sábado, 6 de junho de 2009

Podcast do Diogo - O pigmeu de Pyangyong e o gigante maranhense. Ou: Glauber Rocha, o predecessor de Duda Mendonça

Diogo sempre é bom, mas há as melhores safras, a exemplo do podcast que está no ar: Kim Jong-Il, apresento-lhe José Sarney. José Sarney, apresento-lhe Kim Jong-Il. Se Arnaldo Carrilho, o embaixador brasileiro na Coréia do Norte, cumprir a promessa de presentear Kim Jong-Il com os DVDs de Glauber Rocha, finalmente ocorrerá o encontro entre o “pigmeu de Pyangyong” - o apelido dado por George W. Bush - e o gigante maranhense.

Glauber Rocha fez um documentário sobre a posse de José Sarney no governo do Maranhão, em 1966. Título? Maranhão 66. O documentário reproduzia integralmente o discurso de posse de José Sarney, intercalando-o com cenas de miséria dos maranhenses. José Sarney, no palanque, proclamava: “O Maranhão não suportava o contraste de suas terras férteis, de seus vales úmidos, de seus babaçuais ondulantes e de suas fabulosas riquezas potenciais com a miséria, com a angústia, com a fome”. Enquanto isso, na tela, Glauber Rocha exibia imagens de miséria, de angústia e de fome, reiterando didaticamente o discurso eleitoreiro de José Sarney.

(…)

José Sarney, eleito com o apoio do marechal Castelo Branco, contou também com o apoio do marketeiro baiano Glauber Rocha, predecessor daquele outro marketeiro baiano, Duda Mendonça. Maranhão 66 está para Glauber Rocha assim como a conta Dusseldorf está para Duda Mendonça.

(…)

Maranhão 66 foi produzido por Luiz Carlos Barreto. E quem mais poderia ser? Atualmente, Luiz Carlos Barreto produz uma cinebiografia de Lula. Pena que Glauber Rocha tenha morrido, porque ele certamente se empolgaria com o projeto e o dirigiria. Seu filho, Erik Rocha, já dirigiu um documentário empolgado sobre Lula. De Maranhão 66 a Brasília 09, a política continua igual. E o cinema brasileiro continua igual: empolga-se e faz.

Link original

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Transparência Já

Foi deprimente ver as imagens de Sarney na televisão, tentando explicar que desconhecia o depósito mensal em sua conta dos R$ 3800 advindos do auxilio-moradia do Senado. Lamentáveis imagens de quem é pego na mentira, deprimido e fazendo aquela voz fraca, procurando compaixão...

Será que as fontes monetárias que o nutrem são tantas assim, a ponto de não precisar mais do salário que percebe no Senado, sequer notando a presença desses valores significativos depositados a mais em sua conta nos últimos dois anos?

E sobretudo quando se trata de auxílio-moradia... Pois para quem tem uma mansão em Brasília e tem ainda a sua disposição a casa de Representação do Presidente do Senado, completamente às expensas da instituição, é no mínimo grave a desconsideração desse aspecto. Se isso não for caso para o Conselho de Ética, o que será?

Sua sorte é que isso acontece nessa fase terrível da vida nacional, em que impera um tremendo 'vale-tudo', onde nada é impossível, desde que se tenha grande poder. Leis são derrubadas, mandatos de governadores são cassados por motivos sem consistência em votações de quatro votos...

No Japão seria obrigado ao suicídio, como aconteceu recentemente com ex-Primeiro Ministro. Já na Inglaterra a renúncia seria exigida pela população, cobrando retidão de caráter e honestidade, como aconteceu também em fato recente.

Aqui os tempos são de não assumir nada, com a perspectiva de que a mídia logo esquecerá, escapando assim da cobrança pública e continuando a vida que levam...

A cientista política Lúcia Hipóllito, em artigo publicado recentemente, pede com veemência a renúncia de Sarney. Na verdade, como chefe de um Poder, ex-presidente da República, jamais poderia ter feito o que fez. Mas esse é o verdadeiro José Sarney, que teve sucesso em esconder sua verdadeira personalidade da mídia até agora, mas que desde que chegou à gestão atual da presidência do Senado, revela suas mazelas quase diariamente, deixando estupefatos os que não o conheciam bem.

