sábado, 1 de maio de 2010

Uma mãozinha da Eletrobras

Sarney: homenagem com dinheiro de estatal

A TV Senado transmitiu, em meados de abril, José Sarney: um Nome na História. Quase ao mesmo tempo, parlamentares receberam em seus gabinetes cópias em DVD do documentário. O presente veio do bolso do contribuinte: o filme obteve 650 000 reais por meio de leis de renúncia fiscal. Quase um terço do dinheiro saiu dos cofres da Eletrobras. E daí? Quem aprovou o patrocínio foi um afilhado político de Sarney, o então presidente da estatal Aloisio Vasconcelos.

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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Aproveitando o silêncio

Há 33 dias o PT do Maranhão oficializou em convenção o apoio à candidatura de Flávio Dino, que vai disputar o governo contra Roseana Sarney. Desde então, fala-se quase diariamente que Lula e o diretório nacional do PT interviriam para garantir que a legenda não fique contra a filha de José Sarney, um dos aliados mais importantes do governo no Congresso. Mas até agora, nada.

Aproveitando-se do silêncio, o PCdoB de Dino, o PT e o PSB instalam hoje a coordenação de campanha. Serão três integrantes de cada legenda. Se não houver nenhuma reviravolta, o PT deve ficar com duas vagas na chapa: uma ao Senado e com a vice. O ex-governador José Reinaldo Tavares, do PSB, completará a chapa ocupando a outra vaga de candidato ao Senado.

Por Lauro Jardim

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Ricardo Murad e o Caos na Saúde Pública do Maranhão

O Maranhão está assistindo a preparação e implantação da maior fraude eleitoral de sua história.

Comandada pessoalmente pelo ex-secretário estadual de Saúde e atual deputado estadual do PMDB, Ricardo Murad. O cunhado da biônica Roseana Sarney ocupa um andar do luxuoso Hotel Luzeiros, na Ponta do Farol, próximo à casa de veraneio do governo do Maranhão, como “escritório” de negócios escusos.

Murad usa da forma mais inescrupulosa possível recursos públicos do SUS para comprar literalmente a adesão de prefeitos, lideranças municipais e deputados.

A tática foi iniciada logo que Roseana ganhou seu brinquedo preferido de volta em abril de 2009. Primeiro ela seqüestrou todos os recursos oriundos de convênios feitos entre o governador Jackson Lago e prefeituras municipais.

Depois, numa segunda fase do maquiavélico plano, Roseana e Ricardo cortaram a verba de custeio da área de saúde de todos os municípios dirigidos por aliados de Jackson como Caxias, Imperatriz, Tuntun, Açailandia e Estreito, só para citar cinco exemplos.

Com a segunda medida, os prefeitos tiveram que reduzir a qualidade e a quantidade de serviços públicos de saúde oferecidos em suas cidades, que, em sua maioria, atuavam como pólo regional de referência.

Essa medida causou, entre outros malefícios para a população, a não ativação de novos leitos de UTI para crianças em Imperatriz e o êxodo de pacientes da região leste do Maranhão para o Piauí, que antes iam para Caxias.

Em Imperatriz crianças morreram à espera de vagas na UTI do Socorrão da cidade e o Piauí recusou o atendimento a pacientes maranhenses simplesmente por que o doutor (sic) Ricardo Murad dificultou ao máximo o repasse de verbas compensatórias para que o Estado vizinho pudesse atender os maranhenses sem acesso á saúde publica em nossa terra.

E Roseana e Ricardo ainda têm a cara de pau de afirmarem que esse governo está fazendo uma verdadeira revolução na saúde pública estadual.

Com o dinheiro “recuperado” por Roseana com o seqüestro dos fundos de convênios e dos cortes no custeio, o governo “economizou” cerca de R$ 350 milhões que foram aplicados em um projeto batizado como “Viva Saúde”.

