A questão do emprego é vital para qualquer sociedade. Chegamos a ter
14 milhões de desempregados no auge da crise e, mesmo com todos os atropelos e
incertezas do momento, as medidas já tomadas já mostram que o desemprego parou de
crescer. No último trimestre essa tendência já é de crescimento do emprego,
principalmente neste último mês. Sim, porque foram criados 700 mil postos no
país, um dado extremamente promissor e que sinaliza que, apesar de tudo o que
acontece, o Brasil parece ter saído da recessão. Muitos desses postos foram criados
no setor industrial o que representa melhores, mais qualificados e mais bem
remunerados trabalhadores. Mas ainda são 13 milhões de desempregados...
O Maranhão contribuiu para isso positivamente, foi o segundo maior
saldo positivo na região Nordeste, que é a mais castigada pelo indicador
negativo. O governador Flávio Dino vem contribuindo para isso com muitos
programas nesse sentido: os IEMAS, as Escolas Dignas, um esforço direcionado
que certamente dará mais resultados, como já vem dando. O ministro Mendonça
Filho da Educação vem fazendo um trabalho admirável para dar eficiência ao
sistema de educação do país, enfrentando com competência assuntos já muito
debatidos pelos profissionais, mas que estavam paralisados nas mesas dos
burocratas receosos de enfrentar os problemas. Hoje ele deve estar muito feliz,
pois o Ibope mostrou que, mesmo em um governo com índices de aprovação muito
baixos, a educação se destaca positivamente na avaliação dos brasileiros.
O problema do emprego depende do crescimento econômico, mas não é só
isso. Temos que aproveitar todas as oportunidades que temos para tal. O
ministro da defesa, Raul Jungmann ,na última reunião da Sudene, ocorrida na semana
passada, ao ser perguntado sobre o Centro de Lançamento de Alcântara,
respondeu: “O governador Flávio Dino, esteve lá, logo no início, dizendo que
era essencial, e também ao lado o ex-governador José Reinaldo, então é o
seguinte: se você botar de pé e para funcionar o Centro de Lançamento de
Alcântara, para vocês terem uma ideia, este tem uma capacidade de financiamento
entre um bilhão e duzentos a um bilhão e meio. Eu falava há pouco com o vice-governador
sobre o fato de que, além disso vocês, vão atrair estruturas do programa nacional
do espaço, então não faz sentido você ter aquilo paralisado, porque você tem o
melhor Centro de lançamento do mundo que fica lá, porque é o mais próximo do
Equador, então é isso que a gente quer fazer lá”.
Em outras palavras, o que o ministro disse foi que, se o Centro de
Alcântara se tornar operacional, virão para cá muitos investidores - e empregos
- para usarem o melhor centro de lançamento do mundo, um centro que produz
grandes economias aos lançamentos. Teremos aqui um grande complexo tecnológico e
laboratórios de diversos países. O ITA fará com que haja uma grande
participação de pessoal qualificado daqui mesmo, que, entre outras coisas,
desenvolverão tecnologia nacional para os nossos projetos espaciais a serem
financiados com a exploração comercial do Centro. Esse desenvolvimento
tecnológico dará uma grande contribuição ao nosso desenvolvimento como nação.
Infelizmente o Maranhão ainda não está plenamente consciente disso,
não colocou o Centro como grande prioridade para o nosso estado e nem luta,
como deveria, por ele.
Além disso, outros projetos ao nosso alcance e com grande potencial de
ofertas de empregos são a refinaria e o polo petroquímico. O Brasil precisa
muito de novas refinarias e esse projeto vai equilibrar a produção de derivados
de petróleo, cuja importação já alcança metade do que estamos consumindo. Os
iranianos e os indianos continuam muito interessados nele, interesse que estes mantêm
desde o início das conversações.
Na sexta-feira passada fui procurado pelos investidores iranianos.
Estes, direto de Teerã, disseram estar muito preocupados, pois o Brasil não
estava mandando uma representação de primeiro escalão para a posse do novo
presidente, a ocorrer no dia 5 de agosto. A decisão do governo era de mandar um
representante diplomático de alto escalão do Itamaraty, mas esse pormenor poderia
criar incompreensões na cúpula iraniana e prejudicar um assunto que está bem
conduzido lá. Os empresários me pediram que alertasse o presidente Temer para o
assunto e que ele mandasse alguém do primeiro escalão do governo, como
esperavam os iranianos. Com a ajuda de Rodrigo Maia, consegui que o presidente
Temer enviasse o Ministro do Planejamento para chefiar a representação
brasileira, dando uma relevância política maior à representação do país. O projeto
da refinaria é o maior investimento do Irã no exterior.
Para finalizar, espero que o nosso ITA comece a funcionar logo. Confio
na UFMA para acelerar as providências, a fim de as aulas possam iniciar. Temos
que materializar o nosso curso de Engenharia Aeroespacial. Ele é fundamental em
tudo isso!
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