terça-feira, 14 de dezembro de 2010

BIODIVERSIDADE, O FUTURO DO HOMEM E OUTROS ASSUNTOS

O que sustenta a vida e nos defende das mudanças climáticas que estão ocorrendo é a biodiversidade. A perda da biodiversidade poderá desestabilizar a capacidade de nosso planeta em sustentar os sistemas vitais. E o que mais concorre para a perda da biodiversidade mundialmente é uso indiscriminado de combustíveis fósseis na indústria, nos transportes e na geração de energia elétrica. São os grandes emissores de gás carbônico (CO2) para a atmosfera.

 Assim, a única maneira de dar oportunidades iguais para toda a humanidade e proteger a biodiversidade é conseguirmos produzir energia limpa, confiável e barata em escala mundial.

Em meu último artigo para o Jornal Pequeno, tratei com maior profundidade deste assunto. Se não conseguirmos deter a perda da biodiversidade nós certamente teremos uma grande mudança na concepção das relações biosféricas e, consequentemente, da vida tal como a entendemos hoje.

Para minha grande satisfação, recebi no dia 8/11, um dia após a publicação do meu último artigo, excelente colaboração do respeitado político, intelectual e engenheiro Domingos Freitas Diniz Neto, demonstrando, mais uma vez, que tem gente responsável preocupada com assunto tão premente. 

Na ocasião, enviou-me cópias de artigos seus, publicados nos jornais O Estado de São Paulo e O Imparcial em 16/set/2008, em cujo conteúdo delineia-se tema que trata da produção de energia limpa, barata, e confiável, como única forma de deter a emissão de CO2 e impedir a mudança climática e a perda da biodiversidade. Reproduzo o referido texto a seguir:

“A notícia exclusiva do Estadão de 14/09 sobre a adesão ao consórcio internacional que desenvolve geração de eletricidade por meio de fusão nuclear é mais importante para a política de energia do Brasil e do planeta do que o petróleo do pré-sal. A energia do sol e das demais estrelas é gerada por fusão nuclear.

O nióbio do Brasil e o laser de raios Gama descoberto pelos cientistas americanos David Cassidy e A. P. Mills Jr., em 2007, são os elementos necessários para que os cientistas do consórcio internacional promovam a fusão nuclear controlada de átomos de deutério, isótopo pesado de hidrogênio, com um próton e um nêutron no seu núcleo e inesgotável no planeta terra.

A fusão nuclear controlada não produzirá rejeitos sólidos radioativos, como a fissão nuclear, mas somente o gás hélio, quimicamente inerte, e calor para acionar turbinas geradoras de energia elétrica na quantidade que a humanidade necessitar, a custo simbólico.

Teremos assim energia elétrica inesgotável, segura, limpa e a custo simbólico. Energia elétrica inesgotável e a custo simbólico permitirá a produção ilimitada de hidrogênio (H2), mediante a eletrólise da água (H2O) a baixo custo.

A combustão não poluidora do hidrogênio, conforme a reação (H2+ O → H2O +energia) substituirá a combustão poluidora do petróleo, do carvão e do gás para os transportes. Como redutor para as indústrias, especificamente para siderúrgicas, o hidrogênio será incomparável. 

A dessalinização da água do mar com energia produzida a custo simbólico resolverá, em definitivo, a questão da escassez da água potável para o abastecimento de toda a população mundial, para a indústria e a agricultura.

Finalizo lembrando que o cientista Albert Einstein da relação entre massa e energia (E=mc²), do princípio da equivalência entre os efeitos da gravidade e da aceleração, da teoria da relatividade, do efeito fotoelétrico, do seu emaranhamento quântico, e do laser salvador. A descoberta do laser de raios Gama é a notícia do século”.