Murad escolheu alguns empreiteiros a dedo e sem edital de concorrência e nem licitação resolveu construir 72 hospitais pelo interior afora, como se o problema da saúde pública do Maranhão fosse prédios e não equipamentos, pessoal qualificado e verbas de custeio.

Quando prontos esses hospitais deverão ser entregues aos municípios que deverão se virar para equipar, contratar pessoal qualificado (médicos e enfermeiros) e arranjar recursos para seu funcionamento.

Os prefeitos que se lixem!

Para piorar ainda a situação da saúde pública na capital maranhense o governo estadual desativou de forma intempestiva, sem qualquer planejamento, o PAM Diamante, o PAM da Cidade Operária, diminuiu o atendimento prestado com o início das obras da reforma do Hospital do Ipem, praticamente desativou o Hospital da Vila Luizão e diminui o número de especialidades atendidas no Hospital Geral.

E o glorioso Ministério Público Estadual que deveria estar investigando os verdadeiros motivos do porquê a saúde pública vai muito mal no Maranhão, está mais preocupado em fechar o Socorrão 1, pelas conhecidas precariedades em seu funcionamento.

Cadê o MPE que não investiga a contratação de empresa privadas para administrar hospitais públicos estaduais e a terceirização dos serviços laboratoriais nos hospitais públicos em favor de laboratórios particulares, inclusive um de propriedade de um secretário adjunto de Murad que é eu amigo e padrinho de sua filha!

Isso sem falar na construção de 72 hospitais sem concorrência e licitação! Isso pode não é MPE?

E o mais engraçado, para não dizer trágico, de toda esta história é que a corrupção campeia na saúde do Maranhão.

Segundo denúncia do médico e vereador do PSDB da capital, Chico Viana, o Data SUS, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, registra a existência e paga regularmente 207 hospitais de emergência no Maranhão.

Existem no papel 13.837 leitos em hospitais do Maranhão: 6.726 em hospitais municipais, 837 em hospitais estaduais, 435 em hospitais federais e 5.123 leitos em hospitais privados conveniados com o SUS.

Enquanto o Data SUS registra e paga pela existência real e virtual de 207 hospitais de emergência no Estado, apenas os dois Socorrões de São Luís, os hospitais Materno Infantil e o Amaral de Matos, também na capital e o Socorrão de Presidente Dutra e o Hospital Municipal de Imperatriz, no interior do estado, realmente funcionam no sistema de emergência.

Tudo isso para garrotear o atendimento público de emergência e tentar responsabilizar o município do São Luís, dirigido pelo PSDB aliado de Jackson Lago, pelo verdadeiro caos que se instalou na saúde pública do Maranhão.

Enquanto isso no Luzeiros cinco estrelas, no maior conforto e mordomia, Ricardo Murad continua negociando a reeleição da cunhada ao custo do sacrifício de vidas humanas de maranhenses que não têm acesso aos serviços básicos de saúde pública.

Mas o castigo virá a cavalo em outubro! Por mais competente que Duda Mendonça seja com seus doze milhões de reais, ele não conseguirá transformar vinagre em vinho e nem água do mar em água potável!

Podem embrulhar Roseana com o papel mais colorido que exista e enrolá-la com a fita mais brilhante que houver, ela sempre será uma caixa lindamente ornamentada, porém vazia de conteúdo.

O povo vai dar o troco em outubro próximo elegendo Jackson Lago ou Flávio Dino o próximo governador do Maranhão.

E na posse do novo governo democrático do Maranhão em janeiro de 2011, três medidas de impacto devem ser imediatamente tomadas: uma rigorosa auditoria nas contas de Roseana Sarney de 17 de abril de 2009 a 31 de dezembro de 2010; a responsabilização criminal de Ricardo Murad por crime de lesa humanidade; e o corte de recursos públicos em prol do Sistema Mirante de Comunicação, para deter essa sangria desatada que só enriquece a família Sarney.

