terça-feira, 17 de setembro de 2013

OPOSIÇÃO EMPOLGA O ESTADO


A vinda do governador e presidente do PSB, Eduardo Campos, galvanizou as oposições na semana passada. Os oligarcas e seus simpatizantes hoje só parecem ter uma agenda: tentar promover a desunião das oposições. Isso já deu certo no passado, mas hoje houve um grande amadurecimento dentro da oposição e já não existe a mínima condição de sucesso do que pretende a família e seus simpatizantes. A oposição rumará unida com o nosso candidato Flávio Dino. Quem está desunida, perdida e sem esperança é a trupe governista.
E se não fossem as ameaças a muitos membros de seu grupo que querem mudar de lado nesse fim de ciclo político, a debandada seria enorme. Mas isso apenas adia a debandada que se desenha inexorável. Cada dia chega a notícia de mais gente querendo viver esse novo tempo.
Roseana está em campanha frenética e chama isso de Governo Itinerante. É apenas campanha com oferta de benesses oficiais, convênios, promessas, como sempre. E está conhecendo um interior como nunca viu. Hostil, cobrador, sem medo. O seu julgamento político está sendo feito ali mesmo, antes da eleição. Vaias e cobranças viraram ambiente comum por onde passa. A propaganda mentirosa e fora da realidade dos habitantes não funciona mais. É um vácuo de realidade. O que comanda tudo é a revolta pela falta de atendimento de saúde, escolas sem aula, violência, falta de água, de esgoto, de emprego de tudo que não lhes é oferecido. E aí tome convênios, ração de peixe - que agora parece ser gênero de primeira necessidade, promessas sem fim nunca realizadas. Pedir, como pediu (numa tentativa de se livrar de cobranças iradas) para que lhe redigissem uma carta contando suas necessidades, virou uma revolta. Não se deixam mais enrolar. O tempo está se acabando, pois sem credibilidade não dá. Acabou-se a paciência.
Eduardo Campos é um político diferenciado. Ao contrário do que aqui acontece, é um governador muito bem avaliado,  transparente e muito preparado. Com efeito, sua aprovação é a mais alta entre os políticos brasileiros. Chega a 91 por cento, um patamar inatingível para todos os outros.
Por quê? A explicação é trabalho. Trabalho bem feito. Nada é feito sem ouvir a população, que opina e participa em todas as ações do governo. Então o acerto dessas ações é muito alto. Todas as escolas são em tempo integral e a qualidade do ensino é objetivo permanente do governo. O ensino do inglês e espanhol são obrigatórios e os melhores alunos são beneficiados com bolsa de estudos no exterior, pagas pelo governo. Nesse momento, mil e seiscentas crianças estão no exterior, porque se destacaram no estudo. Tudo funciona na saúde, não há casos de macas em corredores. A saúde vai onde os mais necessitados estão, e existem programas especiais para idosos, deficientes, infância, parturientes. Programas confiáveis e muito apreciados. A segurança é prioridade e Recife, que era a cidade mais violenta do país, por sete anos seguidos, ano a ano, tem queda constante da criminalidade. A transparência do governo é absoluta e todas as receitas, como também todas as despesas, são expostas imediatamente, permitindo que a população conheça tudo e possa também fiscalizar o uso do dinheiro público. Esse é um programa premiado internacionalmente.
Eduardo impressiona pela clareza do seu raciocínio e pelo seu conhecimento dos problemas brasileiros. Ele fala sobre a necessidade do país discutir um novo pacto federativo, para que estados e municípios possam ter recursos para atender as demandas locais. Os recursos não podem ficar concentrados na união, ele prega. “Encaramos as políticas públicas, não como um favor, mas como um direito da população”, diz.
Campos é um homem muito preparado e, à medida que for sendo conhecido fora de Pernambuco, ele vai subir rapidamente nas pesquisas eleitorais. Não tenho dúvidas de que será presidente da República um dia.
Pois bem, vejam que o governo de Roseana contamina tudo. O Jornal Folha de São Paulo publicou na semana passada o ranking das Universidades Brasileiras e o resultado foi muito ruim tanto para a UFMA quanto para a UEMA. Seria difícil ser de outra forma, pois o estado atualmente é o último em todos os exames federais realizados para medir a qualidade do ensino fundamental e médio. O resultado é que poucos são os alunos do ensino médio preparados para acompanhar bem o terceiro grau.
A tragédia é especialmente danosa ao futuro do estado, pois educação de qualidade é a única chance de que dispõe a população para sair do quadro de miséria e pobreza. E o governo de Roseana é inerte, não se mexe e nem debate o assunto.
O ranking publicado é gravíssimo e as universidades, em cujos quadros trabalham pessoas muito competentes, tem que procurar debater o assunto, chamar a sociedade para a discussão, procurar fazer o diagnóstico e esboçar as soluções para mudar radicalmente o quadro atual. Como está é que não pode ficar.
A UFMA foi classificada em 57° lugar e ficou atrás da Universidade Federal de Pernambuco, em 10° lugar; do Ceará, em 16°, da Bahia, em 17°; da Paraíba, em 24°; do Pará, em 26°; do Rio Grande do Norte, em 28°; de Alagoas, em 38° e até da Universidade Estadual do Ceará, em 39°, se apenas comparamos com universidades do Nordeste e do Norte. Com as do Sul, do Sudeste e do Centro Oeste, é até brincadeira fazer a comparação.
Ganhamos do Piauí, do Amapá e outras do Norte do País. A UEMA está em 119°, abandonada pelo governo, inimigo da educação. Mas devia sair da estagnação e discutir francamente as causas dessas notas ruins. Só assim poderá melhorar.
Nada funciona bem no governo de Roseana.