Mal sabem que pior é a filha...

É risível a tentativa de Roseana de mostrar trabalho. Agora diz que vai fazer 65 hospitais no estado a um custo de R$ 350 milhões. Fato surpreendente esse, já que ela dizia, sem parar e aos quatro ventos, que Jackson deixara o estado dilapidado, totalmente sem recursos. Tudo isso, para criar uma imagem negativa do governo que usurpou e para justificar também a reapropriação indébita dos repasses estaduais às prefeituras.

De repente, aparece com R$ 350 milhões. Como acreditar em uma palavra do que dizem? Esse programa está deslocado... Se é para valer, deveria ser executado pela Secretaria de Infraestrutura, pois trata-se de construção civil, não de saúde. E para fazer isso com dinheiro da Saúde, que é 12% do orçamento estadual, cerca de R$ 650 milhões neste ano, terá na verdade que parar um grande número de ações da pasta em todo o estado. Leia-se aqui: efeitos negativos que acarretarão perturbações no funcionamento de hospitais, compra de remédios, renovação de equipamentos hospitalares, contratação de médicos e pessoal de saúde etc, prejudicando profundamente a população maranhense.

O atual governo está paralisado, sem ação, sem trabalho, sem iniciativa, e tenta demonstrar que é sério e está agindo. Com acreditar nisso, se na própria área da saúde tomou da população de Imperatriz, Pinheiro e São Luis três hospitais de referência e alta resolução, esses sim, de grande necessidade para a povo? Fez isso tirando dos prefeitos, que seriam os executores, o dinheiro já depositado nas contas das prefeituras.

A primeira reação veio forte e pasmem: veio de dentro do próprio grupo, deputado aliado, cuja base eleitoral está no município de Pinheiro. Este disse, sem meias palavras, que o que o governo acabara de destinar ao município, por intermédio do programa anunciado, era algo que Pinheiro já possuía. E disse mais: alertou que o que a cidade precisava era de um hospital de alta resolutividade.

Que pena, logo um aliado é quem desmascara uma ação ordinária, maquiada para figurar como coisa séria. Pura cosmética... Roseana, já não é tão fácil enganar os maranhenses! O melhor é fazer um esforço supremo e tentar vencer a preguiça e enfrentar o batente. Mais aí já é querer muito...

Aliás, se quiser trabalhar mesmo, e no caso pela saúde, temos atualmente no estado mais de cem mil pessoas, nas áreas alagadas, sofrendo com todo tipo de doença, até hoje sem nenhum socorro. Precisam desesperadamente de ajuda e o governo lhes dá as costas e muito desprezo pela situação aflitiva que estão vivendo.

Fernando Gabeira, Deputado Federal pelo Rio de Janeiro, pôs o dedo na ferida, quando visitou na terça-feira passada o município de Trizidela do Vale, um dos mais afetados pelas cheias deste ano. O deputado estarreceu-se com o quadro terrível que testemunhou. Entre tantas necessidades, a água potável é uma das maiores. Que ironia... E, informado, acabou fazendo um apelo para o governo de Roseana liberar os recursos do convênio com o município, retirados das contas da Prefeitura pelas ávidas e sorrateiras mãos desse governo de faz de conta. O convênio serviria exatamente para implantar o sistema de abastecimento de água de Trizidela do Vale. Tem cabimento? E depois vêm com conversa fiada...

Recursos federais estão previstos para atender as áreas alagadas. Dados os antecedentes do corpo que compõe esse atual governo, urge que a sociedade, o Ministério Público, a Assembleia e os órgãos de comunicação sérios, exijam transparência no uso dessa verba. Com o ano eleitoral próximo, não é possível que essas pessoas e regiões sofridas tenham que enfrentar um novo flagelo, comum nas oligarquias: o desvio dos recursos enviados. É preciso olho vivo.

E esse aviso vale também para a aplicação dos recursos de saúde nesse factóide que é a construção de hospitais. Isso sem falar na refinaria, que já suscita comentários de escritórios de intermediação de sobrepreços e outros detalhesinhos mais sórdidos... Não venham com dispensas de licitação. Tudo tem que ser transparente.