Do Blog De Marcos Nogueira

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Piada eleitoral sem graça: o preço pago por uma jornalista

A história registra que, na França do século XVIII, quando o Duque de Orleans vendeu metade dos cavalos das estrebarias reais, o jovem François Marie Arouet, o Voltaire, comentou que teria sido mais sensato desfazer-se de metade dos asnos que enchiam a corte real.

Depois de dois anos, exercendo o cargo de Secretária de Comunicação do Governo do Maranhão, não me tornei fazendeira, nem dona de cavalos de raças: preferi combater a asnice, submetendo-me a uma seleção para pós-graduação na USP, Universidade de São Paulo. Sou jornalista profissional, nunca exerci outra atividade em minha vida. Assim como Voltaire, após o comentário sobre o Duque de Orleans, passei a ser culpada por tudo de ruim que acontecia no reino.

De Bezerra no sobrenome, passei a Boi de Piranha, embora, paradoxalmente, tenham me atribuído adjetivos mais próximos de uma feroz predadora que atacava os pobres indefesos veículos de comunicação do Estado, obrigando-os a criticar a família Sarney. Fui chamada de mensaleira, acusada de responsável pela desconstrução da imagem da então senadora Roseana Sarney, quase um gênio do mal, uma espécie de Joseph Goebbels do Governo José Reinaldo Tavares. Houve um jornalista que chegou a pedir minha prisão, com base em pedaços de papel sem nenhuma legitimidade - o mesmo, por sinal, que mandava recados me intimidando a enviar contratos publicitários para seu jornal.

Fui vítima de uma farsa montada, com documentos adulterados, não oficiais, misturados a fotos com exposição pública de minha vida pessoal, inclusive de uma de minhas sobrinhas, à época com apenas 3 anos de idade, exibida nas páginas de um jornaleco chamado Veja Agora, em uma escandalosa infração do Estatuto da Criança e do Adolescente. O tal CD, contendo supostos arquivos com textos atribuídos a mim, não por acaso chegou a constar no rol de denúncias apresentadas ao STF para a cassação do ex-governador Jackson Lago.

Virei assunto nacional, sendo criticada até pelo portal Comunique-se. Somente em 2008, a mais respeitada revista semanal brasileira, a Carta Capital, no artigo, Oligarquia resiste, publicado em 20/12/2008, reconhece, por intermédio do jornalista Mauricio Dias: “Há um argumento na acusação que é pura fantasia: o uso indevido dos meios de comunicação para favorecer Lago. Só que 95% da imprensa maranhense está sob controle do Sistema Mirante, pertencente ao clã Sarney. O argumento, por absurdo, nem foi encampado pela Justiça.”

Agora, o assunto da vez são os gastos com verbas publicitárias, tanto do Governo Roseana Sarney (44 milhões em um ano), quanto do Governo Jackson Lago (cerca de 21 milhões em 43 dias). Nenhuma citação aos recursos do período em que respondi pela Comunicação do Governo José Reinaldo, pelo simples fato de que os processos de pagamento, dos quais fui a ordenadora de despesa, referem-se a verbas inferiores aos citados governos - recursos que foram democratizados e pagos a dezenas de pequenas emissoras de rádio e TV do interior do Estado, sem que a maior parte deles fosse drenados a apenas um Sistema de Comunicação. Recentemente, e de forma sorrateira, ventríloquos de certos políticos ainda estiveram debruçados sobre os processos de pagamento, dos quais foi a ordenadora de despesa.

Informo aos interessados que, em dois anos recebemos prêmios, como a medalha da campanha Eu & Você na Luta contra a Aids, na categoria Produtos e Serviços do Prêmio Colunistas Norte e Nordeste 2005 e outra na categoria Mídia Exterior, com um outdoor feito com máscaras de fofão. Recebemos ainda um reconhecimento do TCU, Tribunal de Contas da União, que considerou a comunicação como fundamental para que o Maranhão saísse da situação de alto risco em febre aftosa.

