Não sei como Roseana Sarney, filha de um presidente da República que governou por 5 anos o país e, ela mesma, governadora do estado por quase 8 anos, pode se dar ao desplante de fazer, na tribuna do Senado, um discurso escrito, portanto de caso pensado, como o que ela fez para um plenário vazio na semana passada.
Como analisar uma coisa assim? O discurso tinha como tema, “Maranhão, terra das oportunidades perdidas”. Logo ela, filha mais importante de uma família que mandou e desmandou no estado por 40 anos!
Uma coisa é certa. Só no Senado ela poderia fazer tal discurso, pois o Maranhão não possui um Senador para fazer o contraponto ao que dizem os Sarney. Na Câmara, ou em sessão do Congresso, onde ela posa de líder do governo, Roseana jamais se ariscaria em tal empreitada porque seria desmoralizada de pronto.
O seu pai, José Sarney, quando exerceu a presidência, uma oportunidade imperdível para qualquer político que realmente amasse seu estado, jamais fez qualquer esforço para trazer para cá qualquer empreendimento industrial de vital importância para o desenvolvimento do Maranhão, embora nosso estado apresente condições inigualáveis para a siderurgia e para refinarias.
No governo Cafeteira, houve uma tentativa de trazer uma usina siderúrgica. Sarney era o presidente da República e os diretores da Usimar(Usina Siderúrgica do Maranhão) acharam que nada os poderia impedir de concretizar essa grande vitoria para o estado.Mas o presidente, contrariando todas as expectativas, ao invés de ajudar, resolveu acabar com o sonho, pelo simples motivo de que o então governador Cafeteira ser antigo desafeto. A diretoria da Usimar estava na Itália para assinar os contratos com empresários italianos, e um enviado do presidente chegou de repente, com a missão de abortar as assinaturas, o que foi feito sem muito trabalho. Afinal era o presidente da República que mandava dizer que o governo federal não tinha interesse na siderúrgica. Um dos diretores, inconformado, pegou o avião e foi direto falar com o presidente, achando que ele tinha sido traído por uma pessoa importante do governo. Mal abriu a boca reclamando, quando foi interrompido pelo presidente, dizendo que o enviado era um patrimônio do país e que ele devia respeitar tal figura. O diretor compreendeu quem estava por trás da missão...
Na verdade, não lutou para trazer nada para cá. Nem montadora de automóveis, nem grandes indústrias, grandes instituições de ensino, complexos petroquímicos, centros de informática, nada que realmente mudasse o quadro de pobreza instalado no estado.
Poderia ter trazido se quisesse? Claro, o presidente Lula acabou de mostrar como se faz. Mandou instalar uma siderúrgica no Pará para dar uma força a governadora do PT e uma refinaria, a maior do país, em Pernambuco, sua terra natal. Era ele que deveria ter nascido aqui...
Depois, continuando sua obra implacável, Sarney impediu que a Vale trouxesse, junto com a Baosteel, uma grande usina siderúrgica para o estado, no meu governo. Já estava tudo assinado quando Sarney entrou na jogada. Técnicos da Vale avisaram que, infelizmente, a usina só poderia vir para o Maranhão quando Roseana estivesse no governo. Acima de tudo, uma grande baixaria e mesquinharia. E Roseana, pela sua importância familiar, a tudo acompanhava e anuía.
E Roseana, quando foi Governadora, o que trouxe? Mesmo detendo muita força no governo federal, com irmão ministro de estado, não fez nenhuma tentativa para trazer a siderúrgica, nem a refinaria, nem tratou de trazer seriamente nenhuma grande empresa. E ela passou quase 8 anos no governo! E estava, "nem aí, seu Souza" - parafraseando nossa gente - para o esforço dos governadores do nordeste em trazer o gasoduto, o que ajudaria na atração de empresas pesadas para o estado. O gasoduto parou no Ceará.
As duas fábricas que tentou trazer, a de confecções de Rosário e a “outra” Usimar, esta de fundição, acabaram em grandes escândalos, com processos ainda em andamento, pessoas inocentes endividadas e muito dinheiro público torrado misteriosamente. Uma verdadeira calamidade. E nunca funcionaram. De Rosário, sobraram os galpões e gente humilde endividada. Da Usimar, um calçadão que custou R$ 40 milhões... Um fenômeno!