Freitas Diniz informa ainda que “as máquinas que no futuro próximo produzirão energia nuclear controlada serão os reatores de fusão nuclear que operarão com temperaturas iguais as das estrelas. Essas máquinas usarão um refratário ao calor tão intenso quanto a temperatura das estrelas - o Nióbio (NB) do Brasil. Sem o Nióbio não teremos fusão nuclear controlada.

Reunidos em Paris (21/11/06), China, Coréia do Sul, Estados Unidos, Índia, Japão, Rússia e União Européia fizeram um acordo para desenvolver a geração de eletricidade por meio de fusão nuclear controlada em consórcio internacional. Para tanto, estão construindo na França um Reator Experimental Termonuclear Internacional (ITER sigla em inglês) ao custo de US$ 12,8 bilhões.

Na época espantou-se com a ausência do Brasil na reunião, porque é o único fornecedor de Nióbio do planeta com depósitos em Araxá (MG), Catalão (GO), e na reserva indígena de Raposa Terra do Sol (RO).

Os europeus, pragmaticamente convidaram o Brasil para participar do consórcio, uma vez que sabem que sem Nióbio não construirão o ITER” (O Estado de São Paulo 14/09/08). Eis o que expôs Freitas Diniz.

Ainda sobre o assunto, a Folha de São Paulo publicou no dia 07/12/10 matéria derivada dos telegramas vazados pelo WikiLeaks sobre interesses estratégicos dos Estados Unidos no Brasil que confirma tudo o que escreveu Freitas Diniz. Vejam trecho a seguir:

“A preocupação dos Estados Unidos com as reservas de Nióbio no Brasil, revelada anteontem pelo WikiLeaks, não é recente e tem origem na importância do metal para a Defesa nacional. Os americanos foram os primeiros a classificar o nióbio como estratégico e, há décadas, analisam o comportamento da oferta do produto (...) E também os europeus. Em meados deste ano, a União Européia divulgou uma lista com 14 metais considerados estratégicos para a sua economia e que, na avaliação do bloco, podem sofrer restrições na oferta. O nióbio está na relação”.

Essas são discussões que prometem. O embaixador norte-americano Thomas Shannon escreveu artigo publicado pelo Estadão, em que expôs o seguinte comentário: “Os Estados Unidos estão cumprindo o compromisso de início imediato para ajudar os países em desenvolvimento a reduzir emissões e a adaptar-se aos efeitos adversos das mudanças climáticas.

Somente neste ano, os Estados Unidos aumentaram significativamente seu financiamento para o clima para um total de US$ 1,7 bilhão, sendo US$ 1,3 bilhão em ajuda aprovado pelo Congresso e US$ 400 milhões de financiamento para desenvolvimento e crédito à exportação. 

Evidência desse progresso pode ser vista no Brasil, onde os Estados Unidos estão investindo US$ 4 milhões e alavancando os conhecimentos técnicos do País para reduzir as emissões do desmatamento e a degradação das florestas, com a finalidade de criar estratégias sustentáveis para o manejo de florestas e para promover a preparação para o mercado de carbono florestal. 

Essas atividades são desenvolvidas em consonância com as políticas de conservação lançadas pelo governo do Brasil para proteger a biodiversidade e reduzir ainda mais as emissões em todo o País; e, consideradas em conjunto com nossa cooperação em pesquisa sobre mudanças climáticas e capacitação, formam o núcleo da parceria Estados Unidos-Brasil sobre mudanças climáticas.”

Diante desse cenário, será que o Maranhão, um estado pleno de problemas na área ambiental, se habilitará?

Para finalizar, comento a nomeação de Pedro Novais para o Ministério do Turismo. A análise de muitos políticos experientes acerca da nomeação do deputado federal maranhense para o Ministério do Turismo é de que esta foi motivada pelo medo que a oligarquia nutre por Flávio Dino. Para evitar uma possível nomeação sua, correram para nomear Pedro Novais. Com dois ministros, fica impossível um terceiro do Maranhão. Antes, na eleição, já haviam quebrado financeiramente o estado com medo dele. 

O medo é muito grande...