Vejam bem. Roseana Murad acabou de vetar lei proposta por Jackson Lago e aprovada pela Assembleia cujo propósito era institucionalizar a prática da transparência na utilização do dinheiro público. Esse veto é altamente suspeito. É coisa de gente que prefere agir nas sombras. Tomem como exemplo o mais recente escândalo que envolve o presidente do Senado da República. Se ali houvesse um mínimo de transparência, Sarney não teria recebido auxílio moradia desde 2007. O fato estaria a disposição de todos, denúncias teriam sido feitas e muito se teria evitado...

Transparência já!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Arnaldo Jabor: Sabe que talvez o Deputado Sérgio Moraes tenha razão

Segue o comentário de Arnaldo Jabor no Jornal da Globo de ontem a noite. É um desabafo contra o deputado gaúcho Sérgio Moraes, ex-prefeito de Santa Cruz do Sul. Arnaldo Salvador, Porto Alegre, RS.

Sabe que talvez o Deputado Sérgio Moraes tenha razão. A opinião pública neste país não serve para nada, nós somos os cabeças duras. Nós não entendemos ainda que políticos como ele, que são maioria na Câmara, foram gerados nas belas picaretagens municipais, nas malandragens escusas, nos sacos puxados, nos golpinhos das prefeituras, nas propinas de empreiteiros.

Nós não entendemos ainda que eles não tem sentimentos velhos como os nossos. Sentimentos como interesse público, amor ao país e outras bobagens. Nós somos bobos, não sacamos ainda que eles moram em outro país chamado Congresso, onde as leis são feitas para eles mesmos.

Chamamos de roubo de dinheiro público, o que para eles é apenas um delicioso uso-fruto do maravilhoso cinismo da moderna falta de vergonha. Achamos que eles foram eleitos para legislar. Quando não estão no Congresso, apenas para construir castelos, arrumar uma grana fácil, empregar parentes, pegar umas propinas.

Nós não sabemos de nada, principalmente os que elegeram sete vezes Sérgio Moraes, que responde a oito processos inclusive com um suposto envolvimento com um caso de prostituição. Por isso guardem esse nome, Sérgio Moraes, ele é o novo. Nós já éramos. Abaixo a opinião pública.

Link original

Vamos regulamentar o uso do Eu não sabia

Sugiro que no mínimo se regulamente o uso do "Eu não sabia" como forma de justificar a prática de crimes, o envolvimento direto ou secundário em maracutaias e o desrespeito flagrante à etica.

Do contrário, não escaparemos no futuro à condenação da História por conivência ou cumplicidade com tantos desmandos.

Sendo flexível, proponho que se aceite o "Eu não sabia" no caso de irregularidades cometidas por pessoas apenas subordinadas, parentes ou amigas de acusados.

Um ex-diretor do Senado, por exemplo, nega que soubesse das artes financeiras do seu filho.

É fato que empresas em nome do filho dele receberam propinas de banco responsável por empréstimos concedidos a servidores do Senado.

É fato também que o banco só podia conceder empréstimos porque havia sido autorizado pelo ex-diretor.

Mas, que diabos! Se o filho operava em silêncio como seu pai poderia saber o que ele fazia?

Não foi Lula que disse certa vez que os pais não podem responder pelo o que seus filhos fazem? Que na maioria das vezes eles nem sabem o que os filhos estão fazendo?

De volta ao Senado: foi o próprio pai que denunciou o filho à polícia. Hosanas para ele.

Por sua vez, o filho contou à polícia que o pai de fato ignorava suas atividades. Razoável - ou não?

Cabe também o recurso ao "Eu não sabia" em casos de crimes, digamos, coletivos.

No Direito privado, tudo o que a lei não proibe pode ser feito. No Direito Público, só pode ser feito o que a lei expressamente permite.

Senadores e deputados doaram a terceiros passagens que receberam para voar entre Brasília e seus Estados. Todos procederam assim durante mais de uma década - os 81 senadores e os 513 deputados.

Jamais uma alma sequer os procurou para dizer: "Não pode. As passagens são pagas com dinheiro público. Vocês as recebem para que desempenhem seus mandatos a contento".