Produzimos o primeiro programa de rádio popular do Governo do Maranhão, o Marrapá, que incomodava os mais oficiosos, tornado-se um case de sucesso entre as classe B e C. Trabalhamos muito e convertemos a verba pública destinada à comunicação em informações de interesse da população. Indubitavelmente, sem informação não há cidadania. O Maranhão há de chegar à época em que Comunicação Pública signifique, exclusivamente, ressonância popular e via de acesso aos serviços de Saúde, Educação, Emprego e Renda, em suma, desenvolvimento.

Continuo sobrevivendo da minha profissão, escrevendo matérias, produzindo releases, gerenciando processos de comunicação, com a cabeça erguida e a dignidade que aprendi com os professores Elenice e Alexandre Botão, pais e mestres em minha existência.


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quinta-feira, 29 de abril de 2010

A Fraude que mata

Editorial

Há muito tempo o jornalismo do Maranhão não produzia uma denúncia tão séria como a publicada pelo médico, vereador e jornalista Chico Viana em reportagem especial para o Jornal Pequeno.

Os detalhes, as indicações dos sites, a crueza dos números indicam uma verdade quase irrespirável: uma monumental fraude do Sistema de Saúde do Estado contra o SUS pode estar matando gente. E muita gente.

Registrados no Ministério da Saúde e no Data SUS estão 207 hospitais conveniados para prestação de serviços de emergência à população. Onde? Onde é que existem 207 hospitais de emergência no Maranhão se metade dos pacientes dos hospitais de emergência de São Luís vêm do interior do Estado?

Essa reportagem tem que chegar ao Ministério da Saúde, ao SUS para que seja feita uma devassa no Sistema de Saúde do Estado. O Ministério Público tem que tomar uma atitude drástica e urgente. Alguém tem que ir parar na cadeia por atentado contra a saúde pública; não há outro caminho. Dados forjados na Saúde sugerem corpos fraturados, sugerem sangue, doenças letais... Sugerem morte.

Conforme a denúncia do vereador Chico Viana, no Piauí, onde 82% da população se diz satisfeita com o Sistema de Saúde, existem 131 estabelecimentos estaduais. O Maranhão registra 30, mas na verdade não dispõe sequer de uma dúzia. E onde estão os 75 hospitais da farsa governamental de Roseana Sarney?

É de estarrecer. É uma loucura sem tamanho. As pesquisas do vereador indicam que para o Ministério da Saúde em todos os municípios maranhenses existem unidades cadastradas prestando serviços ao SUS e num total astronômico de 3.789, das quais 1705 municipais. Um absurdo sem tamanho. Esta é, provavelmente, a maior farsa já produzida no Maranhão, senão no Brasil.

A fraude confere 13.837 leitos. Destes, 6726 para internação em unidades municipais, 837 em estaduais e 435 em unidades federais. E mais: 5.123 leitos em estabelecimentos privados conveniados com o SUS, totalizando 13.121 leitos pagos pelo poder público. “Se isso fosse verdade, o Maranhão seria exemplo mundial em assistência médica”, diz Chico Viana, que fala com conhecimento de causa por se tratar de um médico conhecido em todo o Maranhão.

Há outros dados. A matéria é longa e o tamanho dessa fraude contra a saúde pública é coisa para estudo de psiquiatras e psicólogos que sejam capazes de definir até onde vai a demência de gestores públicos e privados capazes de roubar saúde, de adoecer e matar o povo, simplesmente.

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"Sarney" aparece em caixa 2 de Arruda

Por Leandro Colon, no Estadão:

Um documento da contabilidade de caixa 2 da campanha do ex-governador José Roberto Arruda lista o nome “Sarney”. A anotação manuscrita foi feita pelo próprio Arruda, como comprova perícia feita a pedido do Estado. À frente do nome “Sarney”, o documento registra a anotação de uma quantia e quanto teria sido efetivamente pago: “250/150 PG”.

