Brasil desperdiça a energia dos ventos: empresário pede empenho do governo para deslanchar projetos (Ricardo Rego Monteiro)
O Brasil é um dos únicos países do mundo com um regime de ventos capaz de gerar energia 24 horas por dia, durante 365 dias do ano. Mesmo assim, o país mantém, em pleno século 21, um parque eólico limitado a 237 megawatts (MW). Somente a título de comparação, nações como Alemanha, Espanha e Dinamarca dispõem de potência instalada acima de 10 mil e até 20 mil MW a partir da energia dos ventos. Embora programas oficiais como o Proinfa tenham previsto a instalação de 1.400 MW dessa matriz até o fim deste ano, uma conjugação de fatores, que inclui dificuldades de conexão à rede e metas irrealistas de conteúdo nacional, mantêm a energia eólica com participação irrisória na matriz energética brasileira.
Para se ter dimensão do desperdício brasileiro, o regime de ventos da Europa permite o acionamento das turbinas duas vezes por dia, pela manhã e à tarde. Tal limitação não impediu o continente de dispor de três países no clube dos cinco maiores produtores mundiais de energia eólica – Alemanha, com uma potência instalada de 20.622 MW; Espanha (11.615 MW); e Dinamarca (3.136 MW). Mesmo a Índia, que também fez o dever de casa, dispõe hoje de uma capacidade instalada de 6.270 MW, o suficiente para assegurar a condição de quarto maior produtor mundial.
Um dos grandes obstáculos para o desenvolvimento da matriz eólica no Brasil é a extensão territorial do país. Como o maior potencial encontra-se no litoral das regiões Nordeste e Sudeste, a implantação de parques eólicos precisa vir acompanhada de grandes investimentos em transmissão. Na maioria dos casos, os centros geradores localizam-se a distâncias entre 500 quilômetros e 1.000 quilômetros da região Sudeste, o principal mercado consumidor.
"O problema é que o governo não investe na instalação de novas linhas que permitam a conexão das usinas ao sistema", reclama o diretor executivo da subsidiária brasileira da espanhola Iberdrola Renováveis, Hernan Saavedra Herrera, que há sete anos tenta, sem sucesso, instalar 2 mil MW de energia eólica no Brasil. "Por que o governo trabalha na licitação de linhas de transmissão para conectar as futuras usinas de bagaço de cana-de-açúcar, e não discute o mesmo para os projetos eólicos?"
A medida, de acordo com Herrera, permitiria redução do custo dos projetos. Caras por natureza, no início, as turbinas eólicas demandam quase sempre subsídios ou medidas de estímulo governamental para tornarem-se economicamente viáveis. Foi assim nos países que hoje dispõem de maior potência instalada no mundo, e deve ser assim no Brasil.
Comentário do Blog: Hoje tive uma reunião com membros importantes do governo do Maranhão e vi, com satisfação, que o governo esta se mexendo na direção certa. O Maranhão deve recuperar a distância em que estávamos em relação a outros estados do nordeste em poucos anos. É uma ótima chance para o ministro de Minas e Energia, maranhense, ser útil a sua terra natal.
O Maranhão está entre os estados que apresentam as melhores condições naturais para a produção de energia eólica no Brasil. E pode ganhar muito com isso. Mas, como se vê na noticia do Jornal do Brasil, é preciso que os governadores e as bancadas parlamentares da região pressionem o governo federal, para que garanta as condições necessárias ao retorno dos investimentos em energia eólica que deverão vir, prioritariamente, do setor privado.
Muitos empregos e grande desenvolvimento sustentado para o Maranhão, o nordeste e o Brasil, virão com a viabilidade desses investimentos, algo que precisamos muito. Além de ser energia limpa, que ajudará muito na luta contra o aquecimento global, interesse de toda a humanidade.
Para se ter dimensão do desperdício brasileiro, o regime de ventos da Europa permite o acionamento das turbinas duas vezes por dia, pela manhã e à tarde. Tal limitação não impediu o continente de dispor de três países no clube dos cinco maiores produtores mundiais de energia eólica – Alemanha, com uma potência instalada de 20.622 MW; Espanha (11.615 MW); e Dinamarca (3.136 MW). Mesmo a Índia, que também fez o dever de casa, dispõe hoje de uma capacidade instalada de 6.270 MW, o suficiente para assegurar a condição de quarto maior produtor mundial.
Um dos grandes obstáculos para o desenvolvimento da matriz eólica no Brasil é a extensão territorial do país. Como o maior potencial encontra-se no litoral das regiões Nordeste e Sudeste, a implantação de parques eólicos precisa vir acompanhada de grandes investimentos em transmissão. Na maioria dos casos, os centros geradores localizam-se a distâncias entre 500 quilômetros e 1.000 quilômetros da região Sudeste, o principal mercado consumidor.
"O problema é que o governo não investe na instalação de novas linhas que permitam a conexão das usinas ao sistema", reclama o diretor executivo da subsidiária brasileira da espanhola Iberdrola Renováveis, Hernan Saavedra Herrera, que há sete anos tenta, sem sucesso, instalar 2 mil MW de energia eólica no Brasil. "Por que o governo trabalha na licitação de linhas de transmissão para conectar as futuras usinas de bagaço de cana-de-açúcar, e não discute o mesmo para os projetos eólicos?"
A medida, de acordo com Herrera, permitiria redução do custo dos projetos. Caras por natureza, no início, as turbinas eólicas demandam quase sempre subsídios ou medidas de estímulo governamental para tornarem-se economicamente viáveis. Foi assim nos países que hoje dispõem de maior potência instalada no mundo, e deve ser assim no Brasil.
Comentário do Blog: Hoje tive uma reunião com membros importantes do governo do Maranhão e vi, com satisfação, que o governo esta se mexendo na direção certa. O Maranhão deve recuperar a distância em que estávamos em relação a outros estados do nordeste em poucos anos. É uma ótima chance para o ministro de Minas e Energia, maranhense, ser útil a sua terra natal.
O Maranhão está entre os estados que apresentam as melhores condições naturais para a produção de energia eólica no Brasil. E pode ganhar muito com isso. Mas, como se vê na noticia do Jornal do Brasil, é preciso que os governadores e as bancadas parlamentares da região pressionem o governo federal, para que garanta as condições necessárias ao retorno dos investimentos em energia eólica que deverão vir, prioritariamente, do setor privado.
Muitos empregos e grande desenvolvimento sustentado para o Maranhão, o nordeste e o Brasil, virão com a viabilidade desses investimentos, algo que precisamos muito. Além de ser energia limpa, que ajudará muito na luta contra o aquecimento global, interesse de toda a humanidade.
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