Isso sem falar no caso da Bunge, que, por não aceitar sócios indesejados, foi para o Piauí. E assim o fizeram outras empresas que pensaram em vir para o Maranhão naquela época. As que vieram, chegaram pagando pedágio. O que ficou do seu governo para dar motivos para o discurso de Roseana? Ficou um estado falido, sem equilíbrio fiscal, endividado (paga-se quase R$ 60 milhões por mês) e vendas pouco transparentes, de patrimônio do estado, como a Cemar, parte da Telma, aviões e a venda surrealista do Banco do Estado do Maranhão. (o governo tomou R$ 333 milhões para preparar o Banco para a venda e, no final, o Banco foi vendido por R$ 78 milhões). E ela ainda se acha no direito de ler um discurso desses!
E a falta de ensino médio, do pior IDH do Brasil, da maior taxa de analfabetismo, da maior percentagem de excluídos, da menor renda per capita do Brasil etc. Tudo muito atrativo para empresários... Herança dos governos de Roseana.
Quem não acredita no empenho da família para não deixar vir benefícios para o estado, basta lembrar do episódio patético - e explícito - da tentativa de impedir no Senado, sempre o Senado, de empréstimo do Banco Mundial de US$ 30 milhões para combate a pobreza. Naquela ocasião, eles tiveram que mostrar a cara e, afinal, fracassaram na infame tentativa.
Na revista Dinheiro Rural, que está nas bancas, há uma matéria muito positiva para o Maranhão. O título é “Maranhão - o Eldorado da Soja”. Diz assim: “O Estado atrai uma grande esmagadora, a ABC Inco e ao lado do Piauí e Tocantins, abre uma das mais promissoras fronteiras agrícolas do País”. Menos de um ano instalada, ela compra 35% da safra dos três estados, que já produzem 10% da soja brasileira. Foi um investimento de R$130 milhões. Esse importante empreendimento veio no meu governo, Roseana.
E sabe o que disse o Presidente da empresa no dia de sua inauguração na presença de todos? Que quando veio falar comigo pela primeira vez, ele veio com medo porque a fama do estado era de que os governantes exigiam indicar sócios, sem capital, nos empreendimentos autorizados. E que ele suspirou de alívio quando só pedimos a ele que desse muitos empregos e trouxesse o desenvolvimento para o estado. A empresa, imponente, fica no Distrito Industrial, que criamos com o Deoclídes Macedo (parabéns, amigo!), em Porto Franco. E eles estão anunciando, ainda neste ano uma refinaria de óleo, acoplada à unidade do Maranhão, e um terminal portuário no porto do Itaqui.
Poupe-nos, Roseana!
Uma coisa é certa. Só no Senado ela poderia fazer tal discurso, pois o Maranhão não possui um Senador para fazer o contraponto ao que dizem os Sarney. Na Câmara, ou em sessão do Congresso, onde ela posa de líder do governo, Roseana jamais se ariscaria em tal empreitada porque seria desmoralizada de pronto.
O seu pai, José Sarney, quando exerceu a presidência, uma oportunidade imperdível para qualquer político que realmente amasse seu estado, jamais fez qualquer esforço para trazer para cá qualquer empreendimento industrial de vital importância para o desenvolvimento do Maranhão, embora nosso estado apresente condições inigualáveis para a siderurgia e para refinarias.
No governo Cafeteira, houve uma tentativa de trazer uma usina siderúrgica. Sarney era o presidente da República e os diretores da Usimar(Usina Siderúrgica do Maranhão) acharam que nada os poderia impedir de concretizar essa grande vitoria para o estado.Mas o presidente, contrariando todas as expectativas, ao invés de ajudar, resolveu acabar com o sonho, pelo simples motivo de que o então governador Cafeteira ser antigo desafeto. A diretoria da Usimar estava na Itália para assinar os contratos com empresários italianos, e um enviado do presidente chegou de repente, com a missão de abortar as assinaturas, o que foi feito sem muito trabalho. Afinal era o presidente da República que mandava dizer que o governo federal não tinha interesse na siderúrgica. Um dos diretores, inconformado, pegou o avião e foi direto falar com o presidente, achando que ele tinha sido traído por uma pessoa importante do governo. Mal abriu a boca reclamando, quando foi interrompido pelo presidente, dizendo que o enviado era um patrimônio do país e que ele devia respeitar tal figura. O diretor compreendeu quem estava por trás da missão...
