Ao se acreditar no que escreveu o prefeito do Rio, Cesar Maia, em seu ex-blog, quando disse que a popularidade de Lula hoje decorre da boa fase da economia e principalmente do acesso das camadas de menor renda ao crédito, coisa que nunca havia acontecido antes, e não mais da Bolsa Família, que, consolidando-se, já se incorporou ao dia a dia das pessoas, isto então permite-nos pensar que esse ciclo pode estar chegando ao fim.
Em todos os jornais de sábado, lia-se que o governo iria intervir na oferta de crédito, restringindo prazos de financiamento tentando conter a sua imensa demanda.
Talvez esteja acabando a principal causa da expansão acelerada da indústria automobilística, que já nos coloca como sexto produtor mundial de veículos. Isso se daria principalmente reduzindo o prazo dos financiamentos que hoje pode chegar a 99 meses e, segundo revela o ministro do Planejamento Guido Mantega, seria reduzido para no máximo 36 meses. Com medidas de contenção de crédito, a Fazenda pretende desacelerar o consumo e, assim, evitar uma elevação da taxa de juros, que é medida cogitada pelo Banco Central para ser adotada em abril. Quer a instituição, assim, evitar que a pressão da demanda venha acelerar a taxa de inflação. A Fazenda trabalha com um dado que é considerado insustentável de que o aumento da demanda das famílias já cresce a 7% ao ano. Esse patamar de crescimento pode comprometer um crescimento econômico sem inflação nos próximos anos.
Por enquanto, o otimismo nas empresas está em alta. Marcas como Cônsul, Brastemp, Coca Cola, Havaianas, Aiko e muitas outras contam que as vendas são puxadas pelo consumo das classes C, D e até mesmo da classe E.
E mais importante para Lula, o crescimento no Nordeste - onde o consumo era muito baixo - é, hoje, no mínimo, o dobro do Sul e do Sudeste, informam as empresas.
Surge então o dilema cruel para o governo: o consumo em alta pode mitigar o impacto da crise externa, mas o aumento do consumo assusta, pois pode levar à inflação.
Portanto, a economia, sempre ela, pode acabar a lua de mel de Lula com os brasileiros.
Um comentário:
Ministro nega recurso à TV Mirante condenada a pagamento de multa por propaganda eleitoral feita em blog
24 de março de 2008 - 18h30 Ver Arquivos
O ministro Marcelo Ribeiro (foto), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou seguimento ao recurso (Respe 27743) ajuizado pela empresa Televisão Mirante contra decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) que condenou a emissora ao pagamento de multa fixada no valor de R$ 21.282,00 por propaganda eleitoral irregular.
A empresa e o jornalista Décio Sá foram acusados de veicular no blog de Décio, que é hospedado pelo site da emissora, propaganda política favorável à candidatura de Roseana Sarney (PMDB) ao governo do Maranhão. A Representação foi feita pelo candidato a govenador do Estado nas eleições 2006 Aderson de Carvalho Lago Filho (PSDB).
No recurso, a TV Mirante sustenta que o boletim veiculado na Internet era de responsabilidade de seu autor, Décio Sá, não podendo ser transferida essa condição pelo fato de o blog ser acessado por meio do site da emissora. Em seus argumentos, a emissora informa que o blog identifica claramente o jornalista autor do escrito, o que demonstra que se trata de uma seção específica, que reflete apenas a opinião do autor do escrito e não do veículo de comunicação.
Para o ministro Marcelo Ribeiro, a questão já foi adequadamente examinada pelo Tribunal Regional. O ministro salienta que o TSE já firmou entendimento de que as mesmas regras aplicadas ao rádio e à televisão devam ser observadas pelas emissoras em seus sites.
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