Candidatei-me a
deputado federal com um pensamento só: colocar como prioridade do meu trabalho
a iniciativa de trazer para o Maranhão projetos estruturantes tão fortes que pudessem
servir de alavancas poderosas para nosso desenvolvimento econômico e social.
Para que todos
possam entender, na Câmara nós somos 513 deputados federais, não é fácil para
ninguém. A bancada do Maranhão é composta por 18 deputados federais, somos
apenas 3,5 por cento do total de parlamentares dali. Isto é algo que, sem
dúvidas, aumenta a nossa dificuldade, somos poucos. Ali quem pesa são as
maiorias e, para conseguir fazer o que me dispus, contei com o grande número de
amigos que tenho dentro e fora do parlamento e do governo federal. Além disso,
contei também com meu conhecimento de como funciona o poder em Brasília,
conhecimento esse conseguido quando fui ministro e governador e durante as
lutas que travei.
Muita gente é
movida por ideologias - esquerda e direita - e eu tenho a convicção de que o
povo não se interessa por nenhuma ideologia, mas sim por aquilo que lhe permite
alcançar um nível de vida melhor. E estão certos. Muitos criticam alguns votos
meus na Câmara, essas críticas são basicamente ideológicas, mas eu só poderia
conseguir fazer o que já fiz não me deixando dominar por nenhuma ideologia e
sim pelo interesse nacional.
Se eu virasse as
costas para o governo federal, votando sistematicamente contra tudo, como
muitos fizeram, eu não conseguiria fazer nada em benefício do povo maranhense.
Mas, repito, só votei naquilo que acreditei ser melhor para o país.
Contudo, a reforma
da previdência é um caso diferente. Sei que é absolutamente necessária, do
contrário, dentro de pouco tempo não haverá como pagar os aposentados, como já
começa a acontecer em alguns estados. Mas acredito que nesse caso é melhor que
ela seja discutida pelos candidatos com os eleitores na próxima campanha, pois
isso permitirá ao eleito - ao escolhido dessa maneira - aprovar um assunto
polêmico, mas amplamente discutido com os eleitores. Isto aconteceu
recentemente na França, onde o novo presidente, Emmanuel Macron, debateu sobre o
que vai fazer e venceu a disputa com o eleitor conhecendo suas propostas. Portanto,
adquiriu toda a autoridade e legitimidade para aprová-la.
A atual bancada
federal do Maranhão trabalha com uma visão que antes não existia entre nós. Une-se
pelos grandes projetos de interesse do estado e da população. E isso já
permitiu grandes vitórias, como aconteceu na semana passada em Alcântara. Vamos
aos fatos:
Sem grandes
fanfarras, a última terça-feira passou a fazer parte da história do nosso
estado. O palco escolhido foi o Centro de Lançamento de Alcântara e os
protagonistas foram o próprio CLA, o ITA e a Universidade Federal do Maranhão.
Nessa reunião, histórica, assinamos (eu como testemunha) o acordo que define a
cooperação entre as três instituições para o funcionamento do curso de
Engenharia Aeroespacial, o único no Brasil com especialização em centros de
lançamento. Assinaram o documento o Reitor do ITA, Anderson Correa; a reitora
da UFMA, Nair Portela; o Comandante do CLA, Coronel Luciano; o Diretor do
Departamento de Ciência e Tecnologia Aeronáutica, Brigadeiro Amaral.
Por que esse
documento é histórico? Alcântara pode repetir o que aconteceu com São José dos
Campos e se tornar um polo tecnológico e industrial de importância mundial.
Sim, porque Alcântara sediará o Centro Espacial Brasileiro, que será um dos
mais importantes do mundo, devido a sua localização privilegiada para essa
atividade.
Eu falei isso para
o presidente Temer, pois um dos assuntos pendentes é a solução dos problemas
com as comunidades quilombolas. Então esse assunto já tem solução proposta pela
Advocacia Geral da União - AGU, que dirigiu um grupo de trabalho para esse fim.
O documento a ser trabalhado estava na Casa Civil desde 2016 sem andamento. Com
o meu pedido, o documento saiu das gavetas e começa a ser discutido.
Além disso, há uma
outra frente de trabalho que diz respeito ao acordo internacional de
salvaguardas tecnológicas. Este é atualmente conduzido pelo Ministério de
Relações Exteriores.
O CLA, para se
transformar em Centro Espacial, precisa de mais 8.300 hectares já previstos no
Decreto de Utilidade Pública da União, assinado na década de 80. Contudo, para
ser efetivo, precisa resolver a situação de algumas comunidades quilombolas
ainda presentes ali. Isso é muito importante para permitir a criação de mais
três sítios de lançamento na área e passar a comercializar esses espaços para
outros países e empresas. Esses recursos irão cobrir as despesas do Centro e
ajudar a financiar o programa espacial brasileiro, hoje tão carente de
recursos.
A presença de mão
de obra altamente especializada em Alcântara permitirá trazer grande parte dos
laboratórios e dos centros de pesquisa do setor para cá. Na esteira desses
empreendimentos, certamente virá um parque industrial especializado que mudará
Alcântara, mudará o Maranhão e ajudará o desenvolvimento brasileiro em um setor
que movimenta 330 bilhões de dólares por ano.
Por sua importância,
a assinatura do termo de cooperação entre ITA, CLA e UFMA representa um marco
para o desenvolvimento do nosso estado.
O curso se iniciará
no ano que vem e já convidei o governador Flávio Dino para proferir a aula
inaugural, considerando sua inestimável contribuição para esse desenlace.
As demais aulas
serão ministradas em São Luís, Alcântara e em São José dos Campos (nas
dependências do ITA) por pessoal altamente especializado tanto do CLA como da
UFMA e do próprio ITA. Esperamos que o curso seja um dos melhores do mundo!
Pois bem, esse é
resultado do meu trabalho e me orgulho dele. E só poderia fazer isso com o
apoio do governo federal e do governo estadual, o que nunca me faltou.
E não foi só isso: Com
essa forma de proceder, consigo ajudar os prefeitos a atender comunidades, a
trazer obras e recursos para suas cidades e a contribuir diariamente para a
melhoria de vida dos maranhenses.
Citarei um exemplo:
a Avenida Piauí, em Timon, sonho de sua população, que vai mudar a cidade, foi
um trabalho que levou mais de um ano, mas os recursos estão empenhados e as
obras começarão em breve.
Para encerrar,
quero cumprimentar o governador Flávio Dino pelo excelente trabalho que vem
fazendo. Ele atende as expectativas do povo do Maranhão e este certamente quer
vê-lo mais tempo no governo!
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