terça-feira, 27 de setembro de 2016

MINISTRO INICIA RECUPERAÇÃO DA EDUCAÇÃO



O presidente Temer, mudando o marasmo administrativo que caracterizou o país nos últimos anos, mobiliza o governo para fazer a mais fundamental de todas as ações: o olhar em prol da educação. Ao mesmo tempo que prepara uma medida provisória com uma importante reforma do ensino médio, proposta pelo ministro da Educação, dá as mãos aos governos estaduais e abre uma linha de financiamento pelo BNDES para essa que é uma das áreas mais importantes para o futuro do país. A educação de qualidade é que vai resolver o problema da renda e do emprego e é a melhor ferramenta para o desenvolvimento do Brasil.

O ministro da Educação, deputado Mendonça Filho, reagiu imediatamente ao medíocre nível educacional do país, revelado pelo IDEB, e propôs uma medida provisória para reformar o ensino médio.  Este permanecia estagnado desde 2011, com resultados longe das metas estabelecidas para melhorar a qualidade do ensino brasileiro. Isso sem contar que quase 70% dos estudantes que o cursam estão insatisfeitos com o desenho estabelecido. Eis o porquê de grande número destes quererem abandonar a escola.

Basicamente o governo pretende fatiar essa etapa escolar e transformá-la num sistema modular que permita ao aluno obter certificados parciais.

Ao fim de cada semestre letivo, o estudante poderá trancar a matrícula, com certificado de conclusão até aquele ponto, a partir do qual poderá retomar os estudos posteriormente. Além disso, a educação profissionalizante estará incluída no ensino médio como parte complementar às matérias obrigatórias. O novo sistema deverá funcionar com 50 por cento da carga curricular obrigatória e comum nacionalmente, que deve ser definida pela Base Nacional Comum Curricular, atualmente em discussão, e os outros 50 por cento incluirão disciplinas extras, como um ‘’aprofundamento da formação’’.

Ficará a cargo dos sistemas estaduais, que respondem por cerca de 97 por cento das matrículas do ensino médio público do país, definir quais disciplinas deverão ser ofertadas na metade ‘’aberta’’ do currículo nas seguintes áreas: linguagem, matemática, ciências sociais e humanas, ciências da natureza e formação técnica profissionalizante.

A ideia de flexibilizar o formato de ensino – dando às redes locais independência para alinhar as expectativas do aluno ao conteúdo a ser ministrado dentro de parâmetros gerais – está no cerne da proposta do governo. O objetivo é fazer da escola um local mais atraente, enxugando disciplinas excessivamente detalhadas e evitando repetir matéria que o aluno já domina. Dessa forma, estudantes que já têm proficiência em inglês, ou tecnologia da informação, por exemplo, poderão ser liberados das disciplinas ou pular para turmas mais avançadas.

O inglês será obrigatório. E o espanhol não será a segunda língua. Mas, se houver uma segunda língua, o espanhol será recomendado. Ademais, o governo quer apostar na ampliação da jornada escolar para tirar o ensino médio da estagnação verificada desde 2011, com o IDEB paralisado em 3,7 pontos, longe da meta de 4,3 pontos projetada para 2015.

A do Maranhão foi 3,3 pontos.

A proposta foi avaliada positivamente por especialistas e traz para o Brasil o mesmo método de ensino das nações desenvolvidas. “O Brasil tem que parar de tentar inventar a roda. Precisa ir na direção de ter um núcleo comum e trajetórias flexíveis, tanto acadêmicas quanto profissionalizantes. Essas mudanças vão em uma boa direção”, afirma Ricardo Henriques, Superintendente Executivo do Instituto Unibanco.

Com efeito, como os estados precisarão se incorporar à reforma, pois serão os executores dela, o BNDES anunciou financiamento na área de educação, uma inovação muito bem-vinda, porque, para terem acesso a esses recursos baratos, os governos estaduais terão que apresentar projetos completos de como pretendem gastar esses recursos, necessariamente baseados em metas e objetivos bem delineados para a melhoria da qualidade de ensino. Isso sem contar a formação continuada para os professores, peças-chave no êxito da reforma.

Mudando de assunto, estive com o Comandante da Aeronáutica, em uma conversa muito proveitosa, de quase uma hora sobre o Programa Espacial Brasileiro, Frente Parlamentar e ITA.

Depois eu conto.