeito
Ferdinando e a família de Rubens Pereira, grandes incentivadores dessa
celebração!
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