sábado, 23 de janeiro de 2010

O Maranhão Precisa Voltar aos Trilhos do Progresso - 3

Reproduzo abaixo artigo do Professor José Lemos:

O MARANHÃO PRECISA VOLTAR AOS TRILHOS DO PROGRESSO - 3

Na semana passada, Lula (quem diria?!) esteve em São Luis para lançar a ‘pedra fundamental’ da refinaria do Maranhão. Obviamente que se tratou de ação de faz de conta, tendo em vista que quando, e se a refinaria for implantada, terão decorridos ao menos 15 anos. Portanto, aquele foi mais um ato de enganação aos incautos. Lastimável que o operário que se mostrava combativo e merecedor da nossa confiança e da hostilidade dos atuais “companheiros” no passado se preste a um ato como este no presente.

Existem obstáculos tecnicos e econômicos que precisam ser superados para que a refinaria saia da “pedra fundamental”. A sua efetivação está atrelada à viabilidade da extração de petróleo nas camadas do pré-sal. Não existe no momento, e ainda vai demorar a surgir, tecnologia de perfuração que seja capaz de extrair com segurança o petróleo em níveis tão profundos. Além disso, a extração apenas se viabilizará economicamente, se o preço do barril de petróleo ultrapassar e se mantiver acima de US$90,00.

Óbvio que sempre será desejável a vinda de grandes empreendimentos para o nosso sofrido Maranhão. Mas não caberia a um Presidente da Republica tentar fazer entender que o projeto acontecerá depois de amanhã, como num passe de mágica. Sobretudo num local onde existem carências de toda ordem e que as pessoas se apegam a qualquer fio de esperança. A frustração nesses casos serão maiores. Vide o engodo do “pólo de confecções de Rosário” que FHC caiu no equivoco de “inaugurar a pedra fundamental”.

Quando, e se a refinaria sair, terá transcorrido mais uma geração de pobres no Maranhão, caso o Estado continue sendo tocado por “mercadores de ilusões”. Sorte terão os que sobreviverem, embora sem um mínimo de dignidade. Será que aqueles que têm responsabilidades de governar não pensam nisso? Será que as ambições imediatas de poder lhes deixam cegos, surdos e insensíveis? Não lhes causa mal-estar vender falsas ilusões para quem se equilibra em fio de navalha para sobreviver? Que motivações moverão alguém com a trajetória do Lula para emprestar o seu prestigio e carisma para algo assim?

Um detalhe que também não foi devidamente esclarecido para os esperançosos maranhenses que acreditaram naquela encenação. Essas atividades requerem trabalhadores altamente especializados e em quantidade não tão relevante, para as carências do Maranhão. A mão de obra de baixa qualificação terá ocupação secundária, tanto de um ponto de vista da qualidade do serviço que executará, como da renda que irá auferir. Portanto, um projeto como esse, mesmo sendo importante, não será penácea.

Em níveis de pobreza como as que experimentam boa parte dos maranhenses, há que ser implantadas urgentemente ações de curto e de médio prazo. Precisa-se incrementar a escolaridade média dos maranhenses dos atuais 6,2 anos para oito (8) ou nove (9) anos até 2015. Isto é possível, tendo em vista que entre os anos de 2002 e 2008 o Maranhão apresentou uma das maiores taxas de aceleração da escolaridade média no Brasil.

Como o Maranhão é privilegiado por possuir praticamente todos os biomas que prevalecem no Brasil, poderá tirar vantagem disso incentivando a produção agro-pastoril. O Estado pode produzir agro-energeticos com agricultores familiares, que são bem mais promissores de um ponto de vista ambiental e geram emprego e renda em curto e médio prazos. No semi-árido maranhense, onde sobrevivem 1,4 milhões de conterrâneos, podem ser incentivadas culturas como a do caju, utilizando o cultivar “anão-precoce”. O Maranhão pode se ombrear ao Ceará como grande exportador de castanhas. A tecnologia existe, basta requisitar, treinar e remunerar bem um corpo técnico competente que o Estado já dispõe.

A Baixada maranhense pode ser um celeiro produtor de pescado, patos e mel. Também pode ser grande produtora de juçara, cupuaçu e de outras frutas tropicais. A Baixada junto com o semi-árido são as microrregiões mais pobres do Estado.

Ações assim, não vendem ilusões e, de fato, se constituem em importantes mitigadoras de pobreza, recuperam áreas degradadas, auto-estima e dignidade. Criam os alicerces para o desenvolvimento virtuoso e sustentável e sustentado do Estado, inclusive preparando-o para receber refinarias e outros investimentos de e no longo prazo.

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José Lemos é Engenheiro Agrônomo. Professor Associado na Universidade Federal do Ceará. lemos@ufc.br. Sítio Eletrônico: www.lemos.pro.br

2 comentários:

Manuel L. Parreão Filho disse...