Na verdade, não lutou para trazer nada para cá. Nem montadora de automóveis, nem grandes indústrias, grandes instituições de ensino, complexos petroquímicos, centros de informática, nada que realmente mudasse o quadro de pobreza instalado no estado.
Poderia ter trazido se quisesse? Claro, o presidente Lula acabou de mostrar como se faz. Mandou instalar uma siderúrgica no Pará para dar uma força a governadora do PT e uma refinaria, a maior do país, em Pernambuco, sua terra natal. Era ele que deveria ter nascido aqui...
Depois, continuando sua obra implacável, Sarney impediu que a Vale trouxesse, junto com a Baosteel, uma grande usina siderúrgica para o estado, no meu governo. Já estava tudo assinado quando Sarney entrou na jogada. Técnicos da Vale avisaram que, infelizmente, a usina só poderia vir para o Maranhão quando Roseana estivesse no governo. Acima de tudo, uma grande baixaria e mesquinharia. E Roseana, pela sua importância familiar, a tudo acompanhava e anuía.
E Roseana, quando foi Governadora, o que trouxe? Mesmo detendo muita força no governo federal, com irmão ministro de estado, não fez nenhuma tentativa para trazer a siderúrgica, nem a refinaria, nem tratou de trazer seriamente nenhuma grande empresa. E ela passou quase 8 anos no governo! E estava, "nem aí, seu Souza" - parafraseando nossa gente - para o esforço dos governadores do nordeste em trazer o gasoduto, o que ajudaria na atração de empresas pesadas para o estado. O gasoduto parou no Ceará.
As duas fábricas que tentou trazer, a de confecções de Rosário e a “outra” Usimar, esta de fundição, acabaram em grandes escândalos, com processos ainda em andamento, pessoas inocentes endividadas e muito dinheiro público torrado misteriosamente. Uma verdadeira calamidade. E nunca funcionaram. De Rosário, sobraram os galpões e gente humilde endividada. Da Usimar, um calçadão que custou R$ 40 milhões... Um fenômeno!
Isso sem falar no caso da Bunge, que, por não aceitar sócios indesejados, foi para o Piauí. E assim o fizeram outras empresas que pensaram em vir para o Maranhão naquela época. As que vieram, chegaram pagando pedágio. O que ficou do seu governo para dar motivos para o discurso de Roseana? Ficou um estado falido, sem equilíbrio fiscal, endividado (paga-se quase R$ 60 milhões por mês) e vendas pouco transparentes, de patrimônio do estado, como a Cemar, parte da Telma, aviões e a venda surrealista do Banco do Estado do Maranhão. (o governo tomou R$ 333 milhões para preparar o Banco para a venda e, no final, o Banco foi vendido por R$ 78 milhões). E ela ainda se acha no direito de ler um discurso desses!
E a falta de ensino médio, do pior IDH do Brasil, da maior taxa de analfabetismo, da maior percentagem de excluídos, da menor renda per capita do Brasil etc. Tudo muito atrativo para empresários... Herança dos governos de Roseana.
Quem não acredita no empenho da família para não deixar vir benefícios para o estado, basta lembrar do episódio patético - e explícito - da tentativa de impedir no Senado, sempre o Senado, de empréstimo do Banco Mundial de US$ 30 milhões para combate a pobreza. Naquela ocasião, eles tiveram que mostrar a cara e, afinal, fracassaram na infame tentativa.
Na revista Dinheiro Rural, que está nas bancas, há uma matéria muito positiva para o Maranhão. O título é “Maranhão - o Eldorado da Soja”. Diz assim: “O Estado atrai uma grande esmagadora, a ABC Inco e ao lado do Piauí e Tocantins, abre uma das mais promissoras fronteiras agrícolas do País”. Menos de um ano instalada, ela compra 35% da safra dos três estados, que já produzem 10% da soja brasileira. Foi um investimento de R$130 milhões. Esse importante empreendimento veio no meu governo, Roseana.