O apontamento isolado do nome “Sarney” não permite indicar a quem da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), supostamente se refere. Segundo a perícia, as letras “PG” foram escritas pelo tucano Márcio Machado, um dos arrecadadores do caixa 2 do governador cassado que, depois de vencida a eleição, virou secretário de Obras do Distrito Federal.

Em janeiro de 2007, no mês em que Arruda (ex-DEM, hoje sem partido) tomou posse, o secretário Márcio Machado esqueceu em cima da mesa de uma emissora de televisão, em Brasília, duas planilhas. A primeira, publicada pelo Estado no dia 4 de dezembro do ano passado, continha os nomes de 41 empresas que teriam doado para o esquema de caixa 2 da campanha de 2006 do então candidato do DEM ao governo do Distrito Federal. Machado admitiu que era o autor das anotações.
A segunda planilha, com nove nomes, é que foi submetida ao laboratório de perícia de Ricardo Molina. O perito afirma que foi escrita pela mão do ex-governador Arruda a relação de cinco desses nove nomes onde, na quinta anotação, aparece “Sarney - 250/150 PG”. Para chegar a essa conclusão, Molina comparou o documento da contabilidade do caixa 2 com uma carta escrita recentemente por Arruda, também de próprio punho, no dia 11 de fevereiro. A carta, com horário registrado das 17 horas e intitulada “Aos amigos do GDF”, foi escrita minutos depois de Arruda ter a prisão decretada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Conclusões seguras”. A análise da perícia técnica diz que os trechos escritos “permitem conclusões seguras” sobre os nomes listados nesta ordem: “1-Izalci-300/200-OK”, “2-Chico Floresta-80-OK”, 3-Ronaldo-Via-OK-500/2×200-1×150″, “4-J. Edmar-1.000/100PG+120+800″ e “5-Sarney-200/150PG”.

E acrescenta: “Os nomes listados nos números de 1 a 5 foram certamente produzidos pelo punho escritor do governador Arruda.” O trabalho da perícia, assinada no dia 7 de abril, concluiu de maneira categórica: “Acima de qualquer dúvida razoável, podemos afirmar que a escrita cursiva emanou do punho do governador José Roberto Arruda.”

Em dezembro do ano passado, quando o Estado publicou a primeira reportagem sobre as anotações do caixa 2 de Arruda, Márcio Machado admitiu a autoria da tabela com os nomes das 41 empresas, mas disse que não saberia dizer quem era o responsável pelo documento que menciona “Sarney”. Agora, o perito Ricardo Molina desfaz a dúvida: “Existe, portanto, uma conexão de fato entre os dois documentos questionados.”

Anotação. Comparando os “PGs” da planilha de Machado, a perícia concluiu que a anotação “PG” à frente dos valores ligados a “Sarney” também é do arrecadador de Arruda que virou secretário de Obras. Por causa do escândalo do “mensalão do DEM”, o PSDB exigiu a saída do tucano do governo e da presidência regional do partido no DF.

Senador nega

A reportagem procurou políticos da família Sarney para comentar a citação do sobrenome no manuscrito. Foram procurados o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e o deputado federal Sarney Filho (PV). Apenas o senador respondeu até o fechamento da edição. Por meio de sua assessoria, afirmou que não tem nenhuma relação com Arruda. “O senador José Sarney, depois que deixou a Presidência da República, não mais se envolveu com as questões políticas de Brasília, embora tenha sempre se alinhado com as forças locais de seu partido, o PMDB, adversárias de Arruda. Isso é público e notório”, disse a assessoria. A então líder do governo Arruda na Câmara Legislativa, Eurides Brito, é parlamentar do PMDB.