Parabéns! Ótima Matéria!

Caro José Reinaldo Tavares, confiamos no povo maranhense, confiamos nas pessoas que fazem parte da “Oposição” a este grupo que, a cada ano, empurra o nosso Estado para a vala do subdesenvolvimento.

Mas, como política às vezes não tem lógica, alguns comportamentos desta “Oposição” me deixa muito confuso. Senão vejamos:

Pois bem, todos sabemos que você foi um homem de coragem, homem de personalidade, teve a ousadia de romper com o atraso; que o seu governo foi boicotado e bombardeado por esse grupo que teima se perpetuar no poder. Lula, por sua vez, a mando deste mesmo grupo, não pisou os pés aqui, além de não fazer esforço algum para ajudar esse pobre e miserável Estado; virou as costas para você, na condição de governador, e, conseqüentemente, para o Maranhão, e, no entanto, você estava sempre defendendo ele (Lula) e a bandeira do seu governo. Em nenhum momento você se mostrava descontente com tal comportamento ou esboçava qualquer reação.

Com Jackson Lago e seu governo, aconteceu justamente a mesma coisa e, portanto, o comportamento dele seguia - a risca - ao seu: defendendo o governo Lula e justificando que o Presidente em nome da governabilidade era obrigado a fazer uma tal coalizão, convergindo o máximo de partidos, assim como deputados e senadores - dentre eles o famigerado José Sarney - para ter uma base de sustentação.

Bem, entendo que política deve ser praticada de forma inteligente, mas, principalmente, é indispensável coerência. O que Lula fez foi esquecer dos partidos – principalmente o PT - e das pessoas que tinham uma história de luta em favor do Brasil e em especial do Maranhão. O feito de Lula foi em desfavor dos maranhenses, ou seja, fortaleceu quem ele sempre combatia: Sarney e seu grupo.

Lula há pouco tempo já admitiu que vai apoiar no Maranhão quem tem força, quem tem poder e etc. A “Oposição” de nosso Estado apoiando Dilma não estará fortalecendo indiretamente Sarney e Roseana? Dilma na condição de presidente não seria a continuação e ampliação do poder de Sarney? Lula, caso a “Oposição” apóie para Presidente sua candidata, não subirá em palanque onde esteja José Reinaldo, Jackson, Edson Vidigal e outros. Sabe por que? O Sarney não deixará. Então fica a pergunta: qual seria a justificativa convincente para apoiar para Presidente a Srª Dilma? Seria a popularidade de Lula? Caso seja, estão fazendo política com oportunismo, sem ideologia e, pior, sem coerência.

Não seria hora da oposição mudar de estratégia, procurar outra via, outro caminho? Qual seria a maneira para acabar a força de Sarney? Não seria enfraquecer Lula? Por que morrer de amores por Lula se ele não retribui, nem sequer esboça reciprocidade, não dá uma contrapartida?

É inegável que, para Lula, o Maranhão é insignificante, assim como a “Oposição”. Lula não quer outra coisa senão perpetuar-se no poder. O que ele pretende mesmo é ser ditador. Para isto ele já provou que fará qualquer coisa. Tentou, através de seus subservientes, mudar a Constituição para se reeleger. Não deu certo. Vez por outra, tenta amordaçar a imprensa. Outro exemplo é O Plano Nacional de Direitos Humanos editado recentemente por ele. Lula é um político de várias caras, um verdadeiro camaleão: muda de cor de acordo com a conveniência. Lula, esquerdista convicto, para ser eleito, abrandou o discurso – mesmo a contra-gosto. Chegou ao poder e aderiu – para o bem do Brasil – e continuou com a política econômica de FHC - embora não sendo coerente as suas convicções. Na diplomacia, mostra sua cara conservando o ranço esquerdista, dando apóio e logística para os maiores crápulas da política latino-americana como: Hugo Chaves, Evo Morales, Manuel Zelaia, Fidel e Raul Castro, além do presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad.

O Brasil precisa – urgentemente - se livrar de Lula e José Sarney. Sem este, o Maranhão teria chance de sair da miséria. Sem aquele, o Brasil teria tudo para entrar na rota do desenvolvimento.

zé de beto disse...

Olá caro amigo josé reinaldo eu trabalho com o ex deputado federal dr.antonio joaquim de codó e em uma de nossas viagens pude ver o quanto o senhor é querido ainda,uma senhora de um povoado de governador archer ali na estrada quem vai para gonçalves dias quando nois chegamos na casa dela se emocionou ao ver o ex deputado e o que ela mais falava era no seu nome e disse q um dia ainda ia voltar te abraçar...continue assim governador um grande abraço....