Estadão: Banco Central (BC), mas essa não foi a pior notícia econômica da semana. Os últimos números divulgados não permitem a menor dúvida: a onda de aumento de preços é cada vez mais forte e atinge um conjunto crescente de bens e serviços. O custo de vida volta a subir com rapidez, e a inflação, mantido o rumo atual, passará bem acima do centro da meta, fixado em 4,5%. Nos 12 meses terminados em maio, chegou a 5,88% o aumento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como referência para a política oficial. Os empresários protestaram contra a última elevação de juros e continuarão protestando nos próximos meses. Só não podem acusar o BC de negligência. Afinal, é o único agente do setor público seriamente empenhado em barrar a onda inflacionária. O presidente da República, até agora, não foi além de recomendações vagas a seus ministros, e estes não fizeram mais do que repetir o discurso do chefe. Um freio para valer no gasto público permanece fora de consideração em Brasília. Sobra a ação do Copom.
Comentário do Blog: Esse é o grande teste do presidente Lula. Inflação foi um assunto que destruiu a reputação política de muitos outros presidentes. A análise de que a inflação está crescendo no país e cada vez mais produtos são atingidos por ela é convergente no que dizem economistas de todas as tendências. E ela tem sido mais clara no preço dos alimentos, principalmente aqueles que fazem parte da cesta básica.
Todos já se acostumaram com as avaliações muito positivas do presidente Lula. E é claro que essa avaliação positiva cresceu por causa do excelente momento da economia. Lula cuidou então de disponibilizar para as classes B, C e D instrumentos para que esse bom momento chegasse a todos, principalmente por meio da ampliação da oferta de crédito, geral ou consignado, do aumento do emprego decorrente do crescimento da economia, tendo como conseqüência direta o aumento do consumo a um ponto nunca visto no país.
Tudo estava maravilhoso para todos, e, o presidente já era considerado um fenômeno de comunicação, pois de fato usou os vastos recursos que tem e muita esperteza política para capitalizar para si tudo de bom que estava acontecendo. Todos já achavam que Lula era diferente e nada de ruim colava nele, como os inúmeros escândalos acontecidos no seu governo, envolvendo vários ministros muito próximos.
Tudo isso acontecia com mais facilidade pelo longo período de prosperidade e de ausência de inflação no mundo inteiro. Mas veio a quebradeira do setor imobiliário americano que afetou o sistema financeiro mundial e fez migrar para o mercado mundial de alimentos imensos capitais especulativos que impulsionaram os preços para cima, na ânsia de remunerar esses capitais no mercado futuro. Também o ciclo de crescimento e prosperidade da China, Índia e do próprio Brasil aumentaram o consumo de petróleo, alimentos, produtos industriais, aço, cimento etc, fazendo grande pressão sobre os mercados e sobre os preços.
Ao mesmo tempo, esses capitais foram para a especulação com o petróleo, que atingiu preços inimagináveis. Com o petróleo, subiu junto o preço dos fertilizantes, encarecendo a produção de alimentos.
Mas a causa principal é o aumento crescente e forte dos gastos do governo que crescem muito mais que o crescimento do PIB e da arrecadação. Todos os economistas dizem que, se esses custos não caírem, não há como baixar os juros que, de tão altos, podem causar recessão na economia e o pais ver sua situação deteriorar rapidamente. Esse e mais alguns são problemas que Lula terá que equacionar e resolver. Custo do governo é fácil de aumentar mais é duro e doloroso para diminuir.
O risco de perda de popularidade é forte se a economia perder o rumo.
Será que Lula dribla esses problemas? Veremos.
Todos já se acostumaram com as avaliações muito positivas do presidente Lula. E é claro que essa avaliação positiva cresceu por causa do excelente momento da economia. Lula cuidou então de disponibilizar para as classes B, C e D instrumentos para que esse bom momento chegasse a todos, principalmente por meio da ampliação da oferta de crédito, geral ou consignado, do aumento do emprego decorrente do crescimento da economia, tendo como conseqüência direta o aumento do consumo a um ponto nunca visto no país.
Tudo estava maravilhoso para todos, e, o presidente já era considerado um fenômeno de comunicação, pois de fato usou os vastos recursos que tem e muita esperteza política para capitalizar para si tudo de bom que estava acontecendo. Todos já achavam que Lula era diferente e nada de ruim colava nele, como os inúmeros escândalos acontecidos no seu governo, envolvendo vários ministros muito próximos.
Tudo isso acontecia com mais facilidade pelo longo período de prosperidade e de ausência de inflação no mundo inteiro. Mas veio a quebradeira do setor imobiliário americano que afetou o sistema financeiro mundial e fez migrar para o mercado mundial de alimentos imensos capitais especulativos que impulsionaram os preços para cima, na ânsia de remunerar esses capitais no mercado futuro. Também o ciclo de crescimento e prosperidade da China, Índia e do próprio Brasil aumentaram o consumo de petróleo, alimentos, produtos industriais, aço, cimento etc, fazendo grande pressão sobre os mercados e sobre os preços.
Ao mesmo tempo, esses capitais foram para a especulação com o petróleo, que atingiu preços inimagináveis. Com o petróleo, subiu junto o preço dos fertilizantes, encarecendo a produção de alimentos.
Mas a causa principal é o aumento crescente e forte dos gastos do governo que crescem muito mais que o crescimento do PIB e da arrecadação. Todos os economistas dizem que, se esses custos não caírem, não há como baixar os juros que, de tão altos, podem causar recessão na economia e o pais ver sua situação deteriorar rapidamente. Esse e mais alguns são problemas que Lula terá que equacionar e resolver. Custo do governo é fácil de aumentar mais é duro e doloroso para diminuir.
O risco de perda de popularidade é forte se a economia perder o rumo.
Será que Lula dribla esses problemas? Veremos.