“O senador e o ex-governador do DF nunca tiveram relacionamento de parceria política nem de amizade, o que faz do tal manuscrito uma peça sem sentido”, acrescentou a assessoria.

A reportagem procurou também o empresário Fernando Sarney, filho do senador, e que dirige os negócios da família. Seu advogado, Eduardo Ferrão, disse que o empresário não tem nenhuma relação financeira com Arruda e ignora a citação do sobrenome “Sarney” no manuscrito.

Procurados, os advogados de Arruda não retornaram até o fechamento da edição.

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Flávio Dino: não retiro candidatura no MA nem se Lula pedir

Sob a iminência de ser pressionado a abandonar a pré-candidatura ao governo do Maranhão para que o PT possa se voltar ao projeto de reeleição da peemedebista Roseana Sarney, aliada direta do Palácio do Planalto, o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) rejeita a pecha de correr o risco de ser um "Ciro regional" se perder o direito de disputar o governo em outubro. Mesmo com a chance de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pressionar o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, a implodir as pretensões eleitorais do parlamentar, Dino avisa: "não retiro a candidatura nem se o Lula pedir".

Em entrevista ao Terra, o pré-candidato ao Palácio dos Leões explica que a pressão de alguns setores petistas não deve surtir efeito, uma vez que a candidatura própria do PCdoB foi aprovada em convenção no Maranhão, tendo seguido todos os ritos formais e ainda tendo sido acompanhada pelo presidente nacional petista, José Eduardo Dutra, e pelo secretário nacional de Organização do PT, Paulo Frateschi. Na ocasião, a candidatura própria do PCdoB venceu a proposta de apoio a Roseana por 87 a 85 votos.

"Não retiro a candidatura nem se o Lula pedir. A posição oficial estadual e nacional é a manutenção. O resto são conjecturas. Houve uma convenção no Maranhão, um encontro que foi legítimo. Como se desmancha isso?", questiona o deputado, que, sem citar seus adversários, afirma que "a vontade de alguns não tem como prevalecer". Para o deputado, "não há o cenário de se retirar a candidatura" porque "a situação está institucionalizada". (Portal Terra)

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terça-feira, 27 de abril de 2010

Perdulários e Ineficientes

A revista Veja informou que Roseana Sarney contratou Duda Mendonça por R$12 milhões de reais. Este é o valor que, segundo a revista, ele está cobrando por suas mágicas para tentar fazer de Roseana Sarney uma candidata aceitável para a maioria dos eleitores do Maranhão. Hoje o que predomina é uma brutal rejeição, que foi muito reforçada pela maneira com que ela chegou ao poder, tomando o mandato de Jackson Lago, que a havia derrotado nas eleições de 2006.

A tarefa, porém, é muito dura. A primeira tentativa chocou os maranhenses. Ele tentou mudar tudo e tentou apresentar Roseana como pessoa de “paz e amor” e uma política conciliadora e paciente. Depois de tudo o que aprontou na sua vida política, em que sempre imperaram a arrogância e a dureza, este era, convenhamos, um desafio e tanto. Não deu certo, evidentemente.

Agora o marqueteiro modificou o estilo da propaganda governamental e fez uma peça de mais de dois minutos de duração, com jingle musical e tudo, tentando mostrar que Roseana Sarney trabalha demais pelo Maranhão. Seria muito bom se não fosse tudo ficção. Estávamos em Bacabal no meio da semana e o pessoal da cidade se divertia, porque em uma das imagens da longa propaganda, mostravam-se obras em estradas e aparecia um ônibus do Expresso Timbira, empresa que não funciona há muitos anos. Na verdade não passa de uma escancarada propaganda antecipada da governadora, agredindo a lei eleitoral.

Do jeito que vai, Duda Mendonça está se igualando ao James Cameron e também poderia até se candidatar ao Oscar de efeitos especiais que o diretor conseguiu com o filme Avatar. Ficção por ficção...