E sabe o que disse o Presidente da empresa no dia de sua inauguração na presença de todos? Que quando veio falar comigo pela primeira vez, ele veio com medo porque a fama do estado era de que os governantes exigiam indicar sócios, sem capital, nos empreendimentos autorizados. E que ele suspirou de alívio quando só pedimos a ele que desse muitos empregos e trouxesse o desenvolvimento para o estado. A empresa, imponente, fica no Distrito Industrial, que criamos com o Deoclídes Macedo (parabéns, amigo!), em Porto Franco. E eles estão anunciando, ainda neste ano uma refinaria de óleo, acoplada à unidade do Maranhão, e um terminal portuário no porto do Itaqui.
Poupe-nos, Roseana!
5 comentários:
Governador,
Somente uma pessoa com o seu equilíbrio, e do alto dos seus conhecimentos, pode botar a limpo a estória da oligarquia.
Parabéns pelos esclarecimentos.Aos poucos a onda se agicanta para levar de vez em 2008, o resto que sobrou.
Deus lhe proteja.
Olinto
DEU NO BLOG DE O IMPARCIAL:
TROMBOSE NA PERNA DIREITA ADIA VOLTA DE EVANGELISTA AO MARANHÃO E AO COMANDO DA ASSEMBLÉIA.
Trombose adia volta de Evangelista a São Luís
O retorno do presidente da Assembléia Legislativa, deputado João Evangelista (PSDB), marcado para amanhã, foi transferido para a próxima terça-feira.
Médicos detectaram ontem à noite uma trombose venosa profunda (formação de coágulo sangüíneo) na veia periférica da perna direita do parlamentar. Um tratamento com anti-coagulante foi iniciado imediatamente.
Os médicos Fernando Maluf e Ciro Eduardo, que haviam autorizado a alta médica de Evangelista, por preucação, pediram a permanência dele em São Paulo até que o tratamento da trombose seja concluído. “Devido ao risco de embolia pulmonar nesta fase inicial principalmente em situações de despressurização, como em cabine de aeronaves, solicitamos que o paciente permaneça em São Paulo por mais alguns dias”, diz o boletim.
Afirmaram ainda que o tratamento pós-cirúrgico foi concluído com êxito.
Evangelista está em São Paulo onde recupera-se de uma cirugia no cérebro feita no final de janeiro passado. Sua volta estava marcada para esta quarta-feira. Ele chegaria e daria uma entrevista coletiva no aeroporto. Reassumiria os trabalhos na Assembléia no dia 2de março.
A licença médica de Evangelista terminará no próximo dia 3 de abril e ele deverá retornar às atividades a partir do dia 4.
(Com informações da Agência Assembléia)
http://oimparcial.wordpress.com/2008/03/25/trombose-adia-volta-de-evangelista-a-sao-luis/
NÃO SEI COMO ESSA ROSEANA NÃO TEM VERGONHA NA CARA DE SUBIR NUMA TRIBUNA DE UM SENADO FEDERAL E FALAR TANTA BESTEIRA,ELA SE ATACOU POR TABELA,POIS ELA E SEU PAI SÃO OS GRANDES CULPADOS PELO NÃO DESENVOLVIMENTO DO MARANHÃO...É MUITA CARA DE PAU DE UMA SENADORA QUE QUANDO FOI GOVERNADORA DO MARANHÃO NÃO FEZ "NADA".
ESSA SENADORA,NA ELEIÇÃO DE 2010 ESTARÁ COM CERTEZA LIQUIDADA,NÃO SOBREVIVERÁ...UM "FELIZ" FIM PARA TODOS NÓS MARANHENSES.
Governador
Parabens ;
A verdade tem que ser dita.
Lembrando que no seu Governo houve aimplantação da Refinaria de Biodiesel do Itaqui, hoje uma das maiores do Brasil.
Desejo tudo de bom
Paulo Mury
Parabéns pelo seu artigo. Aliás, pelos seus artigos, que são, sem sombra de dúvidas, os melhores publicados no mesmo espaço pelo JP. Você não se perde em parábolas e nem divaga sobre a política nacional. Enfrenta com coragem os Sarneys, ficando claro que não deixa portas nem janelas abertas para pactos ou acordos com nenhum deles, que nunca quizeram o crescimento do Maranhão.
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