Se ninguém os alertou, se os costumes do Congresso haviam consagrado a farra das passagens, justifica-se o "Eu não sabia", sim. Agora que sabem não poderão mais se valer da desculpa.

Deve ser abolido em definitivo o recurso ao "Eu não sabia" quando alguém muda de função e continua a receber benefícios restritos à função anterior.

Três senadores se licenciaram do mandato para assumir ministérios. A nova função lhes garante moradia. No entanto... No entanto continuaram embolsando o auxílio-moradia pago pelo Senado.

Aí é um abuso - e dos grandes - socorrer-se do "Eu não sabia".

É claro que eles sabem que por ora não são senadores. Sabem que ocupam imóveis cedidos pelo governo. Portanto, sabiam que o auxílio-moradia pago pelo Senado era dispensável.

Não perderei meu tempo - nem o de vocês - com considerações sobre quem diz desconhecer o quanto ganha por mês.

Vocês sabem a quem me refiro - sim, ao senador que revelou todo o seu espanto ao descobrir que recebia mensalmente R$ 3.800,00 de auxílio-moradia. Ele é dono de uma casa em Brasília e como presidente do Senado tem direito a outra.

Foi nesse episódio que emporcalharam de vez o apelo ao "Eu não sabia".

O senador saberia se mensalmente lhe tomassem R$ 3.800,00 dos seus vencimentos. Mas não sabia que mensalmente lhe engordavam a conta com R$ 3.800,00.

Para cima de mim?

Me incluam fora do bando de trouxas dispostos a ouvir calados algo tão absurdo.

Há trouxas suficientes neste país. Não quero ser um deles e sugiro que vocês também não queiram.

O espaço de comentários desta nota acolherá sugestões de vocês para a regulamentação do uso do "Eu não sabia".

Link Original

terça-feira, 2 de junho de 2009

Francamente, Excelência!

Lucia Hippolito (blog): "Apanhado com a boca na botija recebendo mais de R$ 3.000,00 de auxílio-moradia, sendo proprietário de uma confortável residência em Brasília e dispondo ainda da residência oficial da Presidência do Senado, José Sarney pediu desculpas e alegou que não pediu auxílio-moradia e que "alguém" vem depositando em sua conta o auxílio-moradia desde meados de 2008.

(Na última terça-feira Sarney afirmara categoricamente que não recebia auxílio-moradia. Pelo visto, a memória voltou subitamente.)

O que dizer de um cidadão brasileiro que, checando sua conta bancária, encontra depósitos mensais de mais de R$ 3.000,00 e não tem a curiosidade de conhecer a identidade desse benfeitor anônimo que todo mês pinga um "capilé" em sua conta?

Sarney é um fofo!

Link original

domingo, 31 de maio de 2009

Sarney nega, em carta ao JP, ter sido dono de castelo em Portugal

SENHOR FEUDAL

Ele diz que a história, quando surgiu pela primeira vez, há vinte anos, ‘foi contestada com documento do Cartório Imobiliário de Lisboa’, mas não apresenta o documento.

Pela primeira vez, nos 44 anos em que o Jornal Pequeno faz oposição à política antiética por ele representada, José Sarney – atual presidente do Senado – responde por escrito a uma denúncia que o envolve: a aquisição de um castelo em Sintra (Portugal), em 1990, por meio de uma offshore com sede num paraíso fiscal (Panamá). Reportagem sobre o assunto foi publicada pelo JP no domingo passado. Sarney disse que a história, quando surgiu pela primeira vez, há vinte anos, “foi contestada com documento do Cartório Imobiliário de Lisboa”, mas não apresentou o documento. A íntegra da carta de Sarney ao JP e os argumentos da tréplica do jornal são apresentados a seguir.

A CARTA DE SARNEY

Brasília, maio de 2009

Ao Senhor

LOURIVAL MARQUES BOGÉA

Diretor-Geral, Jornal Pequeno

Prezado senhor,

A respeito da matéria publicada por esse jornal, afirmando haver tido eu a propriedade de uma quinta, castelo ou seja lá o que for, quero desmentir essa divulgação. Aliás, essa notícia, agora reproduzida com o objetivo de atingir a minha honra, surgiu há vinte anos, quando eu era Presidente da República, foi por mim contestada com documento do Cartório Imobiliário de Lisboa, certificando não ter nem haver tido eu nenhuma propriedade naquela cidade. Repito: não tenho e nunca tive nenhum imóvel ou o que quer que seja em Lisboa. Por Lisboa sempre tive amor, de suas cores, de sua história.