Roseana Sarney não gosta mesmo do povo do interior, principalmente dos agricultores rurais. No seu mandato anterior, aquele mesmo que seus técnicos chamaram de década perdida, que foi a década de 90, em que o Maranhão cresceu muito menos do que o Nordeste e do que o Brasil e mergulhou na pobreza, governaram o estado, primeiro Lobão e em seguida ela. Para o terrível resultado, muito contribuiu a extinção da Secretaria da Agricultura, ato de Roseana Sarney, deixando desamparada e abandonada toda a já frágil economia rural. Isto ensejou o êxodo de 1 milhão de maranhenses para outros estados. Uma barbaridade tão grande quanto a ausência de ensino médio e outras loucuras mais. Ela, quando se sente segura, é capaz de grandes barbaridades e quem sofre é o povo do Maranhão.

Pois bem, agora, sem coragem de fazer as sandices de sempre, pois terá que disputar eleição neste ano, não era conveniente acabar com a Secretaria de Agricultura mais uma vez. Todavia, escolheu a agricultura, sempre ela, para tentar equilibrar as contas de seu desastrado e perdulário governo, decidindo cortar o orçamento da pasta em quarenta por cento!

O que restou de um já pequeno orçamento? Não tem jeito. Roseana não gosta mesmo da pessoas do setor rural.

O fato é que conseguiram desequilibrar o equilíbrio fiscal do estado em pouco mais de um ano de irresponsabilidades. E sem contas equilibradas, estado nenhum consegue crescer. Isto, naturalmente, a despeito das propagandas de ficção que, por ficção, não mudam nada.

Todos sabem que quando assumi o governo em 2002, o Maranhão estava praticamente falido. Roseana tinha quebrado o estado. Havia um saldo de recursos da venda da Cemar, já comprometido com dívidas deixadas por ela. Arrecadávamos à época R$ 68 milhões de ICMS por mês e pagávamos empréstimos deixados por ela de R$ 50 milhões mensais. Sobravam R$18 milhões e mais o Fundo de Participação. A luta foi grande, porque a esse quadro tenebroso se somava o isolamento político e financeiro do estado imposto pelo senador José Sarney e aceito por Lula. Nenhuma ajuda tivemos. Estávamos destinados a quebrar.

Mas não contavam com a nossa reação e da nossa equipe, que enfrentou o problema e revertemos a situação. Quando saí, em final de 2006, arrecadávamos R$220 milhões por mês, tínhamos ensino médio em todos os 217 municípios, a economia rural funcionava plenamente com a volta do apoio da Secretaria de Agricultura, recriada no meu governo, e o Maranhão durante todos os anos do meu governo cresceu mais do que o Nordeste e do que o Brasil.

O PIB dobrou de tamanho passando de R$ 15 bilhões em 2002 para R$ 31 bilhões em 2007 e a renda per capita triplicou. Saímos sem deixar dívidas e aproximadamente R$ 400 milhões depositados. E esse quadro perdurou com Jackson Lago.

Quando Roseana Murad forçou a sua saída e assumiu o governo, ela encontrou uma soma maior do que a que eu havia deixado quando saí. Ela recebeu dinheiro para as enchentes que não se sabe onde aplicou, tomou dinheiro das prefeituras e conseguiu empréstimos com o governo federal no valor de mais de R$ 1 bilhão, sem dizer onde iria aplicar os recursos. Com isto, chegou a ter quase dois bilhões em caixa.

Mas a falta de controle, a falta de comando, e a baderna administrativa que tomou conta do governo, aliados à ordem de tentar cooptar prefeitos a qualquer custo, puseram tudo a perder.

O novo secretário de Planejamento veio com carta branca do senador Sarney tentando conter a gastança irresponsável, o que precisa ser feito em pouco tempo. Ele vai ser uma espécie de xerife do governo. A governadora, contudo, já fala em novos empréstimos. Como irá disputar o governo sem recursos? Choraminga inconformada. E depois da malograda visita a Imperatriz, ela sumiu completamente...

