terça-feira, 1 de agosto de 2017

O GRANDE PROBLEMA DO EMPREGO


A questão do emprego é vital para qualquer sociedade. Chegamos a ter 14 milhões de desempregados no auge da crise e, mesmo com todos os atropelos e incertezas do momento, as medidas já tomadas já mostram que o desemprego parou de crescer. No último trimestre essa tendência já é de crescimento do emprego, principalmente neste último mês. Sim, porque foram criados 700 mil postos no país, um dado extremamente promissor e que sinaliza que, apesar de tudo o que acontece, o Brasil parece ter saído da recessão. Muitos desses postos foram criados no setor industrial o que representa melhores, mais qualificados e mais bem remunerados trabalhadores. Mas ainda são 13 milhões de desempregados...
O Maranhão contribuiu para isso positivamente, foi o segundo maior saldo positivo na região Nordeste, que é a mais castigada pelo indicador negativo. O governador Flávio Dino vem contribuindo para isso com muitos programas nesse sentido: os IEMAS, as Escolas Dignas, um esforço direcionado que certamente dará mais resultados, como já vem dando. O ministro Mendonça Filho da Educação vem fazendo um trabalho admirável para dar eficiência ao sistema de educação do país, enfrentando com competência assuntos já muito debatidos pelos profissionais, mas que estavam paralisados nas mesas dos burocratas receosos de enfrentar os problemas. Hoje ele deve estar muito feliz, pois o Ibope mostrou que, mesmo em um governo com índices de aprovação muito baixos, a educação se destaca positivamente na avaliação dos brasileiros.
O problema do emprego depende do crescimento econômico, mas não é só isso. Temos que aproveitar todas as oportunidades que temos para tal. O ministro da defesa, Raul Jungmann ,na última reunião da Sudene, ocorrida na semana passada, ao ser perguntado sobre o Centro de Lançamento de Alcântara, respondeu: “O governador Flávio Dino, esteve lá, logo no início, dizendo que era essencial, e também ao lado o ex-governador José Reinaldo, então é o seguinte: se você botar de pé e para funcionar o Centro de Lançamento de Alcântara, para vocês terem uma ideia, este tem uma capacidade de financiamento entre um bilhão e duzentos a um bilhão e meio. Eu falava há pouco com o vice-governador sobre o fato de que, além disso vocês, vão atrair estruturas do programa nacional do espaço, então não faz sentido você ter aquilo paralisado, porque você tem o melhor Centro de lançamento do mundo que fica lá, porque é o mais próximo do Equador, então é isso que a gente quer fazer lá”.
Em outras palavras, o que o ministro disse foi que, se o Centro de Alcântara se tornar operacional, virão para cá muitos investidores - e empregos - para usarem o melhor centro de lançamento do mundo, um centro que produz grandes economias aos lançamentos. Teremos aqui um grande complexo tecnológico e laboratórios de diversos países. O ITA fará com que haja uma grande participação de pessoal qualificado daqui mesmo, que, entre outras coisas, desenvolverão tecnologia nacional para os nossos projetos espaciais a serem financiados com a exploração comercial do Centro. Esse desenvolvimento tecnológico dará uma grande contribuição ao nosso desenvolvimento como nação.
Infelizmente o Maranhão ainda não está plenamente consciente disso, não colocou o Centro como grande prioridade para o nosso estado e nem luta, como deveria, por ele.
Além disso, outros projetos ao nosso alcance e com grande potencial de ofertas de empregos são a refinaria e o polo petroquímico. O Brasil precisa muito de novas refinarias e esse projeto vai equilibrar a produção de derivados de petróleo, cuja importação já alcança metade do que estamos consumindo. Os iranianos e os indianos continuam muito interessados nele, interesse que estes mantêm desde o início das conversações.
Na sexta-feira passada fui procurado pelos investidores iranianos. Estes, direto de Teerã, disseram estar muito preocupados, pois o Brasil não estava mandando uma representação de primeiro escalão para a posse do novo presidente, a ocorrer no dia 5 de agosto. A decisão do governo era de mandar um representante diplomático de alto escalão do Itamaraty, mas esse pormenor poderia criar incompreensões na cúpula iraniana e prejudicar um assunto que está bem conduzido lá. Os empresários me pediram que alertasse o presidente Temer para o assunto e que ele mandasse alguém do primeiro escalão do governo, como esperavam os iranianos. Com a ajuda de Rodrigo Maia, consegui que o presidente Temer enviasse o Ministro do Planejamento para chefiar a representação brasileira, dando uma relevância política maior à representação do país. O projeto da refinaria é o maior investimento do Irã no exterior.
Para finalizar, espero que o nosso ITA comece a funcionar logo. Confio na UFMA para acelerar as providências, a fim de as aulas possam iniciar. Temos que materializar o nosso curso de Engenharia Aeroespacial. Ele é fundamental em tudo isso!