2. Mas, para que não paire qualquer dúvida sobre o meu hipotético imóvel, que nunca existiu, quero doá-lo à empresa editora do Jornal Pequeno, que tem como presidente sua progenitora, Hilda Bogéa, e seus filhos, para dele usufruírem todo o seu valor, podendo usá-lo, vendê-lo e transmiti-lo a seus herdeiros.

3. Assim, esse castelo que não existe passará a pertencer à família Bogéa, que há 50 anos insulta-me, desrespeita, injuria e difama a minha pessoa.

4. Desfrutem de mais essa patranha.

Saudações,

José Sarney

RESPOSTA DO JP

Como o senador José Sarney gosta de numerar parágrafos, o JP vai acompanhá-lo em mais essa sua mania:

1. Nem a reportagem sobre o castelo de Sintra nem qualquer outra que envolva o senhor Sarney e seu clã são feitas pelo JP com o objetivo de atingir sua honra, como acusa o senador, e sim o que ele representa: um coronelismo político, econômico e midiático antiético, que oprime e mantém sob seu jugo uma legião de miseráveis num dos estados mais pobres do país. O senhor Sarney diz que um documento do Cartório Imobiliário de Lisboa certifica que ele não tem nem nunca teve “nenhuma propriedade naquela cidade”. “Repito: não tenho e nunca tive nenhum imóvel ou o que quer que seja em Lisboa”, complementou o senador. Vale esclarecer que a reportagem do JP diz que ele teve, por pelo menos 4 anos (1990 a 1993), a Quinta dos Lagos, em Sintra, e não em Lisboa. Por que o senador não nos envia uma cópia do documento fornecido pelo Cartório de Lisboa?

2. Em resposta à chacota do senador, “doando” a Quinta dos Lagos à família Bogéa, proprietária do JP, agradecemos mas rejeitamos o oferecimento. Primeiro porque nenhum dos Bogéa compartilha com o senhor Sarney o gosto por imóveis que lembram os senhores feudais da Idade Média (a Era das Trevas). Segundo porque o castelo não é mais do senador, portanto ele não pode doá-lo. Mas se o senhor Sarney abandonar o sarcasmo e quiser exercitar seriamente sua generosidade, pode doar aos desabrigados pelas enchentes do Maranhão uma de suas mansões de Curupu ou toda a dinheirama que recebeu ilegalmente – sem saber, é claro... – de auxílio-moradia do Senado. Aliás, essa é a sugestão da jornalista Ruth de Aquino, da revista Época. No mais, em contrapartida à boa ação do senhor Sarney, a família Bogéa e seu JP aceitam doar a ele e seu império de Comunicação um pouco de credibilidade e dignidade, que nos sobram e faltam à mídia sarneysista.

3. A família Bogéa não insulta, desrespeita, injuria e difama o senhor José Sarney há 50 anos. Como já foi dito no início, combatemos (há 44 anos, e não 50) o que ele representa: um modo antiético e imoral de fazer política, responsável pela perpetuação da miséria do Maranhão e que recentemente se estendeu ao Congresso Nacional, conforme o JP e todos os veículos sérios da imprensa nacional vêm mostrando à exaustão. Insulto, desrespeito, injúria e difamação tivemos a oportunidade de ver correndo solto no Sistema Mirante na campanha sem tréguas que resultou no golpe, via judicial (segundo o renomado jurista Francisco Rezek), que tirou do cargo um governador legitimamente eleito pelo povo e colocou em seu lugar a filha do senhor Sarney, derrotada nas urnas.

4. Traduzindo o vocabulário arcaico do senador, “patranha” quer dizer mentira. Vide “caso Reis Pacheco”, farsa da encomenda de morte do prefeito de Imperatriz Ildon Marques por parte do deputado Sebastião Madeira, as oito versões para a “bufunfa” de 1,34 milhão encontrada na Lunus etc. etc.

Link original