Problema maior é que estado nenhum pode crescer em débito fiscal. Infelizmente, em pouco mais de um ano, ela força o estado a caminhar para trás. Todos nós pagaremos com a decisão de 4X3 votos do TSE, quedeu oportunidade a grande arquiteta da década perdida a tentar repetir o terrível feito anterior. Ela está em marcha batida para isso!

Agora, além do descalabro da área da saúde ainda sem solução à vista, vem o desastre da educação. Já estamos quase em maio e cerca de 30% das escolas ainda não iniciaram o ano letivo de 2010!

É loucura em cima de loucura, porque a culpa maior é da governadora, que só vai ser exonerada em outubro pela população...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

'Montenegro, do Ibope, vende até a mãe'

Ciro chama PMDB de conjunto de assaltantes
Em 3ª entrevista, ele elogia Dilma e ataca Ibope.


De Ciro Gomes em entrevista à Rede TV na madrugada de hoje:

* Hoje quem manda no PMDB não tem escrúpulo, nem ética. Michel Temer é o chefe dessa turma.

* PMDB é um ajuntamento de assaltantes.

* Não abandono a candidatura presidencial. Mas respeitarei a vontade do meu partido. Lamentarei se não for. Ficarei triste.

* Daqui a 15 anos terei a idade q o Serra tem hoje. Por isso não posso dizer que não serei candidato a presidente [outra vez].

* Vou parar um pouco. Escrever, pensar, ganhar algum dinheiro[se não for candidato a presidente].

* O que afirma um partido é a disputa nacional. Se pesquisa valesse para tirar candidatos do páreo, Lula não teria sido candidato. Nem FHC.

* Montenegro, do Ibope, vende resultado de pesquisa. Ele vende até a mãe.

* Sabe quantas vezes saí na Rede Globo sendo o deputado proporcionalmente mais votado do país? Uma vez, no Jornal Nacional.

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domingo, 25 de abril de 2010

Sarney, Deus, os flagelos naturais e a sorte do Brasil

O presidente do Senado, José Sarney, levou às páginas da Folha um artigo sugestivo. “O vulcão Eyjafjallajokull”, eis o título.

No miolo do texto, o morubixa pemedebê discorre sobre as cinzas que o vulcão da Islândia cuspiu nos céus da Europa.

Anotou: “[...] Levantaram-se a 11 km de altura e moveram-se lentamente pelos céus nórdicos e depois passearam por todo o espaço aéreo europeu”.

Contabilizou: “Mais de 100 mil voos cancelados em seis dias, afetando 1,2 milhão de passageiros, um caos aéreo...”

A quatro parágrafos do final, Sarney injetou o Brasil na encrenca: “Nós, brasileiros, acostumados com nosso calor suarento...”

“...Sempre louvamos termos sido preservados por Deus dos violentos fenômenos da natureza: vulcões, furacões, terremotos...”

“...Mas não nos livramos das secas nem das enchentes. E a miscigenação nos deu a mulata!”

Ao dar de cara com o lero-lero ‘água-com-açucar-e-cinzas’ do senador, o signatário do blog lembrou de uma piada velha:

Ao criar o mundo, Deus distribuía os flagelos, observado por um anjo. O Padre Eterno travou com o anjo o seguinte diálogo:

- Aqui, voi acomodar os EUA. Vai ter terremoto e furacões. Aqui vai ser a Europa. Terá alguns terremotos e vulcões. Aqui, a Ásia. Terá desertos, terremotos e tsunamis.


- E aqui, vai ser o quê?, quis saber o anjo.

- O Brasil, respondeu o Todo-Poderoso.

- E não vai ter nenhuma catástrofe natural?

- Catástrofes naturais, não. Mas você vai ver os políticos que Eu vou botar lá...


Escrito por Josias de Souza

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